Quando cheguei ao meu apartamento, joguei minha bolsa no
sofá, fui até a cozinha e peguei um jarro pra colocar minhas flores. Deixei no
balcão da cozinha e segui para o quarto, tirei minha roupa e vesti uma camisola
mais fresquinha. Pensei em ligar pro Luan e perguntar das flores, aí lembrei
que se não tivesse sido ele, com certeza nós iriamos brigar porque ele iria
querer saber de onde elas viera, então decidi que não contaria nada no momento.
Me joguei no sofá e fiquei ali assistindo TV até que o sono foi me pegando aos
poucos e quando dei por mim eu já estava no décimo sono e só acordei ao ouvir
um barulho na porta.
Carol: Oi tia – Falei esfregando os olhos e ela sorriu.
Mariana: Oi, estava dormindo?
Carol: Eu cheguei e cai aqui – Levantei com preguiça e
fui até a cozinha – O que trouxe para o jantar?
Mariana: Comida japonesa tá? – Falou do quarto enquanto eu
já sentia o cheirinho bom – E aí ligou pro Luan?
Carol: Não – Falei a olhando – Ah tia, vai que não foi
ele quem mandou? Eu fiquei com medo – Falei me encolhendo – Ele vai querer
saber de onde elas vieram e se realmente tivesse sido ele, tinha ligado pra
saber se eu gostei.
Mariana: É faz sentido – Falou e eu apenas concordei –
Mas que mistério em? Quem te mandaria flores?
Carol: Só Daniel – Falei e ela riu – Se ele não estivesse
do outro lado do mundo né?
Mariana: Esquece isso vai – Falou arrumando a mesa para o
nosso jantar – Mas elas são lindas demais né? Tem muito bom gosto quem mandou.
E depois de tudo pronto, nos servimos e jantamos em meio
a muita conversa. Tia Mari disse que tinha conversado com Naira sobre Vicente e
ela ficou muito feliz com sua volta, só assim minha tia iria desencalhar e foi impossível
não rir por horas com a sinceridade de sua melhor amiga. Depois do jantar
assistimos a um filme que passava na TV mas não demorou pra minha tia começar a
cochilar no sofá. Chamei-a para o quarto e depois de arrumar tudo na cozinha
fui dormir também, no dia seguinte já voltaríamos a nossa louca rotina.
Logo que amanheceu ouvi meu despertador tocar e senti o
cheirinho do café de Dulce. Levantei vagarosamente, peguei minha roupa que já
estava separada próximo a minha mala e segui para o banheiro. Tomei um banho
quente, pois fazia frio naquela manhã e depois de pronta segui para a cozinha,
onde minha tia conversa animada com Dulce.
Carol: Bom dia meus amores – Falei abraçando cada uma –
Aí que cheirinho ótimo, que saudade de tudo isso – Fiz um bico manhoso e Dulce
me abraçou.
Dulce: Também sinto sua falta Carol – Falou carinhosa.
Mariana: Eu também sinto em? – Falou enquanto comia um
pedaço de bolo.
Rimos de suas brincadeiras, ela estava bem animada hoje
e estava escrito em sua testa o grande motivo de tudo isso. Enquanto tomávamos café
Luan me ligou avisando que já tinha saído de casa e quando chegasse ao meu condomínio
queria que eu já estivesse lá em baixo o esperando. Ele se atrasa e a culpa é
minha? O xinguei em pensamento e minha tia reparou que tínhamos brigado por
minha mudança de humor repentina. Depois de terminar meu café, peguei minhas
coisas e me despedi de minha tia e de Dulce, prometendo voltar logo. Desci com
minhas malas e seu Alfredo me ajudou a levar até a entrada e ficamos
conversando até que um carro cinza buzinou em minha frente e Wellington desceu
pra me ajudar com as malas. Me despedi de seu Alfredo e segui para o carro.
Quando abri a porta ele tinha uma touca na cabeça, óculos escuros e uma cara péssima
de sono, sentei ao seu lado calada e ele me olhou de um jeito estranho.
Luan: Oi amor – Falou com a voz baixa e eu o olhei sem
muita paciência.
Carol: Oi – Falei e voltei a olhar pra frente onde Wellington
entrava e dava partida no quarto.
Luan: Amor olha pra mim – Puxou meu rosto pra que o
olhasse – Desculpa não ter subido pra te ajudar a descer com as malas e falar
com sua tia – Falou acariciando minha mão – É que estamos atrasados.
Carol: E eu tenho culpa se você acordou tarde Luan? –
Falei séria e ele negou com a cabeça – Então? Não precisava ter falado comigo
daquele jeito.
Luan: Desculpa vai amor? – Pediu manhoso cheirando meu
pescoço – Desculpa seu amor, por favor.
Carol: Tá bom Luan tá
desculpado – Falei tentando manter o controle da situação em que ele me
colocava – Não vamos mais falar disso.
Luan: Tudo bem então – Falou
me olhando e tirou os óculos – Ei? – Me chamou e eu o olhei – Não vai me dar um
beijinho não?
Carol: Porque você é assim
em? – Falei negando com a cabeça e ele riu me puxando pra um beijo carinhoso –
Te amo – Falei entre o beijo e ele sorriu.
Luan: Eu te amo mais minha
gatinha – Me beijou mais uma vez.
E assim fomos durante todo o
percurso, ele me acolheu em seus braços e enquanto fazia carinho em meus
cabelos eu brincava com seus dedinhos gordos o que particularmente era um
charme. Estávamos indo em direção ao aeroporto, onde partiríamos para Belo
Horizonte. Não demorou muito e chegamos onde todos nos esperavam. Desci com
Luan ao meu lado e como os fãs sabiam que só iriamos viajar no dia seguinte,
não tinha ninguém esperando Luan. Não demorou muito quando o piloto autorizou
nosso voo e lá íamos nós, para mais uma maratona de shows. Luan aproveitou a viagem
para descansar e eu fiquei lendo um livro muito bom que uma fã tinha me dado de
presente, alias eu tinha que lembrar de agradecer a ela mais uma vez por esse
presente maravilhoso. Quando pousamos no aeroporto de BH, acordei Luan e ele
respirou fundo tentando controlar seu sono. Descemos juntos e ele segurou minha
mão indo em direção as suas meninas que os esperavam cansadas e com muito
carinho pra dar. Ninguém até hoje conseguia entender como elas descobriam tão
rapidamente o lugar, dia, horário que Luan chegaria. Ele foi atendê-las
enquanto eu recebia junto com Rober alguns presentes, algumas me chamavam pra
tirar foto, outras pra conversar rapidamente e assim passamos quase 10 minutos
atendendo cada uma. Fomos até a van com as mãos cheias de presentes, Luan
aproveitou o tempo até o hotel pra olhar cada um que foi entregue com tanto
carinho. Quando chegarmos ao hotel Luan mais uma vez desceu e fez questão de
atender os poucos fãs que ali estavam e eu entrei na frente com Rober. Quando
Luan terminou de atender todos, subimos pro nosso quarto para enfim ele poder
descansar o máximo que pudesse.
Luan: Aí que cama linda –
Falou olhando a cama enorme que o esperava enquanto entravamos deixando nossas
coisas em um canto – Olha amor – Pediu que eu olhasse – Esperando por nós.
Carol: Vai primeiro tá? Vou
tomar um banho – Falei lhe dando um selinho seguindo para o banheiro.
Luan: Me deixa ir com você? –
Perguntou enquanto eu voltava até minha mala pra separar uma roupa fresca – Em amor?
Carol: Deixo, mas sem abusar
em? – Falei rindo e ele concordou com a cabeça. Entramos no banheiro e nos
despimos, liguei o chuveiro e entrei de baixo deixando Luan me olhar por alguns
segundos – O que foi? – Perguntei sem entender e então ele se aproximou colando
seu corpo no meu.
Luan: Sabia que eu amo te
ver assim? – Sussurrou em meu ouvido.
Carol: Assim como? –
Perguntei e ele riu mordendo minha orelha logo em seguida.
Luan: Assim, toda nua pra
mim – E então começou a dar leves mordidinhas em meu pescoço e imprensar seu
corpo no meu.
Carol: Você prometeu que não
iria abusar de mim – Falei tentando controlar a vontade que eu tinha dele
naquele momento.
Luan: Eu não prometi nada –
Riu e eu o olhei – Eu disse que não faria, mas aí você vem toda linda e eu não
resisto sabe? – E então segurou meu rosto e me beijou com vontade. Acariciou
meu corpo me deixando louca e me fez ir ao céu em apenas um momento, no momento
em que eu me entreguei mais uma vez para o meu homem.
Carol: Amor? Você pediu algo
pra comer? – Perguntei quando ouvi baterem em nossa porta.
Luan: Pedi não vida – Falou do
banheiro e então eu corri pra atender.
Carol: Boa tarde – Quando
atendi a porta vi que era um mensageiro do Hotel – Posso lhe ajudar?
Mensageiro: Boa tarde
senhorita – Falou simpático – Pediram que eu lhe entregasse essas flores – E então
ele me entregou o buquê de “rosas?” pensei e lembrei imediatamente das rosas
que deixaram na portaria do meu condomínio.
Carol: Tem certeza que são
pra mim moço? – Perguntei e ele olhou um papelzinho.
Mensageiro: A senhorita não
é Caroline Albuquerque? – Perguntou.
Carol: Sim, sou eu mesma –
Falei e imaginei que dessa vez poderia ter sido realmente de Luan.
Mensageiro: Então elas são
suas – Sorriu e eu segurei-as com cuidado.
Carol: Muito obrigada moço.
Mensageiro: Imagina, tenha
uma boa tarde senhorita – Falou sorrindo e eu apenas retribui ao seu “boa tarde”.
Entrei trancando a porta atrás de mim e procurei algum cartãozinho nas flores,
mas como da outra vez não tinha nada.
Luan: Quem era amor? –
Perguntou saindo do banheiro e olhou as flores enquanto eu sorria – Flores?
Carol: Foi você não foi? –
Perguntei esperançosa – Foi você quem mandou me entregar? Eu amei amor – E então
lhe dei um selinho demorado – São lindas.
Luan: Espera aí Carol –
Falou me olhando sem entender – Amor você sabe que eu amo te dar rosas, mas não
fui eu quem mandou essas – E então meu corpo gelou e eu tinha que falar das
outras, isso estava estranho demais – Mas quem mandou isso então?
Carol: Já é a segunda vez
que mandam amor – O olhei sentando na cama com as rosas nas mãos.
Luan: Como assim a segunda
vez? Quem é que tá te mandando isso Caroline? – Falou já tentando conter o
nervosismo.
Carol: Eu não sei amor –
Falei deixando o buquê na mesinha e sentando ao seu lado – Ontem quando você me
deixou em casa, tinha um bilhetinho da minha tia pedindo que eu fosse almoçar
com ela em um restaurante que abriu lá perto do escritório, daí eu fui – Falava
nervosa – Mas aí quando eu cheguei na portaria seu Alfredo estava com um mesmo
buquê desses nas mãos e me entregou. No mesmo instante eu pensei em você, mas
não tinha lógica porque você tinha acabado de me deixar em casa – Sorri nervosa
e ele me olhou tentando entender.
Luan: E você não perguntou
quem tinha deixado lá?
Carol: Perguntei e ele disse
que tinha sido uma mulher, mas que mulher? Eu também não sei e eu queria muito
saber, porque agora apareceu mais esse buquê e não tem cartãozinho, não tem
nada amor – Falei pegando o buquê e lhe entregando e realmente ele procurou e
não achou nada – Eu não sei o que tá acontecendo, mas isso tá me assustando.
Luan: Isso é muito estranho –
Falou pensativo olhando as flores – E porque você não me falou logo das outras
flores?
Carol: Eu ia te contar amor,
mas acabei esquecendo – Falei abaixando a cabeça – Desculpa tá? Isso tá me
deixando muito nervosa.
Luan: Tudo bem – Levantou minha
cabeça e me deu um beijo na testa – Nós vamos descobrir quem tá te mandando
essas flores tá? – Falou tentando me acalmar e eu apenas concordei encostando
minha cabeça em seu ombro.
Deixamos o buquê de rosas em uma mesa ali no quarto e nos deitamos, precisávamos
descansar até a hora do show e enquanto Luan brincava com meus cabelos eu
ficava pensando em quem poderia me mandar essas rosas sem nem ao menos mandar
junto com algum cartão? “Seria algum fã?” Ou “Alguma brincadeira sem graça de
algum amigo?” fiquei ali perdida em pensamentos até que o meu sono e cansaço
falaram mais alto e Luan conseguiu me fazer dormir. Eu só não sabia que as
coisas só poderiam piorar daquele dia em diante.
Essas flores estam me assustando também #LaisAraujo
ResponderExcluirXiiiiii!
ResponderExcluirAs coisas vão piorar? Meu Deus! essas flores me preocupam, quero saber quem fica mandando flores pra Carol.
Amo esse casal, sério mesmo!
Continua, escritora perfeita, estou sempre aguardando novos capítulos.
Giselly
Estranho, quem será que esta mandando essas flores?? Será que é o ex da Carol?? E ainda vai piorar. Espero q meu casal nao se separe. :((((
ResponderExcluirQue enfrentem isso juntos. E tentem descobrir quem é. Bjoss!!