Capitulo 14 ♡

Quando sai do banho, olhei meu celular e tinha 15 ligações dele, desliguei o celular pra que ele não ligasse mais. Sentei na beiradinha da minha cama e mais uma vez chorei, chorei como se quisesse tirar todo esse sentimento de dentro de mim. Eu o amava, sim, disso eu não tinha mais duvidas, mas e tudo o que eu fiz pra tentar tampar o buraco que Lucas deixou em meu coração? Agora iria tudo por agua a baixo? Eu fechava meus olhos na tentativa de amenizar aquela dor que eu estava sentindo, porque tinha que ser tão difícil meu Deus? Eu me sentia tão frágil quando o assunto era o coração. A cada segundo aquela cena me vinha à cabeça, aquele beijo, seus braços me passando uma segurança absurda, sua voz falando baixinho em meu ouvido, tudo aquilo era um grande tormento pra mim. Lentamente me levantei, peguei um pijama, vesti e deitei. Junto com as lagrimas e os pensamentos vieram o sono e acabei me entregando. Pude ouvir de longe minha tia me chamando baixinho, mas meus olhos inchados pelo choro não me permitiu abri-los e acordar novamente. E então dormi, na esperança de acordar no dia seguinte e ver que tudo isso não passou de um sonho.

Acordei no dia seguinte resfriada como eu já imaginava, levantei lentamente e segui até a cozinha, a mesa estava repleta de coisas gostosas e um bilhetinho da minha tia dizendo que precisou ir mais cedo pro escritório. Fui pro banho, me arrumei e tomei um pouco de café com alguns biscoitos, saindo logo em seguida. Tomei um taxi e em 20min eu tinha chegado.

Carol: Bom dia Alê – Falei forçando um sorriso.

Alexsandra: Bom dia Carol, tá resfriada? Pegou chuva ontem não foi? – Falou preocupada.

Carol: Acabei pegando acredita? Mas logo eu fico boazinha – Sorri – Minha tia tá na sala?

Alexsandra: Não, ela tá na sala de reuniões e pediu que você levasse esses papeis pra ela quando chegasse – Me entregou os papeis cuidadosamente.

Carol: Ah, pode deixar eu levo lá, obrigada Alê.

Agradeci e sai em direção a minha sala, guardei minhas coisas e segui pra sala de reuniões. Ao chegar lá bati na porta com cuidado e logo ouvi uma voz pedindo que eu entrasse, e ao entrar vi algumas pessoas, mas não tinha como não olhar pra pessoa que estava de frente pra porta, encantadoramente lindo. Ele me olhava de uma maneira linda, ele estava lindo, como nunca antes, mas minha consciência foi mais rápida.

Carol: Bom dia, eu só vi deixar esses papeis – Falei e soltei um espirro baixinho.

Amarildo: Bom dia Carol, tá resfriada? - Perguntou-me com um tom de preocupação na voz – Pensei que Luan cuidaria bem de você – Falou encarando Luan.

Luan: Mas eu cuidei – Se defendeu e me olhou com um sorriso sapeca – Não cuidei Carol? – Tive vontade de esgana-lo nesse momento.

Carol: Cuidou, mas é que não teve aula e na volta eu peguei um pouco de chuva – Lhe encarei e ele e me olhou agora serio – Bom, estão aí estão os papeis, com licença.

Voltei pra minha sala e não sabia o que fazer. “Ele vai me deixar louca”. Pensei. Assim que a reunião acabou minha tia voltou pra sala toda preocupada.

Mariana: Pegou um resfriado não foi? Como se sente meu amor? – Falou passando a mão por minha testa e pescoço.

Carol: É só um resfriado tia, eu vou ficar bem – Falei tentando tranquiliza-la.

Mariana: De qualquer forma vou pegar um remédio e um chazinho pra você, não saia daqui.

Assim que minha tia saiu, minutos depois minha porta se abriu, era Luan e me olhou fechando a porta atrás dele.

Luan: Nós precisamos conversar – Falou serio.

Carol: Nós não temos nada pra conversar Luan – Continuei com meu olhar fixo no notebook.

Luan: Então você vai agir como se nada tivesse acontecido mesmo? – Me olhou incrédulo – E tudo o que eu te disse ontem?

Coral: Como eu disse aquilo não deveria ter acontecido – Falei respirando fundo e olhei em seus olhos, mas logo voltei meu olhar para o notebook – E eu sinto muito por não poder corresponder aos seus sentimentos – Eu era louca em tá falando isso e ele percebeu dando uma risada nervosa, se aproximando de mim, segurou meu braço e me levantou me deixando bem próxima a ele.

Luan: Se você não sentisse algo por mim, não teria me beijado da maneira em que me beijou, não teria se entregado aquele momento da maneira que se entregou – Sorriu de canto e o meu nervosismo aumentava – Olha pra você, olha o estado em que você fica quando estamos juntos, para de fugir – Nesse momento ele colou nossas testas e roçou levemente nossos lábios, me deixando completamente louca.

Carol: Sai daqui Luan – Pedi sem força alguma – Por favor.

Luan: Eu não vou desistir de você Carol – Falou ainda bem próximo de mim.

Carol: Faz o que você quiser Luan, mas me deixa em paz – Me afastei dele, ficamos nos olhando até que minha tia entra na sala.

Mariana: Tô atrapalhando alguma coisa? – Perguntou com um olhar desconfiado.

Carol: Não, o Luan já estava de saída – Ele respirou fundo, olhou pro chão e me olhou novamente como se dissesse que isso era só o começo e logo saiu batendo a porta.

Assim que ele saiu me sentei novamente abaixei a cabeça e coloquei minhas mãos sobre meu rosto e então as lagrimas se derramaram.

Mariana: Carol, o que aconteceu? – Sentou-se ao meu lado me consolando.

Carol: Isso não pode tá acontecendo de novo tia, não pode – E chorei, como uma criança nos braços da mãe.

Mariana: E o quê que tá aconte... Pelo amor de Deus Carol, o que tá acontecendo entre você e Luan? – Olhei pra ela e não consegui responder, ela entendeu e me abraçou ainda mais forte na tentativa de me acalmar – Amor, olha pra mim – Segurou meu queixo fazendo com que eu a olhasse e enxugou minhas lagrimas – O que foi que aconteceu?

Carol: Tia, ontem eu e o Luan nós... Nós nos beijamos – Abaixei minha cabeça, mas percebi sua surpresa.

Mariana: Como assim se beijaram Carol, me conta essa historia direito, por favor – E assim eu contei toda a historia, desde o primeiro momento em que vi Luan aqui no escritório, nossas poucas conversas, sobre a noite passada até o beijo e ela me olhava com uma expressão que eu não sabia distinguir qual era – Como você deixou isso acontecer, Carol?

Carol: Eu não sei tia, eu fiz o que eu pude, usei todas as minhas forças, mas isso não foi suficiente pra lutar contra um sentimento tão forte – Falava tentando enxugar minhas lagrimas – Tia, eu não quero passar por isso de novo, não quero me apaixonar de novo e sofrer como eu sofri com o Lucas, não quero.

Mariana: E o que você pretende fazer agora? Já que ele tá decidido que não vai desistir de você? – Me olhou carinhosa, afagando meus cabelos.

Carol: Eu vou me afastar dele – Falei tentando me convencer.

Mariana: Vai se afastar dele já estando completamente apaixonada? E outra você trabalha com ele, tem certeza que vai ser fácil assim se afastar? – Me fez voltar à realidade.

Carol: Então... Eu tenho que pensar no que eu vou fazer ainda – Falei emburrada e ela sorriu.

Mariana: Tudo bem, então enquanto você pensa, tome esse chazinho que você vai se sentir melhor – Levantou-se indo em direção a porta – Eu já volto tá? 

Apenas acenei e ela saiu me deixando ali sozinha perdida em pensamentos.

 (Luan Narrando)

Meu dia começou cheio, ter que acordar praticamente de madrugada pra ir participar de mais uma reunião não é fácil. Quando cheguei ao escritório procurei por Carol, mas ela não estava lá, precisávamos conversar sobre o que aconteceu na noite passada. Eu sei que foi uma grande loucura, mas não me arrependo de ter declarado todo o sentimento que sinto por ela. Só não entendi sua reação, porque ela se entregou tanto e não foi preciso de palavras para ela admitir que também sente o mesmo que eu, era só olhar em seus olhos e logo depois fugiu? Eu estava tão distraído na reunião que só acordei de verdade quando vi Carol adentrando a sala, toda linda e resfriada. Fiquei com pena dela, porque afinal a culpa dela está assim é toda minha. Esperei ansioso que a reunião acabasse eu precisava olhar em seus olhos e saber por que ela fugiu de mim daquela maneira e quando acabou assim eu fiz. Ao chegar à sala dela, por sorte Mari tinha acabado de sair, então entrei e fechei a porta e ela me olhou novamente já tentando conter o nervosismo. Conversamos e eu tive vontade de rir quando ela disse que sentia muito por não poder corresponder aos meus sentimentos, só se eu realmente não a conhece o suficiente pra saber que ela está mentindo descaradamente e eu mostrei isso pra ela quando aproximei nossos corpos, eu ainda vou descobrir o segredo que ela esconde por não se deixar entregar inteiramente a esse sentimento.

Luan: Eu não vou desistir dela – Falava sozinho na sala de Luiz, andando de um lado pro outro – Não vou desistir da gente, porque já existe um “nós” não existe? Claro que existe – Até que ouço alguém bater na porta.

Mariana: Luan? Posso entrar?

Luan: Oi Mari, claro que pode, entra – Sentei abaixando minha cabeça e lembrando que Mari quase nos pegou no flagra.

Mariana: Podemos conversar um pouco? – Perguntou sentando em uma cadeira a minha frente.

Luan: Sobre o que?

Mariana: Sobre você e a Carol – Me olhou mostrando que teria todo o tempo do mundo para conversarmos – Ela me contou sobre o que aconteceu.

Luan: Porque sua sobrinha é tão difícil, Mari? – Falei tentando tirar uma única coisa que fosse dela em relação à Carol.  

Mariana: Luan, eu não sei se você sabe, mas Carol só teve um único namorado na vida dela e sofreu, sofreu muito. Ela é a pessoa mais frágil que existe nesse mundo em relação ao amor, ela amou demais, se entregou demais e sofreu demais, tudo com muita intensidade. Ela nunca se curou disso, ela acha que só porque Lucas fez o que fez com ela, todos os homens sejam iguais e que vão a fazer sofrer, claro que ela teve uns rolos, mas nada serio nuca. Há muito tempo, desde que ela terminou o relacionamento com Lucas que eu não vejo assim.

Luan: Ele é um idiota – Respirei fundo tentando conter minha raiva – Como fez ela sofrer desse jeito? – Abaixei minha cabeça e depois a olhei novamente, podia sentir meus olhos arder – Eu sou louco por ela Mari, eu nunca senti algo igual por ninguém.

Mariana: Ela também gosta muito de você e tá sofrendo muito com tudo isso – Respirou fundo olhou pro lado, observou uma caneta que tinha ali por alguns segundos e voltou a me olhar agora segurando minhas mãos – Luan, eu só peço que se realmente você for lutar por ela, seja paciente, por favor.

Luan: Tudo que eu mais quero é fazê-la feliz Mari.

Mariana: Eu só quero isso, vê-la feliz – Sorriu.

Luan: Então me ajuda a conquista-la Mari, me ajuda a fazer Carol entender que eu só quero a nossa felicidade, quero ela pra mim – Falei apertando suas mãos e lhe passando total segurança do que eu estava falando.

Mariana: Eu vou, vou ajudar vocês, só porque posso ver nos olhos dos dois o quanto estão apaixonados e sei que você não faria ela sofrer – Sorriu e levantou-se – Você sabe o quanto eu lhe admiro.

Luan: Mas você não tá falando isso só porque eu sou seu chefe não né?

Mariana: Claro que não seu bobo – Sorrimos juntos e lhe abracei.

Luan: Obrigada Mari, você não vai se arrepender de está me ajudando.

Mariana: Não me agradeça – Falou se soltando do abraço e me olhando – Só faça minha sobrinha feliz e isso já basta.

Luan: Eu vou fazer.

Mariana: Tudo bem, agora eu preciso ir da uma olhadinha na minha bebê que tá tomando um chazinho, porque ficou resfriada por sua culpa – Abriu a porta e falou com uma falsa autoridade.

Luan: Cuida dela? Já que eu não posso nem chegar perto.

Mariana: Pode deixar, eu cuido – E saiu fechando a porta.

Agora só dependia de mim lutar por Carol. Eu sei que não seria a tarefa mais fácil mas quando existe amor, existe força pra lutar até o fim. 

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Oi amores, mais um capitulo pra vocês!!! E aí, o que vocês acham que vai acontecer agora com Luan e Carol em? Bom, eu gostaria de agradecer pelo numero de visualizações que são muitos, obrigada de verdade! Mas mais uma vez eu venho bater na mesma tecla, eu sinceramente não sei o que vocês estão achando da Fanfic, não sei se estão gostando ou não.. Eu sei que muitas aqui só ler a Fanfic por celular e as vezes fica meio ruim de comentar, mas por favor, tentem. Como eu posso continuar escrevendo sendo que eu não sei o que estão achando ou até mesmo contar com a ajuda de vocês pro próximo capitulo? Eu sei que é chato eu ficar falando sempre a mesma coisa, mas vejam pelo meu lado. Não é nada bom eu me dedicar em escrever um capitulo enorme, postar e no dia seguinte não ter comentário nenhum pra saber se o capitulo foi bom ou não. Enfim, só quero que me ajudem a continuar escrevendo a Fanfic. Participem também do nosso Grupo no Facebook: 

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