quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Capitulo 18 ♡


Depois de passar horas ali com minha tia, receber todo o carinho do mundo, conversa e rir como nunca, fomos para a cozinha fazer um jantar improvisado. Ela me apoiou em questão a minha viagem e mais uma vez lhe pedi que não comentasse com ninguém. Queria ir sem que ninguém soubesse, principalmente Luan, eu sei que doeria nele e poderia até chegar a ficar chateado comigo, mas era preciso. Eu precisava desse tempo, precisava ficar longe por um tempo e eu tinha certeza que quando eu voltasse, voltaria nova e muito mais decidida. Depois de nosso jantar minha tia decidiu que dormiria comigo no meu quarto e assim foi, passamos horas deitadas uma ao lado da outra admirando minhas estrelas, da maneira em que fazíamos quando eu era criança.

No dia seguinte acordei com uma dor de cabeça horrível, olhei pro lado e minha tia já não estava mais lá comigo, certamente estaria preparando um café da manhã pra gente, então levantei,fui ao banheiro, lavei meu rosto e fui até a cozinha e pude ouvir vozes, tinha uma mulher na nossa sala, de aparentemente uns 40 anos e muito simpática.

Mariana: Bom dia amor – Falou me dando um beijinho e voltou seu olhar pra e mulher que me olhava sorrindo – Carol, essa é a Dulce, ela vai ficar vindo nos da uma mãozinha umas duas vezes por semana. Nós não temos mesmo tempo de arrumar nada, vai ser bom não vai? 
Dulce essa é minha sobrinha Carol.

Carol: Vai ser ótimo – Sorri indo cumprimentar Dulce – É um prazer conhece-la Dulce, seja bem vinda a nossa casa.

Dulce: O prazer é todo meu Carol, obrigada – Me abraçou timidamente e olhou minha tia – Bom, pra começar eu posso preparar um bom café da manhã pra vocês, dá pra perceber que já estão de saída para o trabalho.

Mariana: Ah eu lhe agradeço muito – Sorriu e Dulce seguiu em direção à cozinha – Muito simpática ela não é? E parece ser uma ótima pessoa, é recomendação da Maria que trabalha com a Naira.

Carol: Entendi – Falei e deitei no sofá fechando meus olhos.

Mariana: Tá se sentindo bem?

Carol: Só estou com um pouco de dor de cabeça – Reclamei dengosa.

Mariana: Acha que tem condições de ir pro escritório hoje? Eu posso ligar pro Luiz e avisar que você não está bem – Preocupou-se.

Carol: Não, eu só preciso de um banho, uma xícara de café bem forte e um daqueles seus remedinhos milagrosos – Sorri de lado.

Mariana: Então vá tomar um banho e se arrumar enquanto Dulce prepara o café e eu pego o remedinho pra você – Falou indo em direção ao quarto e eu fui para o meu tomar um banho e me arrumar, hoje seria um longo dia.

Ao terminar de me arrumar fui tomar um café e Dulce tinha caprichado. O café estava uma delicia e a todo o momento minha tia a elogiava. Conversamos um pouco durante o café e antes de saímos pro escritório tomei um remédio e melhorei um pouco.

Ao chegarmos lá Naira, Rafael, Juliana e Alê estavam na recepção e me mimaram enquanto perguntavam o que tinha acontecido ontem. Disse apenas que senti um mal-estar, mas que já estava melhorando, fomos todos para nossas salas e assim o trabalho começou. Todo o dia foi tranquilo no escritório, com direito promoções que tínhamos que organizar e os sorteados para o show do dia seguinte, estava tudo tranquilamente bem. Saímos para almoçar eu, Tia Mari e Naira, minha dor de cabeça tinha melhorado bastante e nos divertimos durante o almoço, quando voltamos ao escritório tive uma surpresa, demos de cara com Luan que me olhava intensamente.

Luan: Boa tarde moças – Falou simpático agora olhando para todas.

Mariana: Boa tarde Luan – Sorriu e lhe cumprimentou com um abraço rápido.

Naira: Boa tarde chefinho, já tá indo pra estrada?

Luan: Tô, daqui a pouquinho já tô indo – Colocou as mãos nos bolsos e me olhou novamente – Vim só resolver um probleminha - Sorriu de canto.

Mariana: E nós temos que resolver os nossos, porque a vida não tá fácil pra ninguém – Falou engraçada e todos riram – Vamos trabalhar – Falou puxando Naira que sem entender nada nos deixou ali, sozinhos.

Luan: Você tá melhor? – Falou calmo me olhando.

Carol: Tô, tô melhor sim – Me senti leve conversando com ele.

Luan: Isso é bom – Se aproximou sorrindo lindamente – Você pensou em tudo o que eu te disse ontem? – Acariciou meu rosto.

Carol: Pensei, na verdade eu pensei muito em tudo o que eu disse também e confesso que estou muito confusa – Continuei o olhando carinhosamente.

Luan: Eu entendo – Falou agora se aproximando ainda mais de mim, colocou meu cabelo por traz dos meus ombros e fez carinho com seu rosto colado ao meu – Eu vou dar todo tempo do mudo pra você ficar bem, tá bom?

Carol: Unhum – Fechei meus olhos para sentir o carinho e seu perfume mais intensamente.

Luan: Eu só quero que você saiba de uma única coisa – Falou quase tocando meus lábios – Você não vai se ver livre de mim, eu não vou desistir de você, entendeu?

Carol: Eu entendi, mas você é muito insistente – Eu podia sentir a mistura de nossa respiração calma, suas mãos me tocando delicadamente e mais uma vez ele me tirou do chão me levando ao céu.

Luan: Quando eu quero muito uma coisa, eu sou mesmo, e luto até o fim – E então sem mais esperar ele selou meus lábios, com todo carinho do mundo. Depois de nosso longo beijo ele me olhou e sorriu – Eu tô indo viajar agora, promete que vai se cuidar?

Carol: Prometo – Sussurrei ainda sentindo o gosto maravilhoso do seu beijo.

Luan: Tudo bem, eu vou confiar em você – E então me abraçou tão forte que parecia querer nunca mais me soltar.

Carol: Tenha uma boa viagem – Falei em seu ouvido.

Luan: Eu vou ter – Respirou fundo desfazendo o abraço e me olhou – Podemos conversar quando eu voltar, não podemos?

Carol: Quem sabe, você me deu todo tempo do mundo, esqueceu? – Brinquei, mas ele continuo serio – Ah não me olhe assim – Fiz uma careta e ele levantou uma sobrancelha ainda serio – Tudo bem, nós podemos conversar quando você voltar.

Luan: Assim é melhor – Sorrimos e ele me abraçou novamente – Qualquer coisa você pode me ligar se precisar.

Carol: Luan, eu vou ficar bem.

Luan: Claro que vai – Falou abaixando a cabeça – Então, eu tenho que ir – Pegou em minha mão e me olhou – Se cuida, por favor.

Carol: Tá – E assim ele me deu um leve beijo nos lábios e um na testa indo em direção ao seu carro.

Sim, eu poderia ter dito a ele que quando ele estivesse de volta eu não estaria aqui e sim em Orlando, mas o que adiantaria? Ele iria dizer que isso não é justo ou coisa do tipo. Respirei fundo e pensei: “É melhor assim”. Só assim eu poderia pensar em tudo o que eu tenho que fazer, só assim.

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