No dia seguinte, acordamos cedo e arrumamos nossas coisas
pra voltar pra casa, depois de um longo e apetitoso café da manhã feito por mim
é claro. Luan me deixou em meu apartamento e minha tia tinha me deixou um
bilhete pedindo que eu fosse encontra-la no escritório para que pudéssemos
almoçar juntas em um restaurante italiano que estava inaugurando e Naira não
poderia ir com ela. Apenas lhe mandei uma mensagem avisando que iria tomar um
banho e me arrumar e que logo estaria lá. Coloquei minha mala em um lugar
qualquer do meu quarto, separei uma roupa pra usar e então tomei um banho
demorado. Lembrei-me desses dias na chácara e eu tive uma sensação estranha de
que muita coisa iria mudar daqui em diante. Tendei deixar meus pensamentos
bobos de lado e sai do banheiro indo me arrumar em seguida, logo eu estava
pronta:
Mandei outra mensagem pra minha tia avisando que eu já
estava saindo de casa, peguei minhas chaves e tranquei tudo. Quando desci Seu
Alfredo parecia me esperar e tinha um buquê de rosas nas mãos.
Alfredo: Olá menina Caroline – Falou simpático.
Carol: Oi seu Alfredo – Me aproximei.
Alfredo: Deixaram essas rosas pra você – Falou me entregando
um lindo buquê de rosas.
Carol: Quem deixou seu Alfredo? – Perguntei procurando o
cartãozinho, mas não tinha nada ali.
Alfredo: Uma moça parou o carro aí na frente e pediu que
eu lhe entregasse – Me explicou.
Carol: Uma moça? – Tentei pensar em quem poderia me
deixar um buquê de rosas e só lembrei de Luan, mas não fazia sentido. Ele tinha
me deixado a pouco tempo em casa e porque mandaria uma moça deixar as flores
com seu Alfredo? E nem poderia ser Bruna porque ele a conhece e ela tá com
Rafael. Pensei em tudo enquanto ele me olhava confuso – O senhor poderia me
chamar um taxi?
Alfredo: Claro, um minutinho só – Falou indo até o
telefone enquanto eu continuava procurando algum cartãozinho ou algo do tipo,
mas não tinha nada.
Fiquei conversando com ele por enquanto, até que o taxi
chegou. Nos despedimos e segui ao encontro da minha tia. Depois de quase 40min
eu estava enfrente ao tal restaurante que ela tinha passado o endereço e quando
me viu, acenou e eu entrei com as rosas em mãos.
Mariana: Oi amor – Falou me dando um beijo carinhoso –
Chegou bem?
Carol: Cheguei sim tia – Sorri e ela olhou pras rosas –
Ah, deixaram pra mim lá na portaria.
Mariana: Quem deixou? – Perguntou confusa – Senta – Pediu
e eu sentei ao seu lado.
Carol: Não sei, não tem cartãozinho nem nada – Falei olhando
novamente as flores e elas eram apaixonantes.
Mariana: Que estranho em? – Falou e o garçom chegou
deixando o cardápio – Obrigada – Agradeceu gentilmente ao garçom – Não foi Luan
que deixou lá pra você? – Perguntou já folheando o cardápio.
Carol: Acredito que não – Falei e peguei o outro cardápio
– Ele nem teria porque fazer isso, ele foi me deixar a pouco tempo em casa e
seu Alfredo disse que foi uma mulher que deixou lá, pedindo que ele me
entregasse – Folheei também o cardápio – Eu achei muito estranho.
Mariana: Então liga pro Luan ué, pergunta se não foi ele
quem deixou lá – Deu de ombros e sorriu – Olha esse molho Carol? Parece ser uma
delicia né?
Carol: Demais – Sorrimos juntas – Mas se não tiver sido
ele tia? Aí vai sobrar pra mim, você sabe né?
Mariana: Liga pra ele e pergunta Carol é melhor do ficar
na dúvida – Falou chamando o garçom discretamente – Você vai querer esse?
Carol: Vou sim e depois eu ligo pra ele – Falei deixando
as rosas em uma cadeira ao meu lado e o garçom chegou anotando nosso pedido.
Acabamos pedindo o Fettuccine que minha tia tanto queria,
mas que realmente parecia ótimo. Enquanto esperávamos nosso pedido, conversamos
sobre coisas banais. Sobre o aniversario de Luan, sobre o escritório, a nova integrante
da família que se chamava Luciana, mas que até hoje eu não tive tempo de ir
conhecê-la, sobre meus pais que ligarem alegando estar com saudades... Até que
alguém se aproxima de nossa mesa e nos pega de surpresa.
...: Mariana? – Perguntou uma voz masculina e meio familiar
até que minha tia vira surpresa e eu tive uma leve impressão que ela iria cair
pra trás. Ela olhou fixamente praquele homem e quando ele tirou seus óculos
escuros ela apertou minha mão de repente.
Mariana: Vicente? – Perguntou surpresa e eu o olhei e só
então pude reconhecê-lo.
Carol: Aí meu Deus – Pensei alto e ele me olhou deixando
escapar um leve sorriso.
Vicente: Carol? – Perguntou e eu sorri.
Carol: Vicente – E então eu soltei da mão de minha tia e
lhe cumprimentei com um abraço carinhoso – Nossa quanto tempo – Falei sorrindo
e ele olhou minha tia que parecia não acreditar que o seu grande amor, com quem
ela passou os melhores momentos de sua vida e que por consequência do destino
foram obrigados a se separar, estava agora na sua frente.
Vicente: Oi Mariana – Falou divertido e ela deu um meio
sorriso ainda o olhando fixamente – Tudo bem?
Mariana: Oi Vicente – Falou tentando se recompor e
percebi o quão nervosa ela parecia estar – T-tudo – Falou gaguejando – Ele então
estendeu a mão para que ela segurasse e quanto isso aconteceu ele a puxou pra
que ela levantasse e os pudessem se cumprimentar decentemente.
Vicente: É muito bom te ver de novo – Falou a abraçando
com todo o carinho do mundo e eu vi em minha tia aquela adolescente de anos atrás
que sofreu como uma louca por terem tirado o seu grande amor de seus braços. E
então eles desfizeram o abraço e ficaram se olhando, cada um mais sem jeito que
o outro.
Carol: Então gente – Falei e os dois me olharam – Onde você
estava indo Vicente? Almoça com a gente? – Pedi e ele olhou minha tia como se
pedisse permissão para ficar.
Mariana: É.. almoça com a gente – Falou voltando a sentar – Ou você tem outro compromisso? Porque se tiver não tem problema a gente fez nos.. – Falou nervosa e ele a interrompeu.
Vicente: Eu fico – Falou sentando ao seu lado e eu sorri.
Eles se olhavam de uma maneira linda e eu poderia apostar minha vida como o
amor entre eles não acabou, ou se quer diminuiu. Fiquei ali presa em
pensamentos até que o garçom chega com nosso pedido – Isso é Fettuccine? –
Perguntou e o garçom lhe respondeu gentilmente um “sim” – Me traz um desses também?
Por favor – O garçom apenas concordou anotando seu pedido e saiu nos deixando a
sós – Mas então, me falem de vocês – Sorriu nos olhando – O que estão fazendo
em São Paulo?
Carol: Nós moramos aqui agora – Falei sorridente comendo
um pouco do meu macarrão.
Mariana: Depois que você foi pro Canadá – Começou a falar
de um dos piores momentos de sua vida, mas continuou – Eu comecei a trabalhar
com um artista muito famoso.
Vicente: Qual artista? – Perguntou a olhando carinhoso.
Mariana: O Luan Santana – Falou sorridente e me olhou
enquanto eu comia – Você conhece?
Vicente: Conheço sim alias, quem não conhece? – Sorriu – Ele é bem famoso mesmo.
Mariana: O escritório dele era em Londrina, mas aí há
mais ou menos uns três anos o escritório mudou pra cá, assim como Luan também.
Vicente: E você continua trabalhando com ele?
Mariana: Sim – Falou agora comendo um pouco enquanto ele
a olhava.
Vicente: E você Carol? – Me olhou simpático – Também trabalha
com ele? A propósito você está muito linda – Falou sorridente.
Carol: Ah obrigada pelo linda, Vicente – Sorri – E sim,
eu trabalho com ele, além de ser namorada dele também.
Vicente: Sério? Você o namora? Eu jurava que você iria
casa com aquele rapaz – Falou brincalhão – Como era mesmo o nome dele Mari?
Mariana: Lucas – Falou sem jeito.
Vicente: Esse mesmo – Falou sorrindo e eu apenas neguei
com a cabeça, eu não iria tocar no assunto e estragar esse encontro tão
importante pra minha tia.
Garçom: Seu pedido senhor – Falou me salvando de qualquer
assunto desagradável e eu agradeci em pensamento. Vicente agradeceu e comemos
todos juntos, até que minha tia tomou coragem e tocou em um assunto bem tenso
entre os dois.
Mariana: E você Vicente? Voltou pra ficar? – Perguntou o
olhando e ele ficou serio – Eu pensei que passaria o resto da vida lá.
Vicente: Mas eu disse pra você que eu voltaria não foi? –
Perguntou ainda serio a olhando e ela abaixou a cabeça enquanto eu naquele
momento desejava ter aquelas capas para ficar invisível e os deixar sozinhos.
Mariana: Verdade você disse – Falou respirando fundo e o
olhou novamente – Mas voltou quando?
Vicente: Uns três dias. Foi ótimo esse tempo que eu
passei lá, peguei muita experiência no nosso ramo – Quando falou isso minha tia
deu um meio sorriso – Mas eu não tinha porque passar o resto da minha vida lá.
Mariana: E você tá aonde aqui em São Paulo? – Perguntou tentando
conter sua curiosidade.
Vicente: Estou na casa de um amigo meu – Falou simples.
E então terminamos de comer entre risos e muita conversa
boa. Minha tia aos poucos foi se soltando e suas risadas eram contagiantes, de
pura felicidade. Ela falava de suas experiências ao lado de Luan e ele falava
de tudo o que aprendeu durante esses oito anos fora do Brasil. Por várias vezes
ele me olhava e bagunçava meu cabelo e uma frase que não saia de sua boca era “Como
você cresceu”. Nos divertimos muito e quando fui ver já tínhamos mais de duas
horas ali e estava na hora de voltar pra casa.
Carol: Tia – Lhe chamei olhando meu celular – A conversa
tá muito boa, mas você tem que voltar para o escritório – Quando eu falei a
palavra “escritório” ela me olhou arregalada.
Mariana: Meu Deus o escritório – Colocou a mão no coração
– Eu esqueci completamente – Falou pegando sua bolsa enquanto Vicente a olhava –
Nós precisamos ir.
Carol: Foi ótimo te ver Vicente – Falei enquanto ele
levantava pra nos despedimos.
Vicente: Eu que o diga Carolzinha – Me abraçou carinhoso
e então olhou minha tia – Desculpa ter feito vocês se atrasarem.
Mariana: Imagina, não foi sua culpa – Falou sorrindo de
lado – Bom.. foi bom te reencontrar – E então tímida lhe deu um abraço e um beijo
no rosto. Enquanto isso eu chamei o garçom e paguei nossa conta – Bom é isso...
vamos Carol – Falou e eu apenas concordei – Tchau Vicente.
Vicente: Espera Mari – Falou segurando seu braço e ela o
olhou surpresa – Me dá seu numero? Quem sabe a gente não pode marcar alguma
coisa um dia desses – Falou um pouco nervoso e eu segurei a risada, eles
pareciam dois adolescentes.
Mariana: Claro –
Falou pegando um de seus cartões dentro da bolsa – Aqui, pode ligar quando
quiser.
Vicente: Eu vou ligar – E então eles se despediram com
aquele típico olhar apaixonado e aquele sorriso tímido.
Segurei a mão de minha para que ela não confundisse o carro
e ela me olhou toda boba. Entramos no carro e deixei meu buquê de rosas no
banco de trás junto com minha bolsa e então seguimos para o escritório. No
caminho ela conversava coisas sem nexo e eu apenas ria concordando até que ela
em um momento parou e me olhou agoniada.
Carol: O que foi tia? – Perguntei sem entender.
Mariana: Pode ligar quando quiser – Repetiu a frase que
disse pra Vicente – Eu deveria ter dito isso?
Carol: Não sei acho que sim – Dei de ombros – Eu confesso
pra você que nunca imaginei esse reencontro.
Mariana: Eu também não, pensei que ele passaria o resto
de sua vida lá – Falou choramingando – Será que ele tem alguém Carol? Uma mulher?
Filho será?
Carol: Você acha que se ele tivesse uma mulher e filhos
teria pedido seu telefone tia? – Perguntei incrédula – Tá na cara que ele é um
bobo que nem você.
Mariana: Bobo igual a mim Caroline? – Perguntou irritada.
Carol: Continua apaixonado por você – E então ela me
olhou freando o carro de uma vez.
Mariana: Você acha?
Carol: Tia você quer nos matar? – Falei colocando minha
mão no coração – Eu acho sim tá? O jeito que vocês se olham é do mesmo jeito
que eu olho pro Luan e eu o amo.
Mariana: Eu não quero pensar nisso – Falou voltando a
dirigir enquanto os carros buzinavam atrás – Eu não vou pensar nisso.
E ficou repetindo isso até chegarmos ao escritório, me
fazendo rir eternamente.
Entrei e matei a saudade dos meus amigos, conheci
finalmente Luciana e ela era linda e muito simpática. Naira percebeu que minha
tia estava estranha e disse que depois iriam conversar o que com certeza seria
horas trancadas em uma sala. Depois de um bom tempo no escritório, ao sair vi
algumas fãs e falei rapidamente com elas. Depois voltei pra casa, eu estava
exausta e precisava ligar pra Luan pra saber se tinha sido realmente ele quem
deixou aquelas flores na portaria do meu condomínio. Agora eu me perguntava se
não tinha sido ele, quem mais me mandaria flores?
Que surpresa linda pra Mari. E essas flores? Quem será que mandou?? Huum. . . Espero que eles nao briguem. E Paty como vc para na melhor parte? Poste outro logo. Bjoss!
ResponderExcluirOwn que máximo esse reencontro da Mari com o seu amor do passado . E essas flores aiaia $LaisAraujo
ResponderExcluirOi patinha linda, lembra de mim? Ju do fc da sasá lembra? passando pra dizer que eu tô amando tudo na fic, tá linda demais viu? saudade do fc já e de vcs! :( continua minha diva!
ResponderExcluirPaty, eu amei a surpresa para a Mari, o Vicente e ela são muito apaixonados, não faço ideia de quem possa ter mandado as flores pra Carol, será que foi o Dan? mas ele ta no Canadá ;/ , bom não sei, mata logo essa nossa curiosidade e posta outro capítulo!
ResponderExcluirEu respiro sua fanfic.
beijinhos, Giselly