sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Capitulo 76 ♡

No dia seguinte, acordamos cedo e arrumamos nossas coisas pra voltar pra casa, depois de um longo e apetitoso café da manhã feito por mim é claro. Luan me deixou em meu apartamento e minha tia tinha me deixou um bilhete pedindo que eu fosse encontra-la no escritório para que pudéssemos almoçar juntas em um restaurante italiano que estava inaugurando e Naira não poderia ir com ela. Apenas lhe mandei uma mensagem avisando que iria tomar um banho e me arrumar e que logo estaria lá. Coloquei minha mala em um lugar qualquer do meu quarto, separei uma roupa pra usar e então tomei um banho demorado. Lembrei-me desses dias na chácara e eu tive uma sensação estranha de que muita coisa iria mudar daqui em diante. Tendei deixar meus pensamentos bobos de lado e sai do banheiro indo me arrumar em seguida, logo eu estava pronta:



Mandei outra mensagem pra minha tia avisando que eu já estava saindo de casa, peguei minhas chaves e tranquei tudo. Quando desci Seu Alfredo parecia me esperar e tinha um buquê de rosas nas mãos.

Alfredo: Olá menina Caroline – Falou simpático.

Carol: Oi seu Alfredo – Me aproximei.

Alfredo: Deixaram essas rosas pra você – Falou me entregando um lindo buquê de rosas.

Carol: Quem deixou seu Alfredo? – Perguntei procurando o cartãozinho, mas não tinha nada ali.

Alfredo: Uma moça parou o carro aí na frente e pediu que eu lhe entregasse – Me explicou.

Carol: Uma moça? – Tentei pensar em quem poderia me deixar um buquê de rosas e só lembrei de Luan, mas não fazia sentido. Ele tinha me deixado a pouco tempo em casa e porque mandaria uma moça deixar as flores com seu Alfredo? E nem poderia ser Bruna porque ele a conhece e ela tá com Rafael. Pensei em tudo enquanto ele me olhava confuso – O senhor poderia me chamar um taxi?

Alfredo: Claro, um minutinho só – Falou indo até o telefone enquanto eu continuava procurando algum cartãozinho ou algo do tipo, mas não tinha nada. 

Fiquei conversando com ele por enquanto, até que o taxi chegou. Nos despedimos e segui ao encontro da minha tia. Depois de quase 40min eu estava enfrente ao tal restaurante que ela tinha passado o endereço e quando me viu, acenou e eu entrei com as rosas em mãos.

Mariana: Oi amor – Falou me dando um beijo carinhoso – Chegou bem?

Carol: Cheguei sim tia – Sorri e ela olhou pras rosas – Ah, deixaram pra mim lá na portaria.

Mariana: Quem deixou? – Perguntou confusa – Senta – Pediu e eu sentei ao seu lado.

Carol: Não sei, não tem cartãozinho nem nada – Falei olhando novamente as flores e elas eram apaixonantes.

Mariana: Que estranho em? – Falou e o garçom chegou deixando o cardápio – Obrigada – Agradeceu gentilmente ao garçom – Não foi Luan que deixou lá pra você? – Perguntou já folheando o cardápio.

Carol: Acredito que não – Falei e peguei o outro cardápio – Ele nem teria porque fazer isso, ele foi me deixar a pouco tempo em casa e seu Alfredo disse que foi uma mulher que deixou lá, pedindo que ele me entregasse – Folheei também o cardápio – Eu achei muito estranho.

Mariana: Então liga pro Luan ué, pergunta se não foi ele quem deixou lá – Deu de ombros e sorriu – Olha esse molho Carol? Parece ser uma delicia né?

Carol: Demais – Sorrimos juntas – Mas se não tiver sido ele tia? Aí vai sobrar pra mim, você sabe né?

Mariana: Liga pra ele e pergunta Carol é melhor do ficar na dúvida – Falou chamando o garçom discretamente – Você vai querer esse?

Carol: Vou sim e depois eu ligo pra ele – Falei deixando as rosas em uma cadeira ao meu lado e o garçom chegou anotando nosso pedido.

Acabamos pedindo o Fettuccine que minha tia tanto queria, mas que realmente parecia ótimo. Enquanto esperávamos nosso pedido, conversamos sobre coisas banais. Sobre o aniversario de Luan, sobre o escritório, a nova integrante da família que se chamava Luciana, mas que até hoje eu não tive tempo de ir conhecê-la, sobre meus pais que ligarem alegando estar com saudades... Até que alguém se aproxima de nossa mesa e nos pega de surpresa.

...: Mariana? – Perguntou uma voz masculina e meio familiar até que minha tia vira surpresa e eu tive uma leve impressão que ela iria cair pra trás. Ela olhou fixamente praquele homem e quando ele tirou seus óculos escuros ela apertou minha mão de repente.

Mariana: Vicente? – Perguntou surpresa e eu o olhei e só então pude reconhecê-lo.

Carol: Aí meu Deus – Pensei alto e ele me olhou deixando escapar um leve sorriso.

Vicente: Carol? – Perguntou e eu sorri.

Carol: Vicente – E então eu soltei da mão de minha tia e lhe cumprimentei com um abraço carinhoso – Nossa quanto tempo – Falei sorrindo e ele olhou minha tia que parecia não acreditar que o seu grande amor, com quem ela passou os melhores momentos de sua vida e que por consequência do destino foram obrigados a se separar, estava agora na sua frente.  

Vicente: Oi Mariana – Falou divertido e ela deu um meio sorriso ainda o olhando fixamente – Tudo bem?

Mariana: Oi Vicente – Falou tentando se recompor e percebi o quão nervosa ela parecia estar – T-tudo – Falou gaguejando – Ele então estendeu a mão para que ela segurasse e quanto isso aconteceu ele a puxou pra que ela levantasse e os pudessem se cumprimentar decentemente. 

Vicente: É muito bom te ver de novo – Falou a abraçando com todo o carinho do mundo e eu vi em minha tia aquela adolescente de anos atrás que sofreu como uma louca por terem tirado o seu grande amor de seus braços. E então eles desfizeram o abraço e ficaram se olhando, cada um mais sem jeito que o outro.

Carol: Então gente – Falei e os dois me olharam – Onde você estava indo Vicente? Almoça com a gente? – Pedi e ele olhou minha tia como se pedisse permissão para ficar.

Mariana: É.. almoça com a gente – Falou voltando a sentar – Ou você tem outro compromisso? Porque se tiver não tem problema a gente fez nos.. – Falou nervosa e ele a interrompeu. 

Vicente: Eu fico – Falou sentando ao seu lado e eu sorri. Eles se olhavam de uma maneira linda e eu poderia apostar minha vida como o amor entre eles não acabou, ou se quer diminuiu. Fiquei ali presa em pensamentos até que o garçom chega com nosso pedido – Isso é Fettuccine? – Perguntou e o garçom lhe respondeu gentilmente um “sim” – Me traz um desses também? Por favor – O garçom apenas concordou anotando seu pedido e saiu nos deixando a sós – Mas então, me falem de vocês – Sorriu nos olhando – O que estão fazendo em São Paulo?

Carol: Nós moramos aqui agora – Falei sorridente comendo um pouco do meu macarrão.

Mariana: Depois que você foi pro Canadá – Começou a falar de um dos piores momentos de sua vida, mas continuou – Eu comecei a trabalhar com um artista muito famoso.

Vicente: Qual artista? – Perguntou a olhando carinhoso.

Mariana: O Luan Santana – Falou sorridente e me olhou enquanto eu comia – Você conhece?

Vicente: Conheço sim alias, quem não conhece? – Sorriu – Ele é bem famoso mesmo.

Mariana: O escritório dele era em Londrina, mas aí há mais ou menos uns três anos o escritório mudou pra cá, assim como Luan também.

Vicente: E você continua trabalhando com ele?

Mariana: Sim – Falou agora comendo um pouco enquanto ele a olhava.

Vicente: E você Carol? – Me olhou simpático – Também trabalha com ele? A propósito você está muito linda – Falou sorridente.

Carol: Ah obrigada pelo linda, Vicente – Sorri – E sim, eu trabalho com ele, além de ser namorada dele também.

Vicente: Sério? Você o namora? Eu jurava que você iria casa com aquele rapaz – Falou brincalhão – Como era mesmo o nome dele Mari?

Mariana: Lucas – Falou sem jeito.

Vicente: Esse mesmo – Falou sorrindo e eu apenas neguei com a cabeça, eu não iria tocar no assunto e estragar esse encontro tão importante pra minha tia.

Garçom: Seu pedido senhor – Falou me salvando de qualquer assunto desagradável e eu agradeci em pensamento. Vicente agradeceu e comemos todos juntos, até que minha tia tomou coragem e tocou em um assunto bem tenso entre os dois.

Mariana: E você Vicente? Voltou pra ficar? – Perguntou o olhando e ele ficou serio – Eu pensei que passaria o resto da vida lá.

Vicente: Mas eu disse pra você que eu voltaria não foi? – Perguntou ainda serio a olhando e ela abaixou a cabeça enquanto eu naquele momento desejava ter aquelas capas para ficar invisível e os deixar sozinhos.

Mariana: Verdade você disse – Falou respirando fundo e o olhou novamente – Mas voltou quando?

Vicente: Uns três dias. Foi ótimo esse tempo que eu passei lá, peguei muita experiência no nosso ramo – Quando falou isso minha tia deu um meio sorriso – Mas eu não tinha porque passar o resto da minha vida lá.

Mariana: E você tá aonde aqui em São Paulo? – Perguntou tentando conter sua curiosidade.

Vicente: Estou na casa de um amigo meu – Falou simples. 

E então terminamos de comer entre risos e muita conversa boa. Minha tia aos poucos foi se soltando e suas risadas eram contagiantes, de pura felicidade. Ela falava de suas experiências ao lado de Luan e ele falava de tudo o que aprendeu durante esses oito anos fora do Brasil. Por várias vezes ele me olhava e bagunçava meu cabelo e uma frase que não saia de sua boca era “Como você cresceu”. Nos divertimos muito e quando fui ver já tínhamos mais de duas horas ali e estava na hora de voltar pra casa.

Carol: Tia – Lhe chamei olhando meu celular – A conversa tá muito boa, mas você tem que voltar para o escritório – Quando eu falei a palavra “escritório” ela me olhou arregalada.

Mariana: Meu Deus o escritório – Colocou a mão no coração – Eu esqueci completamente – Falou pegando sua bolsa enquanto Vicente a olhava – Nós precisamos ir.

Carol: Foi ótimo te ver Vicente – Falei enquanto ele levantava pra nos despedimos.

Vicente: Eu que o diga Carolzinha – Me abraçou carinhoso e então olhou minha tia – Desculpa ter feito vocês se atrasarem.

Mariana: Imagina, não foi sua culpa – Falou sorrindo de lado – Bom.. foi bom te reencontrar – E então tímida lhe deu um abraço e um beijo no rosto. Enquanto isso eu chamei o garçom e paguei nossa conta – Bom é isso... vamos Carol – Falou e eu apenas concordei – Tchau Vicente.

Vicente: Espera Mari – Falou segurando seu braço e ela o olhou surpresa – Me dá seu numero? Quem sabe a gente não pode marcar alguma coisa um dia desses – Falou um pouco nervoso e eu segurei a risada, eles pareciam dois adolescentes.

 Mariana: Claro – Falou pegando um de seus cartões dentro da bolsa – Aqui, pode ligar quando quiser.

Vicente: Eu vou ligar – E então eles se despediram com aquele típico olhar apaixonado e aquele sorriso tímido.

Segurei a mão de minha para que ela não confundisse o carro e ela me olhou toda boba. Entramos no carro e deixei meu buquê de rosas no banco de trás junto com minha bolsa e então seguimos para o escritório. No caminho ela conversava coisas sem nexo e eu apenas ria concordando até que ela em um momento parou e me olhou agoniada.

Carol: O que foi tia? – Perguntei sem entender.

Mariana: Pode ligar quando quiser – Repetiu a frase que disse pra Vicente – Eu deveria ter dito isso?

Carol: Não sei acho que sim – Dei de ombros – Eu confesso pra você que nunca imaginei esse reencontro.

Mariana: Eu também não, pensei que ele passaria o resto de sua vida lá – Falou choramingando – Será que ele tem alguém Carol? Uma mulher? Filho será?

Carol: Você acha que se ele tivesse uma mulher e filhos teria pedido seu telefone tia? – Perguntei incrédula – Tá na cara que ele é um bobo que nem você.

Mariana: Bobo igual a mim Caroline? – Perguntou irritada.

Carol: Continua apaixonado por você – E então ela me olhou freando o carro de uma vez.

Mariana: Você acha?

Carol: Tia você quer nos matar? – Falei colocando minha mão no coração – Eu acho sim tá? O jeito que vocês se olham é do mesmo jeito que eu olho pro Luan e eu o amo.

Mariana: Eu não quero pensar nisso – Falou voltando a dirigir enquanto os carros buzinavam atrás – Eu não vou pensar nisso.

E ficou repetindo isso até chegarmos ao escritório, me fazendo rir eternamente.
Entrei e matei a saudade dos meus amigos, conheci finalmente Luciana e ela era linda e muito simpática. Naira percebeu que minha tia estava estranha e disse que depois iriam conversar o que com certeza seria horas trancadas em uma sala. Depois de um bom tempo no escritório, ao sair vi algumas fãs e falei rapidamente com elas. Depois voltei pra casa, eu estava exausta e precisava ligar pra Luan pra saber se tinha sido realmente ele quem deixou aquelas flores na portaria do meu condomínio. Agora eu me perguntava se não tinha sido ele, quem mais me mandaria flores? 

4 comentários:

  1. Que surpresa linda pra Mari. E essas flores? Quem será que mandou?? Huum. . . Espero que eles nao briguem. E Paty como vc para na melhor parte? Poste outro logo. Bjoss!

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  2. Own que máximo esse reencontro da Mari com o seu amor do passado . E essas flores aiaia $LaisAraujo

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  3. Oi patinha linda, lembra de mim? Ju do fc da sasá lembra? passando pra dizer que eu tô amando tudo na fic, tá linda demais viu? saudade do fc já e de vcs! :( continua minha diva!

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  4. Paty, eu amei a surpresa para a Mari, o Vicente e ela são muito apaixonados, não faço ideia de quem possa ter mandado as flores pra Carol, será que foi o Dan? mas ele ta no Canadá ;/ , bom não sei, mata logo essa nossa curiosidade e posta outro capítulo!
    Eu respiro sua fanfic.
    beijinhos, Giselly

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