Capitulo 16 ♡

O dia passou rápido, como todos os outros muito trabalho. Pedi que minha tia não comentasse com ninguém sobre minha viagem, nem mesmo com Naira. Sai do escritório depois das três porque fizemos uma surpresa de aniversario pra Alê e nos divertimos bastante. À noite fui pra faculdade e me senti extremamente cansada ao chegar em casa e estranhei ao ver que minha tia não estava na sala me esperando como todos os dias, fui ao seu quarto e ela dormia, provavelmente deve ter sentido uma de suas crises de enxaqueca e se deitou mais cedo. Apenas dei um beijinho em sua cabeça e fui até a cozinha comer alguma coisa, não demorou muito e eu já estava deitada olhando minhas estrelas enquanto meu sono chegava.

(Luan Narrando)

Passar mais de duas semanas sem ver Carol, pra mim já tinha se tornado torturante. Durante esse tempo passei a maioria dele mandando mensagens para ela, não respondeu e eu nem esperava, mas tenho certeza que ela gostou. Conversei com Bruna e ela disse que a cada dia ela e Carol estavam mais amigas e isso por um lado era ótimo e ela prometeu me ajudar a conquista-la. Era madrugada de terça-feira quando eu cheguei em casa, tomei um banho, fui até a cozinha comer alguma coisa, voltei pro meu quarto e me deitei mesmo sem conseguir dormir, mandei mais umas duas mensagens para Carol e quando era 6:30hs da manhã, quando eu já estava quase pegando no sono Bruna entrou no meu quarto se jogando em cima de mim.

Bruna: Bom dia coisa linda – Falou me dando vários beijos no rosto.

Luan: Ah não piroca, sai de cima de mim – Reclamei, mas ela continuou – Que droga sai daqui.

Bruna: Ai como você tá bem humorado hoje – Sorriu irônica e saiu de cima de mim sentando toda espaçosa na minha cama.

Luan: O que você quer a essa hora? Não deveria está na faculdade? – Falei ainda com meus olhos fechados.

Bruna: Só queria te dar bom dia – Falou manhosa.

Luan: Bom dia pra você também.

Bruna: Chegou de madrugada?

Luan: Cheguei e estava tentando dormir quando você chegou.

Bruna: E não vai ao escritório ver o seu amor? – Sorriu engraçada e eu abri os olhos.

Luan: Talvez mais tarde, porque? – Perguntei curioso.

Bruna: Eu estava pensando – Sentou mais próximo a mim e continuou – Que tal fazer uma surpresa pra quando ela chegar lá no escritório em? - Falou animada e eu comecei a gostar de sua ideia.

Luan: É uma boa ideia, mas que tipo de surpresa? – Falei pensativo.

Bruna: Não sei – Pensou e me olhou sorrindo – Talvez flores, um buquê de flores que tal?

Luan: Ou muitos buquês de flores – Falei sorrindo e ela bateu palminhas animada – Mas eu tô muito cansado piroca, não vou conseguir sair daqui agora – A olhei desanimado.

Bruna: Não se preocupe com isso, escreva apenas alguns bilhetinhos pra ela e eu providencio as flores e mando deixar lá.

E assim Bruna fez, enquanto eu escrevia alguns bilhetes lindos, ela providenciava as flores e logo elas estariam todas espalhadas pela sala de Carol. Eu confesso que adoraria está lá pra ver sua reação, mas isso não significa que eu não iria vê-la mais tarde e matar a saudade.

(Carol Narrando)

No dia seguinte acordei com minha tia me chamando, eu estava atrasada e corri para o banho, me arrumei rapidamente e fui tomar café.

Carol: Bom dia tia – Lhe dei um beijo – Ontem cheguei e a senhora já estava dormindo, não estava se sentindo bem?

Mariana: Senti aquelas crises de enxaqueca, mas estou me sentindo melhor agora – Sorriu me olhando – E você em? Parece cansada.

Carol: Ontem foi bem corrido – Falei bocejando e peguei uns biscoitos.

Mariana: Entendo, mas aguente só mais um pouco, logo isso acaba – Me olhou carinhosa.

Terminamos nosso café e seguimos mais um dia para o escritório. O transito de São Paulo estava um caos e demoramos quase 40min pra chegar lá, definitivamente um momento estressante. Ao chegarmos cumprimentamos Alexsandra que atendia alguns telefonemas, já vi que pela correria Luan já estava em São Paulo. Fomos para nossa sala e ao chegar lá confesso que levei um grande susto, a sala estava tomada por flores e eu não consegui sair do canto.

Mariana: Meu Deus do céu – Falou olhando todas aquelas flores enquanto Naira tentava arruma-las e sorria – O que é isso?

Naira: Flores – Sorriu engraçada – E são todas pra você Carol, tá aqui todos os cartõezinhos – Falou me entregando os cartões e voltando a se sentar.

Carol: Isso é loucura – Continuei parada na mesma posição, observando todas aquelas flores e imaginando quem seria o autor daquilo.

Mariana: E bote loucura nisso – Me olhou sorrindo.

Naira: Fala pra mim Carolzinha, quem é esse homem maravilhoso e onde você o achou? Por que eu preciso de um desses – Gargalho e minha tia lhe acompanhou.

Carol: Sinto muito, mas eu não sei – Falei abrindo os cartõezinhos e na hora reconheci sua letra em cada um deles.

“Essa é só mais uma prova do quando eu gosto de você, do quanto eu quero você. Eu não vou desistir.”

Carol: Ele é louco – Falei baixinho e sorri.

Mariana: Essas flores são lindas Carol, olha isso – Pegou algumas e sorriu, elas eram realmente lindas.

Naira: Um admirador secreto, talvez? – Sorriu encantada – Só lhe digo uma coisa, ele está muito apaixonado.

Carol: Meninas, podemos deixar essas flores de lado e trabalhar? Depois eu tento descobrir quem foi o homem maravilhoso que me mandou isso – Sorri tentando descontrair, mas por dentro eu estava prestes a explodir.

O dia foi tranquilo, fora que a todo o momento Naira falava do meu “admirador secreto” que me mandou as flores, confesso que foi difícil se concentrar ao olhar todas elas ali e as palavras dele que não saiam da minha cabeça. Fomos almoçar tranquilamente, mas os comentários sobre minhas flores rolavam solto por ali. Por um momento tive vontade matar Luan mentalmente, mas como isso não seria possível, conseguiria esperar que ele chegasse. Depois do almoço voltamos para nossa sala e de repente o celular de minha tia apita, deveria ser alguma mensagem, ela me olha desconfiada e saiu, minutos depois ela volta com alguns papeis em mãos.

Mariana: Carolzinha me faz um favor? – Falou carinhosa e eu apenas acenei – Leva esses papeis na sala do Luiz e pede pra ele assinar pra mim.

Carol: Claro tia, pode deixar que eu levo lá – Falei e segui em direção a sala de Luiz, porém quando chego lá tenho mais uma surpresa – Luan? – Ele me puxou pra que eu entrasse na sala e trancou a porta em seguida – O que você tá fazendo aqui?

Luan: Nossa eu também senti muito a sua falta – Falou colando nossos corpos e com um sorriso sapeca nos lábios. Tentei me afastar mas ele não deixou.

Carol: Cadê o Luiz? – Ao perguntar me lembrei que minha tia quem me mandou pra cá e senti raiva por isso – Não acredito que você fez minha tia ficar do seu lado nessa palhaçada – Falei tacando os papeis em seu ombro e ele gargalhou ainda me segurando pela cintura.

Luan: Ah não a culpe amor, você sabe que ninguém resisti aos meus encantos – Falou tirando calmamente os papeis de minhas mãos e colocando em cima da mesa – E outra, ela só quer a nossa felicidade – Falou se aproximando ainda mais de mim colando nossas testas.

Carol: Você é um idiota – Minha respiração já estava falha e podia sentir meu coração dando pulos de alegria.

Luan: Gostou das mensagens e das flores? – Falou segurando firme minha cintura com uma mão e com a outra colocava meu cabelo para traz dos ombros acariciando minha nuca, fechei meus olhos e respirei fundo, sentindo seu perfume maravilhoso – Não adianta dizer que não.

Carol: Porque você faz isso comigo? – Segurei a barra de sua camisa impedindo que ele se afastasse de mim, eu estava completamente entregue e ele e naquele momento ele poderia fazer de mim o que ele bem quisesse.

Luan: Porque eu quero que você entenda que eu não vou te fazer sofrer – Falou também com sua respiração falha – Eu sou louco por você Carol.

Carol: Mas eu não posso – Falei com a voz embargada e senti uma lagrima se derramar em meu rosto, delicadamente ele enxugou – Eu não posso fazer isso.

Luan: Você só precisa deixar que eu cuide de você.

E falando isso ele me olhou profundamente e selou nossos lábios como nunca antes. Me entreguei aquele momento sem medir as consequência, me senti segura como nunca me senti antes, mas algo no fundo ainda me deixava confusa, era minha consciência. Mas naquele momento deixei que o coração falasse mais alto e eu poderia passar o resto da minha vida ali com, sem me importar com nada no mundo.