Capitulo 71 ♡

Acordei com meu celular tocando desesperadamente e quando fui atender a ligação foi encerrada. Olhei as horas e já se passavam das 18h00minhs e só aí fui perceber que dormimos a tarde inteira e nem percebemos. Procurei pelas ligações perdidas em meu celular e tinha uma de minha tia e duas de Luan, retornei pra ele e conversamos por alguns minutos, enquanto eu me levantava e procurava algo pra comer.

Luana: Oi Carol – Falou baixo me dando um pequeno susto.

Carol: Que susto Luana, meu Deus – Ri de sua cara de sono, ela me olhou estranha e depois riu junto comigo – Acordou agora?

Luana: Sim, me desculpa não queria te assustar.

Carol: Não tem problema, meu amor – Falei tirando uma torta que Dulce tinha feito antes de ir embora – Vem aqui me ajuda – Ela tirou uma jarra de suco da geladeira e pegou os copos no armário e logo devoramos toda a torta e depois nos sentimos gordas, o que nos fez dar muita risada. Passamos um tempinho assistindo TV jogadas no sofá quando ouvi a campainha tocar e corri pra atender.

Carol: Amigaaaaaaaaa – Gritei pulando em cima de Bruna – Que saudade.

Bruna: Aí amiga sai de cima de mim – Falou rindo enquanto eu continuava lhe esmagando com meu abraço – Eu também estava com saudades de você tá?

Carol: Eu sei que sim – A abracei mais forte e depois a olhei – Entra amiga.

Bruna: Oi – Olhou Luana que sorriu simpática.

Carol: Ah amiga, deixa eu te apresentar – Falei me aproximando de Luana – Essa é Luana, eu e Luan a conhecemos em Maringá – Olhei Luana que continuava sorrindo pra Bruna – Luana, essa é minha cunhada e amiga Bruna.

Bruna: Sim, o Pi falou dela – Sorriu e se aproximou de Luana – É um prazer conhece-la Luana.

Luana: O prazer é todo meu Bruna – Se cumprimentaram com um abraço acolhedor – Nossa, você é a cara do Luan.

Bruna: Ah todo mundo fala isso – Falou revirando os olhos e se jogando no sofá – Mas eu não acho não.

Carol: Nem eu, meu namorado é muito mais bonito – Falei natural e Bruna me jogou uma almofada – Aí doeu.

Bruna: Isso é pra você aprender a não me chamar de feia viu? – Falou jogando outra almofada e Luana começou a rir.

Carol: Mas eu não chamei, só defendi meu namorado que é muito mais lindo tá? Não foi Luana? – Luana ficou olhando nós duas e apenas riu.

Luana: Eu não sei de nada – Levantou os braços se defendendo.

E assim passamos o restante da noite, nos divertindo. Luana e Bruna se deram maravilhosamente bem e eu estava amando ter as duas por perto. Logo minha tia chegou e adorou conhecer Luana, elas conversaram por um tempinho enquanto eu e Bruna conversamos com Jú e Milena pelo celular. Pedimos uma pizza e quando era quase 22h00minhs Rafael veio buscar Bruna. Não demoramos muito para nos recolhemos em nossos quartos e logo pegar no sono, afinal amanhã seria um longo dia. 

(Luan Narrando)

Depois que deixei Carol e Luana em casa, corri pra minha. Cheguei e já senti o cheirinho da comida da minha mãe, que tanta falta me fazia.

Luan: Cheguei família – Falei abrindo a porta e Puff correu para os meus pés – E aí puffola, tudo beleza?

Bruna: Oi Pi – Me abraçou carinhosamente.

Luan: E aí piroca – A apertei em meus braços, eu sentia falta dela também – Tudo bem? Cadê a mamusca?

Bruna: Tá tudo bem sim – Me deu um beijo longo no rosto – Tá lá dentro com a Maria – Pegou Puff nos braços e saiu em direção à varanda.

Luan: Ô mãe? – Gritei e ela respondeu que estava na cozinha.

Marizete: Filho que saudade – Me deu um abraço apertado e um beijo carinhoso – Como você tá meu amor?

Luana: Tô bem mamusca e a senhora? – Olhei Maria que fazia dedicada o almoço – Oi Maria, tudo bem?

Maria – Tudo bem sim Luan – Falou sorrindo e voltou a olhar as panelas.

Marizete: Vá tomar um banho meu filho e desça pra almoçar – Falou cuidadosa e eu a obedeci.

Subi pro meu quarto e tomei um banho demorado, o cansaço me consumia. Assim que sai do banheiro recebi uma ligação de Sorocaba e conversei com ele sobre o dia seguinte, em que eu apresentaria a ele e Dudu a nossa mais nova preciosidade, Luana. Conversamos por alguns minutos e combinamos de amanhã cedo nos encontrarmos no escritório. Desci pra almoçar com minha família e vi que meu pai tinha acabado de chegar, minha mãe arrumou a mesa junto com Maria e começamos a nos servir.

Luan: Estava no escritório Pai? – Perguntei enquanto comia.

Amarildo: Sim filho – Respondeu natural.

Luan: E como é que tá tudo por lá?

Amarildo: Tudo bem, estão ansiosos pra conhecer Luana – Falou sorrindo e minha mãe colocou mais um pouco de purê em seu prato – Onde ela está?

Luan: Tá no apartamento da Carol – Falei o olhando e ele apenas concordou. Continuamos comendo e Bruna contou sobre a faculdade e que iria matar a saudade da amiga hoje a noite, mas que dormiria na casa de Rafael o que não me agradou muito, mas eu não tinha o porque me meter na vida dela. Conversamos mais sobre Luana, minha mãe quis saber como a encontramos e contei toda a história. Quando já estávamos quase terminando de almoçar, meu pai veio com um assunto meio estranho.

Amarildo: Ah filho – Falou me olhando enquanto eu ainda comia – Nós perdemos um funcionário esses dias.

Luan: Como assim perderam um funcionário? – Perguntei sem entender onde ele queria chegar.

Amarildo: O Daniel conversou com Luiz pedindo pra sair da equipe.

Luan: Já deveria ter feito isso há muito tempo – Falei voltando a comer.

Amarildo: Luan nós temos que ser justos, o Daniel era um ótimo funcionário e não venha me dizer o contrario – Falou e o olhei incrédulo – O motivo pelo o qual você não gosta dele é algo completamente pessoal.

Luan: Que seja Pai, eu quero ele longe – Falei levantando da mesa e deixando meu prato de lado.

Ouvi minha mãe resmungar por eu ter saído da mesa, mas não liguei. Fui pro meu quarto e me deitei um pouco. Fiquei pensando em como seria se Carol encontrasse Daniel no dia seguinte quando fosse ao escritório, como ela reagiria, o que iria sentir quando estivesse cara a cara com ele. Esses pensamentos me atormentavam, mas o que me restava era confiar na Carol e largar mão disso. Ele já não iria embora? Iria sair da nossa equipe? Eu não tinha mais motivos pra me preocupar. Perdido em pensamentos acabei pegando em um sono profundo.