terça-feira, 12 de agosto de 2014

Capitulo 17 ♡

Aquele momento foi único pra mim, estar ali com ele, sem me importar com o que estava por vir. Desde que conheci Luan e me apaixonei perdidamente por ele, foi difícil passar dias longe dele e até o evitando, mas era o certo a se fazer. Veja bem, não que eu espere morrer solteira porque um infeliz entrou na minha vida e praticamente acabou com ela, mas o meu coração frágil, ao mesmo tempo em que deseja estar perto de Luan, tem medo de se magoado novamente. Acordei daquele momento magico e quando encerramos nosso maravilhoso beijo o olhei no fundo dos olhos e ele parecia está sonhando. Tirei suas mãos delicadamente de minha cintura e continuei o olhando intensamente.

Luan: Aonde você vai? – Falou quando me viu saindo de seus braços.

Carol: Eu preciso voltar ao trabalho – Falei calmamente.

Luan: Não, fica mais um pouco – Me segurou novamente, mas eu resisti e me afastei.

Carol: Eu não posso, eu preciso mesmo voltar. 

Luan: Então vamos conversar? Hum? Só nós dois – Segurou minha mão, entrelaçou na sua e beijou delicadamente – Nós precisamos conversar, quem sabe assim podemos resolver o seu problema.

Carol: Meu problema? –Tirei minha mão da sua e me afastei o olhando sem entender onde ele queria chegar com aquela conversa. Ele respirou fundo e continuou.

Luan: Carol, eu conversei com a Mari há uns dias atrás e ela – Abaixou a cabeça tentando achar as palavras certas e me olhou novamente – Ela me contou sobre o seu ex-namorado, que você sofreu muito e que...

Carol: Não – O interrompi sorrindo nervosa – Espera aí, a minha tia te contou sobre algo particular meu, que até então só ela, meus pais e duas amigas minha sabiam? – O olhei incrédula – Ela não tinha o direito de fazer isso.

Luan: Carol não é bem assim – Tentou se aproximar, mas eu não deixei – Tenta entender, ela só quer seu bem, só quer te ver feliz.

Carol: Se ela realmente quisesse o meu bem e me ver feliz, não faria isso, sabendo de tudo o que eu passei – Lagrimas já tomavam conta do meu rosto – E simplesmente falar sobre a minha vida com alguém totalmente estranho?

Luan: Um estranho? Então é isso que eu sou pra você? – Me olhou com um olhar de decepção.

Carol: Ela não tinha o direito de falar disso nem com você nem com ninguém – Eu estava nervosa e quase gritava – Isso é um problema meu e que só eu posso resolver.

Luan: Não culpe a sua tia por querer lhe ajudar – Ele estava serio, serio demais, porém falava calmo.

Carol: Luan tenta me entender – Falei o olhando – Você não faz ideia do quando doeu, de tudo o que eu passei e continuo passando. Não pense que é fácil pra mim Luan, eu sofri muito – As lagrimas não me davam sossego – Eu não posso simplesmente assumir que sou apaixonada por você e pronto, tá tudo certo – Respirei fundo e continuei – O melhor que você tem a fazer é se afastar de mim, você pode encontrar alguém muito melhor que eu.

Luan: Carol olha pra mim – Se aproximou e segurou meu rosto com suas mãos – Eu gosto de você, eu sou completamente apaixonado por você e quero acima de tudo, te ver bem – Tirei suas mãos de mim e me afastei novamente, então ele continuou – Porque você se prende tanto ao seu passado? Porque você não se permite ser feliz Caroline? Olha pra mim, eu tô aqui completamente entregue a você e porque você continua com essa ideia de querer se proteger de tudo e de todos? Será que você nunca vai conseguir esquecer o que aquele idiota fez com você? Você tem que viver, olhar pra frente e perceber que nem todo mundo veio ao mundo pra te fazer sofrer.

Ajoelhei-me e me permiti chorar, talvez um choro de limpeza da alma ou algo parecido, porque eu me sentia realmente como se estivesse tirando algo de dentro de mim. Meus olhos pesavam, meu corpo tremia por inteiro e eu mal tinha ar pra respirar ou se quer falar alguma coisa. Ele entendeu que eu não estava bem, se ajoelhou frente a mim e me abraçou protetoramente como se quisesse que toda aquela dor que eu sentia naquele momento passasse pra ele.

Luan: Me deixa cuidar de você? Me deixa te fazer feliz Carol? – Falou ainda abraçado a mim e levantando meu rosto pra que eu o olhasse – Eu não vou te magoar, e entenda, por favor, eu não quero outra pessoa, eu quero você.

O abracei com toda força do meu ser e chorei mais, chorei como se isso fosse algo que eu necessitasse há anos. Ele sentou-se no chão e me colocou em seu colo, enquanto eu me aninhava em seu peito ele afagava meus cabelos. Depois de longos minutos ali em seus braços tentei me recompor, enxuguei minha lagrimas e ele me ajudou pegando a liguinha de meu braço e fazendo um coque mal feito em meu cabelo, eu apenas o agradeci com um meio sorriso.

Luan: Está se sentindo melhor agora? – Falou calmamente fazendo carinho em meu rosto.

Carol: Unhum – Foi apenas o que eu consegui responder e continuei o olhando por alguns segundos, respirei fundo e tentei falar – Eu gostaria muito de ficar sozinha – Ele quis protestar, mas não falou nada. Me deu um longo beijo na testa e levantou-se indo em direção a porta, destrancou e saiu a fechando em seguida.

O que eu faria a partir de agora só Deus poderia dizer, mas algo dentro de mim tinha mudado, eu só não sabia o que, mas eu iria descobrir. 

(Luan Narrando)

Depois de sair daquela sala, encostei-me na parede e coloquei minhas mãos sobre meu rosto pensando em tudo o que tinha acontecido agora. Eu pude ver de perto o quanto Carol é sensível em relação a isso, pude sentir na pele a sua dor quando o seu passado vem a toda e eu estava disposto a ajuda-la em qual for a situação. Eu sei que não seria fácil, mas eu iria lutar até o fim, um passo de cada vez e eu conseguiria fazer Carol confiar em mim. Depois de passar alguns minutos ali, fui em direção à sala da Mari e ao chegar lá ela estava conversando com Naira.

Luan: Mari será que eu poderia falar com você? – Falei sorrindo para que Naira não desconfiasse de nada e Mari me olhou já entendendo.

Mariana: Claro – Sorriu – Já volto pra te ajudar aí amiga – Quando saímos ela me olhou desconfiada, pedi que fosse comigo até a cantina e lá conversaríamos – O que aconteceu Luan? Cadê a Carol?

Luan: Ela tá lá na sala do Luiz – Respirei fundo tentando explicar tudo o que aconteceu – Nós conversamos muito Mari.

Mariana: Eu percebi, demoraram bastante – Sorriu, mas me olhou preocupada ao ver minha expressão seria – O que houve?

Luan: Ela ficou irritada em saber que você me contou sobre a historia do ex-namorado dela – Me senti culpado – Me desculpa Mari, eu sei que você me contou e que deveria confiar em mim pra guardar esse segredo, mas eu...

Mariana: Luan continue – Me interrompeu.

Então eu contei sobre nossa conversa tensa, sobre o choro dela e que parecia se sentir melhor agora. Vi preocupação nos olhos de Mari ao terminar de contar tudo o que aconteceu. Ela não me interrompeu em momento algum, só me ouvia atentamente.

Luan: Eu acho que agora ela está se sentindo bem melhor do que antes.

Mariana: Eu preciso ir vê-la Luan – Me olhou e quando ia levantando sentou-se novamente e pegou em minhas mãos – Obrigada por tudo o que você está fazendo por ela.

Luan: Não me agradeça Mari – Sorri de canto – O que eu faço agora?

Mariana: Vá pra casa, descanse e amanhã vocês conversam novamente – Falou dando um beijo em minha cabeça e saiu seguindo em direção à sala de Luiz, que graças a Deus tinha ido pra casa mais cedo, se imaginasse o tanto de coisa que já aconteceu em sua sala, arrancaria meu pescoço – Sorri com meu pensamento e me levantei passando rapidamente pela recepção, dei um beijo em Alê e fui pra casa, amanhã seria um novo dia.

(Carol Narrando)

Estava ainda meio anestesiada quando ouço a porta se abrir novamente, dessa vez era minha tia que me olhava preocupada.

Mariana: Meu amor, o que aconteceu? – Não consegui falar nada, apenas a abracei forte e chorei mais uma vez. Depois de muitos carinhos e ouvir varias vezes ela dizer que iria ficar tudo bem, me sentei de frente pra ela e peguei em seu cabelo como gosto de fazer desde quando eu era criança.

Carol: Me leva pra casa tia? Por favor? – Pedi com dificuldade.

Mariana: Claro que eu levo, vem comigo.

Me levantou com cuidado e saímos pelo estacionamento para que ninguém visse o estado que eu estava e comentasse. Tia Mari me deixou no carro e voltou na sala pra avisar a Naira que eu tinha passado um pouco mal e me levaria embora. Fomos em silencio por todo o percurso de volta pra casa, assim que cheguei pedi que ela me esperasse enquanto eu tomava um banho e que depois iriamos conversar. Não demorei muito no banho, precisava apenas molhar minha cabeça, meu corpo, me aliviaria muito. Quando voltei pra sala ela estava de cabeça baixa, sentei ao seu lado e ela me olhou segurando minha mãos.

Carol: Acredito que Luan tenha te contado sobre tudo o que aconteceu – Falei calmamente.

Mariana: Sim, ele me contou e fiquei preocupada – Me olhou atenciosa.

Carol: Me desculpe por eu ter lhe culpado por falar pra ele sobre tudo o que aconteceu comigo – Apertei forte suas mãos – Eu sei que não foi sua intenção me fazer mal, você sempre pensa primeiro na minha felicidade e eu juro que falei tudo aquilo sem pensar, eu estava fora de mim.

Mariana: Não precisa se desculpar meu amor, eu sei o que você sente – Falou com lagrimas nos olhos – Eu que lhe peço desculpa por ter dito a ele tudo aquilo, eu deveria ter pensando no que isso causaria.

Carol: Ele é maravilhoso – Sorri de canto e abaixei minha cabeça lembrando tudo o que ele fez por mim – Ele me ajudou a enxergar muitas coisas.

Mariana: Foi mesmo? Isso é ótimo – Sorriu junto comigo – E o que pretende fazer agora em relação a isso? Você viu que ele lhe deu grande prova do que ele sente por você não é?

Carol: Sim, mas eu acho que nada melhor agora, nesse momento, como minha viagem pra Orlando – Olhei pro porta-retratos que tinha a foto de meus pais e pensei o quanto seria bom esse tempo ao lado deles – Eu preciso disso mais do que nunca tia, eu preciso espairecer, pensar em tudo o que eu vou fazer daqui pra frente.

Mariana: Nesse caso eu concordo que você precisa mesmo de uma viagem pra relaxar.

Carol: Sim eu preciso – Deitei com a cabeça em suas pernas e relaxei com seus carinhos em meu cabelo.

Mariana: E sobre a faculdade hoje, você vai?

Carol: Não estou com cabeça pra isso hoje – Fiz careta e ela sorriu – Por favor, não me tire do seu colinho agora.

Mariana: Tudo bem, eu não vou tirar – Se abaixou me dando um beijinho e continuo com seu cafuné.

E assim eu fiquei, deitada sobre o colo de minha tia, mas com minha cabeça em outro lugar, pensando em como seria de hoje em diante, o que eu diria pra Luan quando o visse no dia seguinte e o quanto minha viagem me ajudaria a esquecer muitas coisas e fazer meu coração entender que pra tudo se tem uma segunda chance, principalmente para o amor. 

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Capitulo tenso em? E aí o que acham que vai acontecer agora em amores? Será que Luan vai deixar Carol viajar? E o que será que vai acontecer no dia seguinte? Acho que agora Carol tá tentando ver o lado dos dois e vamos confessar que os dois são lindo juntinhos né? Amanhã tem mais capitulos! Beeeeijos! :)

2 comentários:

  1. Leitora novaaa e to amandoo vc eh mt boa .... Qual o horario do deus posts??

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    1. Seja bem vinda Letícia! É muito bom saber que está gostando, meu amor! Eu sempre posto á noite e se quiser participar do nosso grupo no Facebook: https://www.facebook.com/groups/681122605301142/ Fique a vontade, eu sempre posto os capítulos lá! Beijos ♡

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