Capitulo 20 ♡

A semana passou rápida e amanhã seria minha tão esperada viagem. Por toda essa semana estudei como louca e quase não deu tempo de ligar pra Jú e Milena pra falar de minha viagem pra Orlando, assim como estava corrido pra mim, também estava pra elas, mas tivemos um tempinho pra conversar as três juntas e foi maravilhoso. Era sexta-feira e eu tinha acabado de chegar do escritório, minhas aulas tinha acabado no dia anterior e eu estava terminando de arrumar minhas malas, ansiosa como sempre.

Dulce: Carol quer que eu prepare um lanchinho pra você? – Chegou na porta do meu quarto e eu quase tive um infarto, ela não estava em casa quando eu cheguei e não vi ela chegando.

Carol: Que susto Dulce, nossa – Coloquei minha mão em meu coração respirando aliviada – Eu não vi você chegando mulher.

Dulce: Me desculpe – Sorriu.

Carol: Tudo bem, mas já que você perguntou, pode fazer uns sanduichinhos pra mim?

Dulce: Claro que posso – Me olhou enquanto eu arrumava minhas coisas dentro da mala – Já vai viajar amanhã?

Carol: Vou sim – Falei sorrindo – Amanhã eu madrugo.

Dulce: Você vai pra tão longe – Me olhou preocupada – Não tem medo de passar tanto tempo dentro daquele avião não Carol?

Carol: Estou acostumada Dulce, sempre viajo pra lá quando estou de férias – Sorri do jeito engraçado em que ela falou.

Dulce: Deus me livre, eu não andaria dentro daquilo nem daqui pra ali, imagine pra outro lado do mundo – Falou se benzendo.

Carol: Ah pare de bobagem, um dia te levo em Orlando.

Dulce: Deus me livre, me deixe aqui mesmo.

Falou e saiu indo em direção à cozinha e eu gargalhei. Até que me assustei com meu celular tocando, era Bruna e conversamos bastante, mas não comentei com ela sobre a viagem, sabia que ela contaria a Luan e isso não seria nada bom. Dulce trouxe o meu lanche enquanto eu ainda conversava com Bruna e assim ficamos até minha tia chegar.

Mariana: Boa noite meninas – Chegou sorrindo animada.

Dulce: Boa noite Mariana.

Carol: Boa noite tia linda da minha vida – Sorri indo em sua direção – O que trouxe pra mim?

Mariana: Comida japonesa – Quase gritou e eu fiz o mesmo.

Carol: Não acredito – Dei pulinhos de alegria e Dulce nos olhava rindo.

Comemos e fizemos Dulce nos acompanhar, ela não gostou muito da nossa comida “estranha”, mas que nos divertimos muito, isso não tinha como negar. Eu sentiria falta delas, mas era apenas um mês e tudo passaria voando eu tinha certeza e voltaria cheia de presentes o que fez minha tia se animar um pouquinho. Depois do jantar, ajudamos Dulce com a louça, pois ela já tinha passado de seu horário e assim que terminamos foi a hora de nos despedir.

Carol: Vou sentir sua falta Dulce e muita falta da sua comida – Falei a abraçando fazendo uma cara triste.

Dulce: Ah, mas logo passa e você volta Carol – Falou com os olhinhos marejados.

Carol: Volto sim e eu tenho certeza que quando eu avisar que estou voltando, terá um banquete me esperando não é mesmo? – Segurei forte suas mãos.

Dulce: Com certeza menina, pode deixar – Me abraçou mais uma vez e sorriu – Bom, agora eu preciso ir.

Mariana: Obrigada por ficar um tempinho a mais com a gente Dulce, nos vemos na segunda, certo?

Dulce: Imagina segunda estarei aqui – Falou seguindo em direção a porta – Tchau meninas.

E assim ela se foi, Dulce além de ter conquistado toda nossa confiança em tão pouco tempo, tínhamos um carinho imenso por ela. E depois de toda essa despedida, fomos nos deitar pois amanhã meu voo sairia as 6:oohs da manhã e eu teria que está pronta. 

O dia amanheceu lindo comigo rodando no meio do apartamento. “Tomara que eu não esteja esquecendo nada” pensei. Minha tia fez um café rápido e partimos para o aeroporto, fiz Check-in e logo me despedi de minha tia.

Mariana: Já liguei pra sua mãe, ela vai está te esperando quando você chegar lá, tá bem? – Falou me abraçando.

Carol: Tudo bem tia.

Mariana: E não esqueça de me ligar assim que por os pés naquele aeroporto tá me ouvindo?

Carol: Não se preocupe, eu ligo – Falei lhe abraçando novamente e entrei na sala de embarque.

Sentei na poltrona da sala e tentei relaxar, mandei uma mensagem para minha mãe avisando que eu já estava saindo do Brasil. Não demorou muito e uma aeromoça muito bem vestida e maquiada, pediu que nós nos encaminhássemos à fila para embarcarmos. Entreguei meu bilhete a ele e ao entrar no avião procurei minha poltrona que ficava na janela, agradeci por isso. Ao meu lado sentou um rapaz muito gentil me cumprimentou com um “Bom dia”. Ele era lindo e eu sorri timidamente para ele, mas o que mais me chamou atenção foi seu perfume, que era o mesmo de Luan. Encostei minha cabeça na poltrona e na mesma hora lembrei-me dele, eu sentia sua falta e sentiria ainda mais, mas as coisas deveriam ser feitas com calma “Tudo no seu tempo”.

Depois de horas de viagem finalmente cheguei a Orlando, liguei pra minha mãe e ela disse que estava me esperando ao lado de fora, sai da sala de desembarque, andei lentamente e logo a avistei, como eu sentia sua falta, como eu sentia falta de seus carinhos e seu cuidado, não esperei nem mais um minuto e corri ao seu encontro.

Carol: Mamãe – Abracei forte e lhe enchi de beijinhos.

Eliza: Filha, não acredito, finalmente você chegou – Me abraçou carinhosamente.

Carol: Eu estava morrendo de saudades da senhora – A olhei e fiz carinho em seu rosto.

Eliza: E eu mais ainda, Mariana conseguiu roubar minha filha – Sorriu.

Carol: Ah mamãe não fale isso, eu estou aqui não estou? – Lhe abracei novamente.

Eliza: E você por um acaso veio pra ficar? – Me olhou e eu silenciei – Eu tinha certeza que não, então vamos aproveitar.

Carol: E o papai como está? – Não contei pra vocês, mas eu tinha um apego fora do normal com meu pai, ele é daqueles pais que se tornam nossos heróis desde o primeiro momento em que descobrem que suas esposas estão gravidas e será menina. Nós protege e nos ama como se fossemos a única coisa preciosa que existe no mundo, ouro. Todos os dias eu agradeço a Deus pela a vida de meu pai e peço que quando eu encontrar o pai de meus filhos, ele possa ser exatamente como meu pai, ou melhor.

Eliza: Ele está bem, você sabe, nem preciso dizer que ele quase morreu de alegria quando você ligou dizendo que viria – Sorria ao contar enquanto colocávamos minhas malas no carro.

Carol: Eu estou morta de saudades dele – Falei emocionada enquanto seguíamos rumo a nossa casa.

Eliza: Ele também está amor, nós estamos muito felizes que você esteja aqui – Segurou minha mão delicadamente – E sua tia, como está?

E assim seguimos todo o percurso conversando e logo chegamos a nossa casa, eu estava ansiosa pra ver meu pai e também Mileide, a cachorrinha mais sapeca que existe no mundo e que serve como a melhor companhia de meus pais. Ao entrarmos a primeira pessoa que vi foi meu pai, sentado em sua poltrona e tomando seu café.

Carol: Papai – Corri e sentei em seu colo – Que saudades.

Miguel: Minha princesa, você quase matou seu velho pai de saudades sabia? – Fez carinho em meus cabelos.

Carol: Agora nós que podemos mata-la não é mesmo?

Miguel: Sim meu amor – Me encolhi em seus braços – Mas me diga, dessa vez você veio pra ficar? – Me olhou esperançoso.

Carol: Pai, nós já conversamos sobre isso – Abaixei a cabeça mas ele ergueu meu queixo para que eu o olhasse.

Miguel: Tudo bem, eu tenho que entender que minha menininha já é uma mulher adulta e tem sua vida lá no Brasil.

Carol: Isso mesmo, mas vamos pensar nesse mês que vou passar aqui com vocês – Voltei a me aninhar ali que pra mim era o melhor lugar do mundo.

O dia passou maravilhosamente bem, fora o fuso-horário que sempre me deixava confusa, sair do Brasil de manhã e chegar à Florida também pela manhã é meio louco. Descansei depois de Almoçar com meus pais e liguei pra minha tia avisando que eu tinha chegado bem. A noite minha mãe teve a ideia de irmos dar uma volta pela cidade, confesso que eu era completamente apaixonada por esses passeios, tudo era absurdamente lindo e não resisti em tirar uma foto e postar no meu instagram. 

"Bem-Vindos a cidade dos sonhos."