domingo, 31 de agosto de 2014

Capitulo 32 ♡

Luan: Você gostou? – Perguntou com selinhos – Gostou mesmo?

Carol: Se eu gostei? Eu amei, é maravilhosa amor – Falei encantada – Canta de novo? – Pedi animada.

Luan: Canto – Sorriu me olhando.

E mais uma vez ele cantou pra mim, me olhando apaixonado e eu me sentia no céu ao estar com ele ali. Eu poderia passar o resto da minha vida ouvindo sua voz doce em meu ouvido, cantando unicamente pra mim. Sem duvida eu era a mulher mais feliz do mundo por ter o melhor homem ao meu lado e por mais impossível que pareça, eu me apaixono mais por ele a cada segundo que passa.

Luan: Eu amo muito você – Falou bem próximo a mim ao fim da minha musica – Obrigada por me fazer tão feliz.

Carol: Eu que amo muito você, meu amor – Selinho – Você é o melhor namorado do mundo – Selinho – Eu que tenho que te agradecer por me fazer a mulher mais feliz do mundo.

Luan: Parece que já estava escrito o nosso amor – Falou acariciando meu rosto.

Carol: Mas estava amor, há muito tempo – E então eu lhe beijei com todo o carinho do mundo e me senti em paz.

Depois de muitos beijos, conversa, carinhos e música, me despedi da família de Luan e ele foi me deixar em casa, amanhã cedo eu teria trabalho, ele prometeu ir me buscar e passar a tarde comigo e depois ir me deixar na faculdade. Amanhã seria seu ultimo dia aqui e voltaria pra estrada. Ao chegarmos, ele subiu comigo e ao abrir a porta vi minha tia assistindo TV com Naira e Rafael.

Carol: Boa noite gente – Falei de mãos dadas com Luan.

Luan: Meu escritório é aqui agora? – Brincou indo cumprimenta-los.

Mariana: Chegou quem faltava – Falou animada – Sentem-se vamos tomar sorvete.

Naira: Oi chefinho – Abraçou Luan que sentou ao seu lado – Oi primeira dama, temos que lhe chamar de chefinha agora? – Brincou e Rafael gargalhou.

Carol: Nada de chefinha, tá louca? Pode parar com isso – Sorri tímida e Luan me puxou pra que eu sentasse ao seu lado.

Mariana: Como foi o jantar? – Perguntou enquanto impedia que Rafa tomasse todo o sorvete – Sai Rafael – Quase gritou.

Luan: Foi ótimo, meus pais amam a Carol e Bruna nem precisa falar né? – Sorriu me olhando e fez carinho em minha mão.

Rafael: Hum, então quer dizer que a coisa tá seria? – Falou de boca cheia e não teve como não rir dele – Foi até jantar com a família.

Luan: Tá mais que seria – Segurou forte minha mão.

Naira: Ai que casal fofo gente – Apertou nossas bochechas e sorrimos – Nem preciso dizer que eu desejo toda felicidade do mundo pra vocês né?

Carol: Obrigada Nairinha – Beijei seu rosto.

Mariana: Eu também – Levantou a mão com a boca cheia de sorvete.

Rafael: E eu – Repetiu o gesto de minha tia.

Luan: Muito obrigada pela felicitação de todos, mas agora eu preciso ir – Me olhou com uma carinha triste.

Carol: Mas já?  - Falei manhosa e ele fez um bico lindo – Não pode ficar mais um pouquinho?

Luan: Só mais um pouquinho, você precisa descansar – Acariciou meu rosto me dando um selinho em seguida.

Carol: Com licencinha meus amores – Levantei segurando a mão de Luan – Vamos ali rapidinho – Sorri com o “hum” de Naira e Rafael enquanto minha tia nos olhava sorrindo – E parem com isso – Sorri e Luan me abraçou por trás enquanto seguíamos pro meu quarto.

Luan: Tá com sono? - Perguntou enquanto eu tirava minhas sandálias e esfregava meus olhos.

Carol: Um pouquinho, acordei cedão hoje pra estudar antes de sair pro escritório – Ele sentou ao meu lado na cama e colocou meus cabelos pro lado, acariciando minha nuca – Deita comigo? – Pedi baixinho – Faz cafuné? 

Luan: Faço, vem cá – Deitou na cama enquanto eu colocava minha cabeça em seu peito e ele entrelaçou nossas pernas.

E assim ficamos sem necessidade de palavras passamos alguns minutos entre carinhos, beijos e com sua voz suave cantando pra mim mais uma vez a nossa musica, minutos depois adormeci sentindo seus carinhos em meu cabelo, seu cheiro e seu calor, não existia sensação melhor.

(Luan Narrando)

Depois de tudo o que aconteceu, toda nossa discussão, pensei e acredito que essas discussões sirvam para que o namoro amadureça, se realmente existe amor, ele supera qualquer coisa. Fizemos as pazes e levei Carol pra jantar com a minha família como tínhamos combinado antes de tudo acontecer. Como sempre foi tudo como eu esperava, meus pais amam Carol e estão felizes com nosso namoro, pra mim isso importa e muito. Depois levei minha menina para um passeio no jardim, peguei meu violão para que logo pudesse mostrar a ela a música que fiz pensando unicamente nela e mostrando todo o meu amor. Ela se emocionou profundamente o que me fez me apaixonar ainda mais. Depois de muitos beijos e carinhos, decidi leva-la pra casa, amanhã ela tinha que estar cedo no escritório, ela se despediu de meus pais e de Bruna e partimos rumo ao seu condomínio. Ao chegarmos em seu apartamento encontramos Mari, Naira e Rafael assistindo TV e tomando sorvete esparramados no sofá, conversamos por um tempo com eles e depois fomos pro seu quarto. Ao perceber que ela estava com uma carinha de sono, me deitei em sua cama e ela se deitou com a cabeça em meu peito, fiz carinho em seu cabelo e cantei baixinho a musica que fiz pra ela, depois de alguns minutos senti sua respiração um pouco pesada, a olhei e ela dormia feito um anjo. Tentei sair dali com muito cuidado pra não acorda-la, quando consegui beijei seu rosto carinhosamente, peguei a coberta que estava sobre sua cama e coloquei por cima dela. Dei mais um beijinho e sai voltando pra sala e não vi mais ninguém.

Luan: Mari? – Chamei e ouvi um barulho vindo de algum lugar.

Mari: Oi, tô aqui na cozinha – Gritou e eu segui pra cozinha.

Luan: Todos já foram? – Perguntei enquanto ela mexia na geladeira.

Mari: Acabaram de sair – Sorriu com uma barra de chocolate em mãos – Quer? – Me ofereceu e eu peguei um pedacinho – E Carol?

Luan: Dormiu – Sorri de lado – Bom, eu tenho que ir – Falei abraçando Mari que sorria – Amanhã nos vemos.

Mariana: Amanhã nos vemos chefinho – Caminhamos juntos até a porta – Boa noite.

Luan: Boa noite – A abracei novamente e sai.

Desci, cumprimentei o porteiro e entrei em meu carro saindo do condomínio de Carol. Fui pra casa feliz, depois de tudo o que aconteceu nessa noite e eu tinha absoluta certeza que é esse sentimento que quero levar pelo o resto da minha vida. Quando cheguei em casa meus pais já estavam deitados, Bruna estava em seu quarto conversando com uma amiga por telefone e entrei pra lhe dar um beijo e fui pro meu quarto. Demorei pra pegar no sono, enquanto isso compus uma canção linda ainda pensando na minha menina e quando consegui pegar no sono, sonhei com ela. 

(Carol Narrando)

Acordei de madrugada e percebi que ainda estava com a mesma roupa e lembrei que eu tinha dormido enquanto Luan mais uma vez cantava pra mim e me fazia carinho. Levantei, fui até o banheiro e tomei um banho quente, fazia frio naquela noite, voltei pro meu quarto e vesti um pijama, olhei meu celular e já se passava das 02h00minhs, voltei pra cama e adormeci novamente.

No dia seguinte acordei e Dulce já preparava nosso café, tomei um banho e me arrumei. Fui até minha cama pegar meu celular e ali ainda tinha o cheiro do meu amor, sorri ao lembrar a maneira carinhosa que ele me fez dormir. Despertei e fui em direção à cozinha onde minha tia terminava de arrumar suas coisas e tomar café ao mesmo tempo.

Carol: Bom dia – Falei sentando ao lado de minha tia enquanto Dulce me servia.

Dulce: Bom dia Carol.

Mariana: Bom dia meu amor – Me deu um beijinho e tomou um pouco do seu café.

Carol: Ai que delicia Dulce – Falei quando Dulce tirou uma bandeja de pães de queijo do forno – Nossa, tô com agua na boca.

Dulce: Já vou te servir, espere um minuto – Falou sorrindo.

Mariana: E como foi ontem amor? Pelo o que eu vi ontem tá tudo ótimo entre você e Luan né?

Carol: Tá sim – Falei enquanto Dulce colocava os pãezinhos na mesa – Quando chegamos em casa discutimos mas depois fizemos as pazes e veio o jantar o que foi maravilhoso – Falei animada – Tia ele fez uma musica pra mim, acredita?

Mariana: Uma musica? – Me olhou incrédula – Meu Deus que amor, você tá ouvindo isso Dulce?

Dulce: Seu namorado é apaixonante Carolzinha.

Carol: Eu também acho – Sorri e comi mais um pãozinho. 

Mariana: Mas fico feliz que esteja tudo bem entre vocês – Falou carinhosa – Só quero a felicidade dos dois.

Depois de tomarmos café partimos pro escritório, assim que chegamos vi Dan conversando com algumas fãs, elas eram apaixonadas por ele e Deus me livre Luan saber disso, ri do meu pensamento e entrei após acenar pra eles que me olharam sorrindo. Cumprimentei Rafa, Jú e Alê que estavam na recepção e segui pra minha sala enquanto tia Mari acompanhava Rafael, Naira, Jú e Mateus em uma reunião rápida. Eu estava distraída na minha sala quando ouço a porta se abrir, sorri ao ver Dan me olhando.

Daniel: Bom dia princesa – Sorriu entrando e sentando em uma cadeira em frente a minha mesa.

Carol: Bom dia Dan – Deixei meu notebook de lado e me voltei a ele – E aí, tudo bem?

Daniel: Tudo ótimo – Falou sentando-se mais confortavelmente e me olhando – E você como é que tá? Como foi com Luan ontem?

Carol: Tá tudo ótimo – Respirei fundo também me sentando mais confortavelmente e continuei – Tivemos uma pequena discussão, mas depois deu tudo certo – Sorri e ele me olhava atencioso.

Daniel: Pelo o menos ficou tudo bem né? Isso é bom, não quero te ver mal – Acariciou minha mão.

Carol: Sim, está tudo bem meu amigo – Sorri segurando forte sua mão – Obrigada por querer sempre o meu bem.

Daniel: Sempre tá me ouvindo? – E então beijou minha mão delicadamente.

Carol: Vi você conversando com umas meninas – Mudei de assunto e ele sorriu quando eu falei das fãs – Elas são loucas por você.

Daniel: Ah não é pra tanto vai- Falou tímido – Elas são uns amores, acredita que um dia desses eu e minha mãe estávamos no shopping e algumas me viram, nossa foi a maior loucura – Falou rindo – Elas são lindas e até fizeram fã clubes pra mim viu?

Carol: Sabe o que eu pensei quando te vi com elas lá fora? – Perguntei e ele apenas negou com a cabeça – Que eu não quero nem imaginar se Luan souber que as “Neguinhas” dele amam tanto você.

Daniel: Deus me livre, ele já não vai muito com a minha cara – Sorriu nervoso – É melhor que ele não saiba, não quero ser demitido antes da hora.

Passamos mais alguns minutos conversando e rindo, impossível não rir na presença de Daniel. Depois que tia Mari e Naira voltaram, continuamos com o trabalho, tínhamos tantas coisas pra resolver que eu mal vi o tempo passar, até que vejo a pessoa mais linda do mundo batendo na porta da minha sala com um buquê de rosas nas mãos. 

Luan: Oi, eu acho que o expediente da minha namorada acabou – Falou com uma falsa autoridade enquanto Naira e tia Mari olhavam segurando o riso – Será que vocês poderiam liberar ela logo? – Entrou na sala e seguiu em direção a minha mesa me dando um selinho longo – É pra você.

Carol: Obrigada amorzinho, são lindas – Sorri enquanto Naira e minha tia babavam por nós dois – Mas acho que meu expediente acabou mesmo.

Mariana: Acabou sim, pode ir meu amor.

Naira: Vão meus amores, até amanhã – Sorriu e então peguei minhas coisas e seguimos para seu carro.

Passamos todo o percurso pro meu apartamento conversando, ouvindo música e uma vez ou outra Luan me roubava um beijo. Graças a Deus as coisas estavam começando a dar certo, mesmo depois de toda aquela discussão que pra mim já era passado e algo que eu tentava não lembrar. Logo chegamos ao meu condomínio, Luan estacionou o carro e descemos de mãos dadas, cumprimentamos seu Alfredo e subimos pro meu apartamento. Assim que entramos, fomos pra cozinha fazer um lanchinho e dizer que fizemos uma grande bagunça, seria pouco. Depois que comemos, fiz uma pipoca de micro-ondas e fomos pra sala assistir um filme que passava na TV.

Luan: Esse filme é massa demais – Falou enquanto eu me encolhia em seus braços confortavelmente – Você vai amar.

Carol: Só não venha me dizer o final, nem ficar narrando o filme – Falei comendo uma pipoca e ele me olhou serio – O que foi?

Luan: Não tem nada eu dizer o que vai acontecer de vez enquanto né? – Falou me aconchegando ainda mais em seus braços.

Carol: Claro que tem, eu odeio quem faz isso.

Luan: Quero ver quando você ficar curiosa aí querendo saber o que vai acontecer e eu não vou dizer – Falou enchendo a mão de pipoca e comendo logo em seguida.

Carol: Eu não vou perguntar não se preocupe – Olhei pra TV onde já começava o filme.

E assim ficamos a tarde toda, assistindo filme, trocando carinhos e namorando muito. Era algo completamente nosso, não tinha como aproveitar mais os últimos momentos ao lado do meu namorado antes que ele viaje pra mais uma serie de shows. Quando meu celular avisou que estava na hora da faculdade, tomei um banho rápido enquanto Luan me esperava na sala, me arrumei, peguei todo meu material preciso e ele foi me deixar. Repetiu milhares de vezes que adoraria fazer isso todos os dias, depois de tudo veio a despedida o que mesmo sabendo que logo ele estaria de volta, era algo profundamente doloroso. Dessa vez ele demoraria mais um pouco pra voltar, mas voltaria pra mim e eu estaria aqui, de braços abertos para recebê-lo. 

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Capitulo 31 ♡

E assim o dia passou rapidamente, não sai pra almoçar como todos os dias, minha tia estranhou, mas não insistiu, acabei lanchando na cantina e dando boas risadas com a alegria de Marilia, liguei pra Jú e contei pra ela o que tinha acontecido, ela apenas me disse que eu deveria ser paciente e entender também o lado de Luan, pra Jú tudo era sempre muito fácil. Me distrai tanto conversando com ela que quando vi já era a hora de voltar ao trabalho.

Mariana: Carol, tá tudo bem? – Perguntou quando entrou na sala sozinha e sentou ao meu lado.

Carol: Eu acho que eu e Luan estamos brigados – Falei de cabeça baixa e já com vontade de chorar.

Mariana: Mas o que aconteceu? – Perguntou passando a mão em meus cabelos carinhosamente.

Carol: Aconteceu o que eu mais temia – A olhei – Ele ligou pro meu celular ontem e Dan atendeu, eu liguei pra ele assim que Dan me devolveu o celular e ele foi super grosso comigo, disse que viria me buscar aqui e me levar pra casa – Deixei que uma lágrima caísse e ela delicadamente enxugou.

Mariana: Mas aí vocês vão conversar, você vai explicar pra ele o que aconteceu e pronto, vai ficar tudo bem – Falou enquanto eu deitava minha cabeça em seu colo.

Carol: Assim eu espero tia, assim eu espero – Enxuguei mais uma lágrima.

Fiquei ali no colo de minha tia até Naira chegar, eu tinha apenas mais uma hora de trabalho e então ocupei minha cabeça falando com meus anjinhos que me faziam tão bem. Quando chegou o fim do meu expediente, recebi uma mensagem de Luan avisando que já estava lá fora me esperando no carro, me despedi de todos e quando cheguei à recepção Dan conversava com Alê e ao me ver me olhou carinhoso.

Daniel: Quer uma carona até em casa? – Perguntou sorrindo.

Carol: Não meu amor, muito obrigada – Lhe dei um abraço rápido – Luan tá aí fora me esperando – Dei um meio sorriso e ele entendeu acenando – Bom eu vou indo, até amanhã gente.

Alexsandra: Até amanhã Carol – Soltou um beijo e sai sorrindo.

Quando sai, avistei o carro de Luan, respirei fundo e segui até ele, entrei e fechei a porta enquanto ele me olhava através de seus óculos escuros.

Luan: Oi – Falou ainda me olhando e o encarei.

 Carol: Oi – Abaixei a cabeça e ele olhou pra frente dando partida.

Não conversamos durando o percurso, só ele de vez enquanto reclama do trânsito, mas eu continuava com minha cabeça encostada na janela olhando as pessoas sem pronunciar uma palavra. Chegamos ao meu condomínio e Luan estacionou o carro na garagem, quando descemos do carro ele segurou minha mão, o que me surpreendeu, cumprimentamos seu Alfredo e entramos no elevador. Ele encostou-se no espelho e entrelaçou nossas mãos, sem me olhar e cantarolava alguma coisa que eu não conhecia, eu estava morrendo de saudades dele e tudo o que eu mais desejava nesse momento era abraça-lo e sem me conter foi exatamente o que eu fiz, ele me acolheu em seus braços ainda cantarolando e beijou o alto da minha cabeça, seu cheiro, seu toque, tudo era tão meu, me pertencia desde muito tempo.

Carol: Eu senti sua falta – Sussurrei e ele cheirou meu cabelo ainda abraçado a mim.

Luan: Eu também senti sua falta – Falou calmo e aquilo aliviou mais meu coração, mesmo sabendo que ainda teríamos uma longa conversa pela frente.

O elevador parou no meu andar e saímos ainda de mãos dadas, abri o meu apartamento enquanto ele segurava minhas coisas e entramos, fechei a porta e lhe vi colocando minhas coisas na mesinha de centro e sentando no sofá tirando os óculos e colocando as mãos sobre o rosto, respirou fundo e me olhou.

Carol: Podemos conversar agora? – Perguntei ainda de pé o olhando.

Luan: Podemos – Falou calmo – Sente aqui e me explique o que aconteceu ontem – Indicou um lugar ao seu lado no sofá e eu me aproximei sentando.

Carol: Ontem eu fui pra faculdade como sempre, só que aí começou a chover muito forte, acredito que ficou sabendo – Comecei a falar e ele me interrompeu.

Luan: Sim, eu soube.

Carol: Quando minha aula acabou ainda chovia muito e não consegui arrumar um taxi de maneira alguma.

Luan: E porque não pediu carona a alguma amiga sua? – Me interrompeu novamente.

Carol: Porque eu e meu grupo nos atrasamos com um trabalho e fomos os últimos a sair, fora que meu professor me chamou pra conversar  e quando me liberou todos já tinham  ido embora.

Luan: E porque não ligou pra Mari? – Questionou e aquilo já estava tirando minha paciência.

Carol: Eu liguei só que o celular dela só caia na caixa postal – Respondi já um pouco seca e ele percebeu.

Luan: E?

Carol: Daniel era a única pessoa que poderia me ajudar naquele momento, liguei pra ele e ele gentilmente foi me buscar – O olhei e ele me encarava serio – Quando ele me deixou em casa vi que eu tinha esquecido meu celular no seu carro, por isso que na hora que você ligou ele que atendeu – Falei me levantando – Satisfeito Luan?

Luan: E porque não poderia ter sido outra pessoa? – Perguntou também se levantando.

Carol: Porque todo esse questionamento Luan? – Ignorei sua pergunta – Porque toda essa raiva do Daniel? Ele é meu amigo, amigo Luan você tá me ouvindo? – Eu já estava alterada.

Luan: Eu não gosto dele, não gosto dessa amizade – Falou no mesmo tom que o meu – Era isso que queria ouvir? Pois bem, eu estou lhe dizendo que não gosto de vocês dois juntos – Falou e o olhei incrédula.

Carol: Isso é ridícula - Sorri nervosa – Olha o que você tá falando Luan, você tá desconfiando de mim? – Enxuguei com raiva uma lágrima que insistia em cair – É a coisa mais ridícula que eu já ouvi na vida.

Luan: Eu estou sendo sincero Caroline – Falou com raiva – Eu não confio nesse Daniel, nessa amizade de vocês – Ele jogava as palavras na minha cara sem se importar se me machucariam ou não.

Carol: Que tipo de namoro é o nosso Luan? Que não existe confiança – Então ele me olhou surpreso, nosso namoro era seu ponto fraco naquele momento – Um namoro não é construído só de amor Luan, tem que existir amor, respeito, amizade, confiança e muitas outras coisas – Respirei e enxuguei novamente algumas lágrimas que agora rolavam soltas – Eu AMO você, eu lutei contra mim mesma pra não me deixar levar por suas palavras bonitas e provas de amor, até que eu não aguentei e me entreguei aceitando namorar com você – Minha cabeça já doía de tanto chorar  e continuei –  Se eu quisesse alguma coisa com Daniel você acha que eu já não estaria com ele? Ele é meu amigo e eu o amo também, não como amo você, é completamente diferente, e ontem ele só me fez um favor de me tirar da rua, onde eu corria perigo, mas acho que pra você isso pouco importa não é mesmo? Preferia que eu arriscasse minha vida ao ver Daniel me ajudando. Você é um idiota em duvidar de mim Luan e eu sou mais ainda por confiar em você.

Despejei as palavras sem dor, ele me olhava com lágrimas nos olhos e pude ver que ele se arrependeu naquele instante de muitas coisas que disse. Sentei-me no sofá e chorei baixinho, eu não aguentava aquilo, não agora que estávamos no inicio do nosso namoro, imagine quando estivéssemos com um ano de namoro? O que seria de nós? Isso se chegássemos até amanhã.

Carol: Se for pra continuar assim, com toda essa desconfiança, é melhor que a gente termine aqui o que acabamos de começar – Falei com minha voz embargada pelo choro e ouvi seus passos se aproximarem, ele se ajoelhou em minha frente e levantou meu rosto para que eu o olhasse, nos olhamos por alguns minutos e então ele me abraçou com toda força que podia e eu respirei aliviada.

Luan: Me desculpa amor – Falou ainda abraçado a mim – Me desculpa, eu sou um idiota em desconfiar de você, eu jamais deveria ter dito tudo isso pra você, me desculpa.  

Carol: Não faz mais isso – Pedi enquanto minhas lágrimas se derramavam em meu rosto – Eu não aguento isso.

Luan: Não faço, eu só tive medo de te perder, de perder tudo o que construímos – Me olhou carinhoso enxugando meu rosto com as costas de sua mão – Eu amo tanto você Carol, amo tanto – Colocou seu rosto em minhas pernas.

Carol: Eu também amo, mas se for pra ser assim não dá pra continuar Luan – Fui sincera e ele me olhou desesperado.

Luan: Não amor, isso não vai mais acontecer – Beijou minhas mãos – Me desculpa? Por favor? – Me olhou com a carinha mais linda desse mundo e não tinha como não desculpar.

Carol: Tudo bem, mas tente me entender também, por favor – Falei o olhando enquanto ele acariciava minhas mãos.

Luan: Eu te amo – Segurou meu rosto e me deu um selinho longo e depois beijou todo meu rosto – Te amo demais, não fala mais em terminar tá bom? Essa palavra tá proibida a partir de agora – Falou e eu sorri de seu jeito.

Carol: Isso só vai depender de você – Segurei seu rosto para que ele parasse e me ouvisse – Que isso não se repita.

Luan: Não vai – Me olhou sincero – Eu tava morrendo de saudade de você sabia?

Carol: Sabia, porque eu também tava de você – Ele levantou e sentou ao meu lado colocando minhas pernas em cima das suas – Acho que ainda temos um jantar essa noite, não é mesmo? – Falou bem próximo de minha boca e eu apenas acenei e então ele me tomou em um beijo apaixonante.

E ali ficamos, entre beijos com sabor de saudade e reconciliação, vi aquela discussão como algo que iria fortalecer nosso namoro que tem tão pouco tempo. Juro que pensei que a partir do momento em que ele começou a falar terminaríamos cada um na sua casa chorando pelo termino do nosso namoro, mas o nosso amo não permitiu que isso acontecesse e eu lhe agradeço por isso. Depois de toda aquela tempestade, Luan passou mais 30min comigo e foi embora, disse que voltaria pra me buscar no horário em que combinamos e disse que esse jantar seria especial, o que fez minha ansiedade aumentar ainda mais. Depois que ele saiu, tomei um banho relaxante pensando em tudo o que aconteceu minutos atrás, quase perdi o meu amor e com certeza isso seria mais uma decepção para o meu frágil coração. Voltei pro quarto e vesti uma roupa leve, comi alguma coisa e fui pra sala assistir TV.

Quando deu 17h00minhs levantei e cuidei de me arrumar, fui pro meu quarto, abri meu closet e procurei com o olhar o que vesti, passei mais de 10min tentado escolher, até que me decidi:






Deixei meu cabelo solto e fiz uma maquiagem clarinha, fui para a cozinha e mexi na geladeira umas vinte vezes, talvez a ansiedade estivesse me consumindo, até que ouço a campainha tocar e corri pra atender.

Carol: Oi – Falei sorrindo enquanto ele me olhava dos pés a cabeça – O que foi?

Luan: Você tá linda – Sorriu lindamente e me derreti toda – Tá pronta?

Carol: Tô me deixa só pegar minha bolsa – Voltei ao meu quarto e pegue minha bolsa rapidamente – Pronto, podemos ir.

Antes que passasse pela porta ele segurou meu braço e me beijou inesperadamente, com calma, mas com paixão, me olhou ao final do beijo e sorriu. Tranquei a porta e ele segurou minha mão, entramos no elevador e enquanto eu arrumava meu cabelo ele segurou minha cintura e me puxou pra ele, dando leves beijinhos em meu pescoço o que me fez arrepiar inteira. Descemos e mais uma vez cumprimentamos seu Alfredo, Luan abriu a porta pra mim e quando entrei me deparei com rosas lindas.

Carol: Ai meu Deus que lindas – Sorri pegando o buquê – São pra mim?

Luan: Pra quem mais seria? – Sorriu engraçado – Lembra-se delas? Estavam com saudades de você – Falou dando partida.

Carol: Obrigada meu amor – Sorriu lhe dando um beijo no rosto – Eu amei, são lindas.

O clima no carro era ótimo, estávamos ansiosos, acredito que eu um pouco mais que ele e quando eu avistei seu condomínio meu corpo gelou, eu já conhecia sua família, mas chegar a sua casa como sua namorada, era algo novo e o que me deixou extremamente nervosa. Descemos do carro e segurei forte sua mão, ele percebeu meu nervosismo e me olhou carinhoso sorrindo, quando ele abriu a porta Puff correu pros nossos pés e Bruna com toda sua animação correu para nos receber.

Bruna: Até que enfim – Falou me abraçando – Tava com saudade amiga.

Carol: Eu também estava, mas estou sem tempo até de respirar – Sorri nervosa e vi sua mãe se aproximar.

Marizete: Carol, que bom que chegaram – Sorriu simpática me abraçando carinhosamente – Seja bem vinda mais uma vez, minha querida. 

Carol: Obrigada Dona Marizete – Retribui ao seu abraço e logo ela segurou minhas mãos.

Marizete: Mas vamos, entrem, Amarildo já está descendo – Falou indo em direção a cozinha e Luan me puxou pro sofá enquanto Bruna sentava ao nosso lado e Puff a acompanhava me observando atentamente.

Bruna: Tá nervosa cunha? – Falou sorrindo enquanto minha timidez era nítida.

Luan: Quando você ver Carol tímida assim mesmo com amigos, é porque na certa ela tá mais do que nervosa – Me olhou sorrindo e eu me surpreendi, ele me conhecia bem – Já volto tá? – Falou beijando minha mão e se levantando.

Carol: Tá – Falei baixo enquanto Bruna nos olhava – Como é que você tá?

Bruna: Tô bem, fora a faculdade e o teatro que estão me consumindo, até que consigo dormir umas quatro horas por dia – Sorriu e Puff latiu pra mim – O que foi neném? – Latiu novamente – Tem que se acostumar com ela em Puff, ela é sua mãedrasta agora – Falou seria olhando para o cachorro que me olhava e tive uma crise de risos – Não rir não cara, se eu sou a mãe, Luan é o pai e ao mesmo tempo somos tios, então você é a mãe e madrasta ao mesmo tempo ué – Falou como se fosse obvio enquanto eu continuava rindo. 

Carol: Você é louca Bruna – Falei tentando me recompor e Luan chegou de repente.

Luan: Do que vocês estão rindo? – Voltou a sentar ao meu lado e colocou o braço por cima dos meus ombros.

Carol: Bruna que disse que Puff tem que se acostumar comigo porque agora eu sou mãedrasta dele, uma espécie de mãe e madrasta ao mesmo tempo – Sorri e ele olhou Bruna que continuava conversando com Puff.

Luan: Vamos ter o nosso próprio cachorro pra que você não precise ser mãedrasta dele e sim só mãe – Falou serio, mas com um ar de riso e Bruna nos olhou incrédula.

Bruna: Tá vendo neném, seu pai tá querendo lhe trocar – Falou seria e Puff a olhava sem entender.

Luan: Nada disso viu Puffola – Falou pro Puff que agora o olhava atentamente.

Carol: Vocês vão deixa-lo confuso, parem com isso – Sorri e ouvimos alguém descendo as escadas, era seu Amarildo.

Amarildo: Boa noite gente – Sorriu animado e meu nervosismo voltou – Carol, boa noite – Falou me abraçando, desde que eu e Luan começamos a namorar, não vi mais seu Amarildo no escritório, então não fazia a mínima ideia qual era sua opinião sobre nós dois, mas acho que essa era a hora de por tudo em pratos limpos.

Carol: Boa noite seu Amarildo – Retribui ao abraço sorrindo.

Amarildo: É bom tê-la aqui na nossa casa – Segurou minha mão enquanto todos nos observavam atentos.

Carol: Obrigada – Falei tímida.

Ficamos todos na sala conversando e tomando uma taça de vinho enquanto o jantar era servido. Graças a Deus o clima estava ótimo, ate que Seu Amarildo toca no assunto “namoro”.

Amarildo: Bom, mas me digam como anda o começo do namoro? – Perguntou enquanto tomava um gole de seu vinho e Luan foi rápido em responder.

Luan: Não poderia está melhor – Me olhou e eu sorri.

Marizete: Nós estamos muito felizes com esse namoro Carol, acreditamos que agora Luan encontrou a pessoa certa para estar ao seu lado – Sorriu segurando a mão de seu Amarildo.

Carol: Eu amo muito o seu filho Dona Marizete – Falei e o olhei sorrindo.

Amarildo: Olha, eu sinceramente na hora em que Luan me contou, pensei que tudo fosse fogo de palha e que logo acabaria – Foi sincero e eu concordei – Pensei até que iria atrapalhar o trabalho de vocês, mas vejo Carol que as coisas não são bem como eu pensava – Sorriu – É bom ver que você está fazendo nosso filho feliz, eu desejo que dê tudo certo pra vocês, felicidades – Levantou-se vindo em nossa direção e nos abraçou.

Luan: Obrigada por tudo pai – Falou emocionado com as palavras de seu pai.

Carol: Obrigada seu Amarildo, por seu apoio.

Marizete: É muito bom saber que agora você definitivamente faz parte da nossa família Carol – Falou me abraçando em seguida.

Carol: Muito obrigada.

Amarildo: Sejam felizes, isso que importa – Finalizou.

Bruna: Ai que coisa linda vocês, me abracem – Se aproximou nos abraçando e sorrimos.

Marizete: Bom, o jantar está servindo – Falou batendo palmas e fomos pra mesa.

O jantar foi tranquilo em meio a risadas e  algumas historias que Dona Mari me contava sobre a infância de Luan, fez questão de lembrar que esse era o primeiro de muitos jantares juntos. Depois de o longo jantar, conversamos mais um pouco e Luan me chamou pra passear no jardim, pegou seu violão e disse que tinha uma surpresa pra mim, confesso que fiquei ansiosa pra saber o que era, mas na hora certa ele me diria. Colocou o violão em um cantinho, tirei minha sandália e ele o tênis e ficamos passeando pelo jardim, falando bobagens e namorando. Nada pagaria aquele momento tão único e tão especial de estar ali com o meu namorado e ser tão bem aceita por sua família, passamos mais alguns longo minutos, até que ele pediu que eu esperasse ali em baixo de uma arvore e correu pra pegar o violão, quando voltou, sentou ao meu lado e eu me virei ficando de frente pra ele.

Luan: Fiz uma música pra você – Falou me olhando intensamente e eu quase não acreditei.

Carol: Uma música? Pra mim? – O olhei surpresa e ele concordou.

E então começou a dedilhar no violão enquanto algumas lágrimas já se formavam em meus olhos, até que ouvi sua linda voz:

E correr ao seu lado sem destino fiel
Traçar nossos desejos
Por mais loucos que eles sejam
E fugir pro infinito sem que os outros percebam
São tantas milhas, tanto espaço
Mas com você sempre um pedaço de mim
Eu vivo tão perto, mas se te vejo todo dia
Me beija e acaba essa agonia
Seu jeito é o que mais me encanta em você
Segurar a sua mão e voar além do céu
E correr ao seu lado sem destino fiel
Traçar nossos desejos
Por mais loucos que eles sejam
E fugir pro infinito sem que os outros percebam
Feita pra mim
Tudo que sempre quis pra me fazer feliz
Trouxe o que faltava
No universo que eu fiz
Feita pra mim
Meu tesouro escondido
Compensou ter sofrido
Se no fim desse filme
Te encontrei tão perfeita assim
Feita pra mim
Quando ele terminou de cantar eu já não conseguia conter as lágrimas, acho que em toda a minha vida esse foi o presente mais lindo que eu já recebi. Cada palavra dessa canção era algo absurdamente encantador e eu não resisti, lhe abracei o mais forte que pude e ele retribui com beijinhos em meu rosto e em seguida um longo beijo daqueles que nos tiram do chão. Mesmo que eu achasse impossível, a cada segundo eu me apaixonada mais por Luan e por esse jeito único de me conquistar com as mais simples coisas, eu o amo como nunca amei ninguém antes e seria pra sempre.



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Oi meus amoresssssssss lindos!!! E aí, o que estão achando do nosso casal? Pelo o que eu tô vendo Carol vai ter dor de cabeça com essa ciumeira de Luan e vocês o que acham? Quero opiniões em? Amores, queria divulgar a Fanfic de uma leitora linda, eu já dei uma passadinha por lá e olha, ela escreve super bem mesmo. Aqui a fanfic:  http://quandotemqueacontecerls.blogspot.com.br/ Tenho certeza que vão amar, então não deixem de ler ok? Bom, amanhã tem mais capítulos lindos pra vocês! Beijo minhas estrelinhas! <3

Capitulo 30 ♡

Enquanto eu estava na aula, o tempo fechou inesperadamente, olhei pela janela da sala e 
a chuva começava a cair fininha, mas com o tempo que eu estava vendo ela só aumentaria. Era apresentação de um trabalho em grupo e por um erro de dois membros do meu grupo, tivemos que praticamente refazer quase todo o trabalho e improvisar na hora, o que fez que nos atrasássemos em tudo. No final da apresentação já era hora de ir embora e nós fomos os últimos, o professor me chamou pra uma breve conversa o que me fez xinga-lo em pensamento ao ver todos os meus amigos indo em bora e eu ali, sendo que seria quase impossível achar um taxi nessa chuva.

Depois de ele me amolar por poucos minutos, sai em direção à rua na tentativa de arrumar um taxi, liguei pra minha tia e seu celular só ia pra caixa postal. “Como assim caixa postal? Ela sempre deixa esse celular ligado” pensei alto e no desespero disquei o numero que eu já sabia de cor.

Daniel: Alô, Carol? – Atendeu sonolento.

Carol: Dan? Desculpa ter te acordado – Falei tentando me desculpar e ele ao ouvir o barulho da chuva e quase meu grito por um carro passar e molhar minhas pernas pareceu levantar rápido e prestar atenção no que falava.

Daniel: Aonde você tá Carol? – Perguntou preocupado – Que barulho é esse?

Carol: Eu tô saindo da faculdade – Falei tentando me defender da chuva – E tá chovendo muito, não passa nenhum taxi por aqui e tô tentando ligar pra minha tia e ela não atende – Choraminguei – Me ajuda Dan.

Daniel: Me espere aí que eu vou lhe buscar – Falou rápido e eu agradeci a Deus milhares de vezes – Não saia daí tá me ouvindo? Eu chego em 10min.

Carol: Tá, obrigada – Falei e ouvi ele suspirar.  

Daniel: Eu vou desligar, já estou saindo.

Nos despedimos rapidamente enquanto ainda com meu celular na mão tentava me abrigar em qualquer lugar pra que a chuva não me pegasse. Fiquei rezando baixinho pra que Dan chegasse logo e me levasse pra casa, o que não demorou muito e vi seu carro dobrar a rua e parar em minha frente. Corri e ele abriu a porta por dentro e entrei rapidamente, ao olhar pra ele, vi que tinha uma carinha amassada de sono e vestia qualquer roupa e me olhava preocupado.

Carol: Obrigada por ter vindo me buscar – O abracei forte e ele retribuiu – Eu já estava com medo – Desfiz o abraço e ele passou delicadamente a mão em meus cabelos tentando enxuga-los.

Daniel: Eu jamais te deixaria aqui, tá maluca? – Falou calmo me olhando lindamente – Amigos são pra isso, não é mesmo?

Carol: Eu não tinha o direito de te acordar há essa hora e pedir pra vir me buscar – Falei sentando confortavelmente enquanto ele me olhava com um sorriso de canto.

Daniel: Nunca mais pense assim, eu sou seu amigo e tô aqui pra cuidar de você – Falou dando partida no carro – Tenho certeza que faria o mesmo por mim. 

Carol: Faria sim, muito mais – Sorri fazendo um leve carinho em seu cabelo e fazendo-o sorrir.

Coloquei meu celular perto do porta-malas e amarrei meus cabelos em um coque alto, fomos conversando todo o percurso ao meu apartamento. Podia ver o quanto Dan estava cansado e com sono e me senti culpada por ter lhe feito vir me buscar a essa hora, só ele mesmo pra fazer isso por mim, não demorou muito e ele estacionou em frente ao meu condomínio.

Daniel: Pronto, está entregue – Sorriu me olhando carinhosamente.

Carol: Obrigada de novo – Sorri lhe abraçando – Nem sei o que eu faria se você não tivesse ido me buscar.

Daniel: Esqueça isso – Me olhou colocando uma mecha de meu cabelo atrás da orelha – É bom que agora sabe que quando precisar eu estou aqui.

Carol: Eu sei, você é meu anjo – O abracei novamente – Eu vou indo, preciso tirar essa roupa e tomar um banho quente ou vou acordar resfriada amanhã – Sorri pegando minha bolsa – E você também precisa descansar, nos vemos amanhã.

Daniel: Concordo, não quero lhe ver resfriada amanhã – Me deu um beijo carinhoso na testa – Boa noite.

Carol: Boa noite, até amanhã e cuidado na volta – Lhe dei um leve beijinho no rosto e desci do carro.

Dei um tchauzinho, ele esperou que eu entrasse e partiu. Cumprimentei Alberto que fazia o turno da noite no meu condomínio e subi, ao abrir a porta minha tia estava dormindo no sofá. Entrei sem fazer muito barulho e me aproximei dela que falava algumas coisas que eu pouco entendia, decidi que não a acordaria, ela estava cansada e como o sofá era confortável, fui ao seu quarto e peguei um cobertor quentinho, lhe cobri e segui para meu quarto, deixei minhas coisas, tomei um banho e voltei pra cozinha procurar algo pra comer, preparei um sanduiche rápido e voltei pro quarto lembrando de mandar uma mensagem pro Luan, porém quando procurei meu celular dentro da minha bolsa não achei e então me lembrei que tinha esquecido dentro do carro de Dan. “Se Luan ligasse e Dan atendesse, eu estava frita” pensei.

Tentei relaxar, caso Luan ligasse eu tinha certeza que Dan não atenderia e amanhã eu explicaria a Luan o que aconteceu. Depois de jantar, me deitei e depois de algum tempo pensando em Luan e admirando minhas estrelas, peguei no sono, amanhã seria um longo dia.

(Luan Narrando)

Eu estava prestes a entrar no palco quando Rober entrou com o celular na mão e uma cara de preocupação.

Luan: Que foi testa? – Perguntei enquanto arrumava meu cabelo em frente ao espelho.

Rober: A Jú que me ligou agora, São Paulo tá inundado – Sentou em uma poltrona – Teve até acidente – Na mesma hora lembrei que Carol saia da faculdade naquele horário e por impulso peguei o celular de Rober que me olhou espantado.

Luan: Me empresta aqui teu celular testa, o meu tá com a Lêlê – Falei discando o numero de Carol, chamou até cair e uma preocupação repentina tomou conta de mim, então insisti e chamou por quatro vezes até ouvir uma voz masculina atendendo o celular da minha namorada – Quem tá falando?

Daniel: É o Daniel – O ouvi bater a porta do carro – Luan?

Luan: Sim, sou eu – Falei seco – Cadê a Carol?

Daniel: Eu fui busca-la na faculdade por causa da chuva e ela esqueceu o celular dentro do meu carro – Falou natural e isso me deu uma raiva sem tamanho, eu poderia socar a cara dele se estivéssemos frente a frente agora.

Luan: Amanhã eu ligo pra ela – Falei e desliguei quase jogando o celular do testa na parede, porém ele foi mais rápido e pegou da minha mão.

Rober: Calma aí cara, o que aconteceu? – Perguntou guardando seu celular e me olhou preocupado.

Luan: Aquele infeliz daquele Daniel foi buscar a Carol na faculdade e ela esqueceu o celular no carro dele – Sorri irônico – Ela só pode tá de brincadeira – Passei a mão no cabelo nervoso.

Rober: Mas isso acontece boi, tá doido? Pelo o menos ele foi busca-la, nessa chuva era meio perigoso ela voltar sozinha pra casa – Falou tentando me tranquilizar, mas não estava adiantando muito, ficava imaginando coisas que eu jamais deveria imaginar, que ódio.

Arleyde: Vamos lá Luan? O show já vai começar – Chegou à porta do camarim sorrindo e eu apenas acenei.

Me preparei e segui rumo ao palco, que naquele momento seria o único lugar que me acalmaria e me faria esquecer desse episodio por um tempo e amanhã eu só queria uma explicação de Carol.

(Carol Narrando)

No dia seguinte acordei disposta e feliz, hoje seria o jantar com a família de Luan e mesmo com toda a ansiedade eu estava encantada com tudo que estava acontecendo, eu parecia mais uma adolescente que vai conhecer a família do primeiro namoradinho. Levantei, tomei meu banho e me arrumei seguindo para a cozinha onde Dulce preparava nosso café e minha tia estava na mesa vendo sua agenda no tablet.

Carol: Bom dia – Falei sorridente e alas me olharam.

Mariana: Bom dia meu amor – Sorriu me dando um beijo no rosto – Dormiu bem?

Dulce: Bom dia Carol – Sorriu e me aproximei sentindo o cheirinho bom de café.

Carol: Dormi sim – Dei um beijo no rosto de Dulce que sorriu – Ai que cheirinho bom, tô faminta.

Mariana: E animada em? Tudo isso por causa do jantar com os sogros é? – Brincou e sentei ao seu lado.

Carol: Também – Me encolhi – Vou ver meu amor e matar a saudade.

Mariana: Ai que fase boa – Sorrimos e vi que minha tia estava mesmo levando a serio a mudança de visual.

Carol: Está maravilhosa com essa roupa – A olhei e ela sorriu – Olha essa saia, quem diria Mariana indo de saia toda linda pro trabalho.

Mariana: Estou me sentindo ótima – Sorriu – Mas me fale, que horas chegou ontem que não vi?

Carol: Um pouco tarde, choveu muito e eu não conseguia achar nenhum taxi aí te liguei, mas seu celular só dava caixa postal – Falei enquanto Dulce nos servia e ela me olhou preocupada.

Mariana: E como você voltou pra casa?

Carol: Liguei pro Dan e ele foi me buscar, coitado eu acordei ele – Fiz careta e ela continuava me olhando da mesma maneira.

Mariana: Me desculpe amor, poderia ter acontecido alguma coisa com você e eu acabei dormindo – Se desculpava segurando minha mão carinhosamente.

Carol: Tudo bem tia, mas esqueci meu celular no carro dele – Falei apreensiva e ela me olhou.

Mariana: Não quero nem ver se Luan tiver ligado e Daniel atendido, meu Deus – Falou engraçado e mesmo com o nervosismo de imaginar o que aconteceria se Luan tiver ligado, não teve como não rir.

Tomamos café em meio a brincadeiras e depois seguimos para o escritório, no caminho eu rezava para que Luan não tivesse ligado, ou eu teria que rezar pelo meu namoro, conhecendo Luan como eu conheço, mesmo com tão pouco tempo juntos, eu sabia que ele tinha um pé atrás com Dan e o seu ciúme nesse momento falaria mais alto que qualquer coisa. Ao chegarmos, vi Alê na recepção com Rafa, cumprimentamos a todos e Rafa brincava com o visual lindo de minha tia, o que nos fez dar boas gargalhadas.

Carol: Rafa, o Dan Chegou? – Perguntei enquanto seguíamos para nossas salas.

Rafael: Chegou sim, tá lá na sala, vai lá.

Carol: Vou – Sai indo em direção à sala de Dan e a porta estava entre aberta, bati e ele me olhou sorrindo – Posso entrar?

Daniel: Pode claro – Fechou o notebook e se sentou mais confortavelmente em sua cadeira – Bom dia.

Carol: Bom dia – Sentei em uma cadeira em frente a sua mesa – Eu acho que esqueci algo com você ontem.

Daniel: Você é muito lerda – Brincou e eu o olhei incrédula – Toma – Me entregou meu celular que estava dentro de sua mochila – Tome mais cuidado.

Carol: Obrigada – Falei pegando meu celular e desbloqueando – Quando fui olhar em minha bolsa e não vi, pensei que tinha perdido, mas aí lembrei que tinha esquecido em seu carro – Procurei as ligações recebidas e quase cai da cadeira quando vi o numero de Rober – Rober ligou ontem?

Daniel: Na verdade não foi o Rober – Me olhou agora um pouco serio – Foi o Luan.

Carol: E você atendeu – Me encostei na cadeira já imaginando qual seria sua resposta e fechei meus olhos.

Daniel: Desculpa ter sido invasivo Carol, mas é que foi o numero do Robe, por isso atendi – Me olhou como quem suplicava por desculpas.

Carol: Tudo bem – Falei o tranquilizando – Não tem problema algum – Sorri de canto e ele ainda me olhava culpado – Não faça essa cara, eu teria feito o mesmo.

Daniel: Desculpa de novo – Segurou minha mão carinhosamente.

Carol: Não importa, vamos esquecer isso tá bom? Obrigada mais uma vez por ontem.

Daniel: Para de agradecer – Falou soltando minhas mãos.

Carol: Tá bom tá bom – Sorri – Agora eu preciso trabalhar, beijo – Me aproximei lhe dando um beijinho no alto de sua cabeça.

Daniel: Vai lá e ó – Me chamou e eu o olhei – Desculpa tá?

Carol: Para de pedir desculpa seu chato – Sorrimos e sai fechando sua porta.

Por um momento parei e encostei-me a uma parede perto da minha sala, pensei nas milhares de coisas que Luan deveria estar imaginando agora. Há essa hora ele deveria está no seu segundo sono ainda, mas eu não iria aguentar esperar pra falar com ele quando ele chegasse pra saber se está tudo bem, então sem pensar duas vezes segui para o banheiro e disquei seu numero “seja o que Deus quiser” pensei. Chamou umas quatro vezes e ele atendeu com a voz sonolenta.

Luan: Alô?

Carol: Oi amor – Falei apreensiva e ouvi ele suspirar.

Luan: Carol?

Carol: Desculpa ter te acordado há essa hora, mas é que eu precisava falar com você sobre ontem – Respirei fundo e continuei enquanto ele me ouvia atentamente – Eu acabei de pegar meu celular com Dan, ontem tava uma chuva terrível aqui amor, o Dan foi me buscar e eu acabei esquecendo meu celular em seu carro – Tentei explicar, mas acho que seria mais difícil do que eu imaginava.

Luan: Olha Carol, daqui a pouco eu tô saindo daqui e quando chegar nós conversamos – Falou seco e meu corpo gelou.

Carol: Você ainda vem me buscar em casa? – Perguntei calma.

Luan: Eu vou te buscar aí e te levo em casa – Disse ainda seco.

Carol: Mas não foi isso que nós combinamos.

Luan: Mas é assim que vai ser, ou por um acaso o Daniel vai te deixar em casa também? – Me surpreendi com sua grosseria, mas me mantive calma.

Carol: Tudo bem Luan, acho que nós vamos ter uma longa conversa mesmo – Falei com minha voz embargada, tive vontade de chorar, mas continuei firme.

Luan: Nos vemos mais tarde, beijo.

E assim desliguei, sem falar mais nenhuma palavra. Eu não estava acreditando no que estava acontecendo, no que ele disse e sua grosseira. Enxuguei as poucas lagrimas que insistiam em cair e voltei pra minha sala, não comentei nada com ninguém, eu só queria trabalhar e ocupar minha cabeça até ele chegar.