quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Capitulo 72 ♡

Acordei no dia seguinte com meu celular despertando, levantei ainda com um pouco de preguiça e tomei um banho morno, fazia muito frio naquele dia. Depois que vesti uma roupa quentinha fui até a cozinha e senti o cheiro do café de Dulce, minha tia e Luana já estavam de pé.

Carol: Bom dia – Falei animada e todas me olharam – Dulce não acredito – Corri para os braços de Dulce e lhe dei um abraço apertado – Que saudade de você.

Dulce: Minha menina, também estava com muitas saudades de você – Me abraçou apertado – Essa casa não é a mesma sem você.  

Carol: Aí que amor – Lhe dei um beijo carinhoso no rosto e ela sorriu – Você já conheceu nossa Dulce, Luana?

Luana: Conheci sim e já quero leva-la pra minha casa quando eu for embora – Falou rindo e eu neguei com a cabeça.

Carol: Nada disso, esqueça isso – Ri e sentei ao lado de minha tia – Bom dia dona Mariana.

Mariana: Bom dia meu docinho da titia – Falou apertando minhas bochechas – Minha bebê dormiu bem?

Carol: Dormi sim, muito bem – Falei lhe abraçando.

Mariana: Você vai pro escritório com a gente? – Perguntou sem jeito.

Carol: Vou sim – Falei enquanto Dulce me servia – Porque essa cara tia?

Mariana: Ué, por nada.

Carol: Tá ansiosa Luana? – Perguntei enquanto ela me olhava com um jeito carinhoso.

Luana: Quer que eu seja sincera? – Perguntou com os olhos arregalados e eu apenas concordei rindo – Estou explodindo por dentro – Se encolheu e eu segurei em sua mão.

Carol: Vai dar tudo certo Lua – Falei e ela apenas fechou os olhos e apertou minha mão – Não é tia?

Mariana: Já deu certo, fique calma – Sorriu e segurou também na mão dela – Agora terminem de comer e vamos logo.

E assim logo terminamos nosso café da manhã, nos despedimos de Dulce, pegamos nossas coisas e seguimos em direção à garagem. Minha tia foi dirigindo e graças a Deus o trânsito estava tranquilo naquela manhã, acho que por causa do frio a população de São Paulo se negou a sair de casa. Em menos de 40min estávamos na porta do escritório, Luana se assustou um pouco com a quantidade de fãs que encontrou no caminho, mas achou encantadoramente lindo todo aquele amor dos fãs de Luan por ele.

Mariana: Bom dia meu amores – Chegou animada e todos riram – Bom dia meu amor – Deu um beijo em Rafael e olhou Alexsandra – Bom dia Alê.

Rafael: Bom dia coisa linda.

Alexsandra: Bom dia Mari – Lhe cumprimentou com um abraço carinhoso – Bom dia Carol.

Coral: Bom dia gente – Cumprimentei a todos e puxei Luana pro meu lado que os olhavam tímida – Essa é a Luana e tenho certeza que já ouviram falar dela né?

Rafael: E muito – Brincou – Tudo bom Luana? É um prazer conhece-la.

Alexsandra: Prazer Luana – A cumprimentou formalmente.

Luana: O prazer é meu – Falou ainda tímida.

Mariana: Já chegou alguém aí pra reunião, Rafa?

Rafael: Ainda não chegou ninguém – Falou anotando umas coisas em sua agenda – Só a Naira que tá lá dentro.

Mariana: Ah então vamos lá – Falou me olhando e fomos em direção à sala de minha tia e de Naira que jamais deixaria de ser minha também. Quando estávamos no meio do caminho vi a porta da sala de Daniel aberta e parei automaticamente fazendo minha tia me olhar – O que você vai fazer Carol? – A olhei pensativa, olhei novamente pra sala dele e decidi ir até lá.

Carol: Eu vou falar com ele tia – Falei decidida e Luana nos olhava sem entender – Eu preciso – Minha tia respirou fundo e apenas concordou com a cabeça e logo puxou Luana pra nossa sala me deixando sozinha.

Andei de vagar até a sala dele e vi que tinha algumas coisas espelhadas e estranhei. Quando cheguei até a porta o ouvi resmungar baixinho e não tive como não rir, que saudade ele me fazia. Abri a porta e quando ouviu o barulho me olhou um pouco assustado.

Carol: Oi – Falei baixo o olhando nos olhos e ele abaixou-se para apanhar o porta-retratos que deixou cair e novamente me olhou.

Daniel: Oi – Respondeu também baixo e eu pensei “que situação”. E então olhei ao redor de sua sala e em cima de sua mesa, vi todas as suas coisas sendo colocadas dentro de uma caixa grande e não entendi o que estava acontecendo.

Carol: O que você tá fazendo? – Perguntei me aproximando de suas coisas – Aonde você tá indo Daniel? – Ele me olhou com ternura e abaixou a cabeça – Olha pra mim.

Daniel: Eu estou indo embora – Quando essas mesmas palavras saíram de sua boca vi meu mundo desabar de uma maneira horrível – Eu pedi demissão – Falou quase num sussurro me olhando e eu neguei com a cabeça.

Carol: Você não tá falando serio tá? Você não pode tá falando sério, meu Deus – Tentei me controlar, mas pouco adiantou – Você não pode fazer isso Daniel – Falei tirando as coisas de sua mão e ele me olhou aflito.

Daniel: Claro que eu posso Carol, eu não tenho mais nada o que fazer aqui – Falou tentando me acalmar – Eu já fiz o que deveria ser feito – Ele falou me olhando e eu sentei em sua cadeira, coloquei as mãos na cabeça e comecei a chorar – Não faz assim Carol.

Carol: É tudo culpa minha – Falei com as lágrimas banhando meu rosto – Tudo que tá acontecendo é culpa minha – Ele se aproximou, segurou meu rosto para que eu o olhasse e limpou delicadamente minhas lágrimas – Me desculpa Dan, por favor me desculpa.

Daniel: Você não me deve desculpas Carol, as coisas aconteceram da maneira que deveriam ter acontecido – Me olhou nos olhos – Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida sabia?

Carol: Você é um idiota sabia? – Sem esperar mais nenhum segundo o abracei com todas as minhas forças – Me desculpa por isso tá? Me desculpa por nunca ter correspondido a esse amor tão grande que você carrega no seu coração.

Daniel: Não vamos mais falar disso tá bom? – Falou e eu apenas concordei – Vai ficar tudo bem – Ele levantou e voltou a arrumar suas coisas.

Carol: Pra onde você vai agora? – Perguntei levantando e arrumando cuidadosamente suas coisas – Vai pra longe?

Daniel: Pra você não – Me olhou enquanto eu colocava suas coisas na caixa – Pra você eu vou tá sempre perto – E voltou a arrumar suas coisas – A principio eu vou pro Canadá – Falou e eu me assustei.

Carol: Como assim Canadá? – Falei quase em um grito – É muito longe.

Daniel: Um primo meu que mora lá me convidou pra passar uns dias – Me olhava carinhoso – Eu acho que eu estou precisando mesmo disso – Olhou pro nada e voltou a me olhar agora um pouco mais sério – Depois eu volto e vou pra casa dos meus pais e procuro outro emprego.

Carol: Eu vou sentir sua falta – Então ele sem mesmo me olhar me abraçou forte – Vai ficar tudo bem né?

Daniel: Vai sim meu amor, vai ficar tudo bem – Falou calmo ainda me acolhendo em seus braços – Agora eu acho melhor você ir – Falou e eu o olhei sem entender – Daqui a pouco seu namorado tá chegando e eu não quero confusão no meu ultimo dia aqui – Ele foi sincero.

Carol: Tudo bem – Enxuguei algumas lágrimas e me afastei dele – Eu só espero do fundo do meu coração que você seja muito feliz.

Daniel: Eu vou ser – Me olhou de uma maneira linda e o abracei novamente – Eu desejo o mesmo pra você – E então beijou delicadamente minha testa – Eu te amo muito tá?

Carol: Eu também te amo muito – O abracei mais forte e então me afastei logo em seguida – Fica bem.

Daniel: Eu vou ficar.

E então sem falar mais nada eu sai de sua sala fechando a porta atrás de mim. Minha vontade de chorar era incontrolável, mas tentei dar o máximo de mim e ir para a sala da minha tia, quando entrei Naira e Tia Mari conversavam com Luana e quando minha tia olhou pra mim, correu e me acolheu com um abraço carinhoso. Impossível segurar qualquer lágrima estando nos braços dela.

Mariana: Amor vai ficar tudo bem – Falou afagando meus cabelos.

Carol: Ele vai embora tia – Falei ainda abraçada com ela – Ele vai embora.

Mariana: Carol olha pra mim – Segurou meu rosto para que eu a olhasse e enxugou minhas lágrimas – As coisas entre vocês três chegaram a um ponto que um dos três tinha que abrir mão e essa pessoa está sendo ele.

Carol: Eu não queria que ele fosse – A abracei novamente e ela respirou fundo olhando Naira que me olhava com dó e Luana que não entendia absolutamente nada do que estava acontecendo.

Mariana: Vai ficar tudo bem, meu amor – Tentei me acalmar enquanto minha tia pediu que Naira pegasse um pouco de água pra mim e Luana continuou calada.

Quando Naira trouxe minha água, avisou que Luan e seu Pai já tinham chegado e que também o resto do pessoal. Olhei minha tia e ela entendeu que eu não tinha condições de participar dessa reunião.

Carol: Avisa a ele que eu fui comer alguma coisa tia? Não quero ver ninguém agora – Falei sentando encolhida no sofá.

Mariana: Tudo bem eu aviso – Se aproximou e me deu um beijo na testa – Vamos meninas?

Naira: Vamos – Também se aproximou e me deu um beijo carinhoso – Qualquer coisa nos chame tá? Fica bem – Apenas concordei.

Carol: Boa sorte Luana – Falei antes que elas se fossem.

Luana: Obrigada Carol – Voltou rápido e me deu um abraço – Fica bem tá?

Carol: Eu vou ficar.

E ao dizer isso elas se foram pra reunião e eu fiquei ali, pensando como minha vida teria sido diferente se Daniel não tivesse aparecido, ou até mesmo Luan. Nunca imaginei ter que escolher entre os dois amores da minha vida, entre meu namorado e meu melhor amigo que por coincidência era completamente apaixonado por mim. Doía-me muito ter que fazer essa escolha, mas o que eu ainda não percebi era que ela já tinha sido feita há muito tempo. 


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