quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Capitulo 80 ♡

Depois da turnê no Nordeste que durou quase duas semanas, voltamos pra São Paulo e Luana pra Maringá. Eu estava a cada dia mais encantada com meu trabalho e poder acompanhar Luan a cada cidade que ele passava, era o que verdadeiramente me fazia feliz. Quando chegamos a São Paulo, Luan me deixou em casa e seguiu para a sua. Cumprimentei seu Alfredo e ele me ajudou com as malas até o meu apartamento. Minha tia ainda estava no escritório então aproveitei pra tomar um banho e descasar, porque esses dias foram esgotantes. Acordei depois de longas horas de sono com minha tia se jogando em cima de mim e me enchendo de beijos.

Mariana: Acorda coisa linda da minha vida – Falou sorrindo – Acorda amor.

Carol: Estou acordada tia – Reclamei – Agora sai de cima de mim.

Mariana: Nossa que humor maravilhoso em? – Falou saindo de cima de mim – Levanta vai.

Carol: Estou morta tia, quero continuar nessa cama pra sempre – Falei manhosa deitando novamente.

Mariana: Nada disso, eu trouxe o seu jantar – Levantou me puxando pelo braço para que eu pudesse segui-la.

Carol: Como assim o meu jantar – A olhei desconfiada – E você não vai comer?

Mariana: Vou tomar um banho e jantar com o Vicente – Falou sorrindo animada e eu ri de seu jeito apaixonado.

Carol: Ele te chamou pra jantar fora? – Perguntei e ela concordou com a cabeça – Que lindo – E então pulei em cima dela quase a derrubando.

Mariana: Aí para você vai me derrubar – Pediu enquanto ria comigo.

Carol: Então quer dizer que tá mais sério do que eu imaginava? Vocês já ficaram? – Perguntei e ela me olhou com vergonha.

Mariana: Não “ficamos” – Falou colocando aspas no ar – Mas hoje ele disse que é um jantar especial – Ela falou com um gritinho de felicidade e nós vibramos juntas.

Carol: Ah então pelo amor de Deus vá se arrumar – Falei a empurrando até o quarto – Vou lhe ajudar a escolher uma rouba bem linda e digna desse “jantar especial”.

Enquanto minha tia tomava um banho, procurei em seu closet um vestido maravilhoso que combinasse com a noite. Escolhi um preto com um decote bem discreto e um pouco curto. Ajudei-lhe também com a maquiagem e pronto, ela estava encantadoramente linda. Enquanto eu jantava ela ficava andando de um lado pro outro esperando que ele tocasse aquela campainha. Eu já estava ficando tonta e com certeza se não tivesse um buraco no meio da nossa sala, estaria bem perto.

Carol: Tia calma – Falei e ela me olhou apreensiva – Ele já deve está chegando.

Mariana: Mas nós marcamos as 20h00minhs Carol – Olhou em seu celular e me olhou novamente – Já são 20h20minhs e eu estou apavorada – Foi só ela fechar a boca e a campainha tocou. Ela correu pra atender e quando abriu estava o seu grande amor na porta com um buquê de flores nas mãos – Oi Vicente.

Vicente: Oi – Falou a olhando da cabeça aos pés – Você tá maravilhosa.

Mariana: Obrigada – Sorriu tímida.

Vicente: Me desculpa pelo atraso, eu não imaginei que a essa hora o trânsito ainda estivesse tão louco – Explicou e minha tia apenas sorriu – Essas flores são pra você – Entregou o buquê pra Tia Mari que ficou extremamente encantada com tão lindas flores – Oi Carol.

Carol: Oi Vicente – Levantei e lhe dei um abraço carinhoso – Não quer entrar?

Mariana: Entra Vicente. Eu só vou coloca-las em um jarro e nós já vamos – E então ficamos conversando enquanto ela seguia com as flores até a cozinha – Pronto, podemos ir.

Vicente: Então vamos – Pegou em sua mão – Tchau Carol – Me deu um beijo no rosto e me despedi da minha tia enquanto falei baixinho em seu ouvido “boa sorte”.

Ela apenas sorriu e fechei a porta depois que eles saíram. Terminei o meu jantar e voltei para o meu quarto quando ouvi meu celular tocando e sorri ao ver quem era.

Carol: Oi coisa linda – Atendi animada.

Bruna: Oi cunha maravilhosa – Sorriu engraçado – Como você tá?

Carol: Estou bem amiga e você? – Senti falta dela no mesmo instante – Sinto sua falta.

Bruna: Eu estou bem e também estou com saudade – Falou fazendo manha – Mas como eu sou uma amiga muito linda e a melhor cunhada que você tem eu vou aí te ver, posso?

Carol: Claro que pode – Falei animada – Eu estou sozinha mesmo.

Bruna: Cadê tia Mari?

Carol: Saiu pra um jantar romântico com Vicente – Falei animada e ela riu.

Bruna: Aí que fofos meu Deus – A ouvi vibrar junto comigo – Então eu estou indo tá?

Carol: Aproveita, passa no supermercado e compra um pote de sorvete pra gente? Vem passar a noite? Diga que sim.

Bruna: Sim e sim, passo no mercado e compro logo uns três potes porque eu estou precisando conversar com você – Falou agora com uma voz um pouco triste.

Carol: O que aconteceu amiga? – Perguntei preocupada.

Bruna: Quando eu chegar aí te conto tudo, tá?

Carol: Tá bom, mas não demora em? – Falei e ela disse que não demoraria e desligou logo o celular.

Arrumei a bagunça que estava no meu quarto e tirei todas as minhas coisas das malas. Passaríamos mais dois dias em casa, depois partiríamos para um festival no interior de São Paulo mesmo e depois teríamos uma folga de quase uma semana. Esperei Bruna chegar e quando vi já estava tudo arrumadinho e a campainha tocou.

Carol: Aí amiga pensei que não viria mais – Falei a abraçando forte enquanto ela estava com um saco plástico enorme e com três potes de sorvete dentro – Você trouxe mesmo três potes de sorvete?

Bruna: Claro que sim amiga – Riu e eu a olhei incrédula – Nossa noite vai ser longa.

Eu fechei todas as janelas e a porta, apaguei as luzes e ficamos no carpet maravilhoso e macio da minha sala nos afogando em um pote de sorvete e assistindo um programa chato que passava na TV. Conversamos sobre várias coisas, até ela me contar que tinha terminado seu namoro com Rafael e que estava muito mal. Deixei que ela desabafasse e chorasse o quanto fosse preciso.

Carol: Amiga não fica assim – Falei a abraçando – Essa não é a primeira vez que isso acontece.

Bruna: Mas acho que dessa vez é definitivo – Falou ainda chorosa – Porque que é tudo tão complicado pra gente Carol? Eu o amo tanto – E voltou a chorar.

Carol: Eu sei amiga e sei também do amor que ele sente por você – Falei tentando acalma-la – Tudo vai ficar bem.

Bruna: Se ele não se importasse tanto com o que as pessoas acham com certeza tudo ficaria bem – Enxugou algumas lágrimas que caiam sabre seu rosto – Mas ele põe dificuldade em tudo Carol, tudo. Como é que você acha que esse namoro pode dar certo?

Carol: Eu acho que vocês devem conversar direitinho – Falei consolando minha amiga – Se vocês se amam Bruna pra tudo tem uma solução.

Passamos quase a noite inteira acordadas e quando o relógio já marcava 3:30hs da madrugada ouvi minha tia entrar pela porta com um sorriso de orelha a orelha. Acendeu a luz e nos viu afogadas já no segundo pote de sorvete.

Mariana: O que vocês estão fazendo acordadas até essa hora em mocinhas? – Falou encostada no sofá tirando seu salto e depois se aproximou me dando um beijo no alto da cabeça – Oi Bruna – Lhe deu um beijo.

Bruna: Oi tia Mari. Estávamos te esperando pra nos contar os babados – Sorriu sapeca. 

Mariana: O que? – Nos olhou incrédula.

Carol: Exatamente – Concordei com Bruna – Pode sentar aqui e nos contar tudo – E então ela sorriu negando – A proposito, isso são horas pra chegar em casa?

Mariana: Não acredito nisso – Foi até a cozinha e pegou uma colher no armário – Vocês são loucas? Deveriam estar dormindo já e não aqui me esperando com um pote de sorvete na mão – E então sentou em nosso meio e tomando o sorvete de nossas mãos.

Bruna: Um não tia Mari, foram três – Sorriu – Mas esse ainda é o segundo.

Carol: Então isso significa que ainda temos mais um pra nos acompanhar até você contar tudo – Falei satisfeita e ela riu.

Tia Mari acabou nos contando tudo, nos mínimos detalhes e podiam-se ouvir nossos gritos de alegria ao saber que finalmente o tão esperado beijo aconteceu. Não só isso, depois do jantar ele a levou em um lugar mais reservado e trocaram carinhos por horas, mas não passou disso. Na situação em que eles se encontravam as coisas deveriam ir com a maior calma possível. Nada de ir atropelando as coisas e sim com cautela. Eles conversaram sobre o passado e se entenderam finalmente. Eu torcia muito pela felicidade da minha tia e sabia que ela só seria completa com Vicente ao seu lado. Ele nunca deixou de ser o grande amor de sua vida, foi ele quem morou esses anos todos em seu pensamento e principalmente em seu coração. Depois de toda a historia da noite maravilhosa da minha tia, acabamos indo dormir. 

No dia seguinte acordamos tarde com Dulce já preparando o almoço, mas preferimos logo tomar café da manhã. Eu até pensei em ir ao médico pra me consultar e falar pra ele sobre o que eu ando sentindo ultimamente, mas como eu não estava sentindo mais nada, preferi deixar pra outra hora. Tomamos café as três juntas, Dulce assim que terminou o almoço teve que ir embora e Bruna passou o dia sendo mimada por mim e por tia Mari. À tarde Luan me ligou e conversamos por um tempo, ele perguntou se eu estava me sentindo bem e apenas disse que sim, mas não comentei que pensei em ir ao médico. A noite recebi mais um buquê de rosas, como sempre sem nem um rastro do meu “admirador secreto”. Eu estava ficando cansada daquilo e eu juro que arrancaria a cabeça da pessoa quando eu descobrisse quem era. E então em um ato sem pensar ou pensado mesmo, joguei o buquê pela janela enquanto Bruna e minha tia me olhavam incrédulas.

Carol: Isso acaba aqui – Falei com raiva – Estou cheia disso já.

Bruna: Amiga calma – Tentou me acalmar – Deve ser só uma brincadeira.

Carol: Uma brincadeira de muito mau gosto né Bruna? – Sentei no sofá e coloquei minhas mãos sobre minha cabeça – Eu nem atendo mais ligação desconhecida por causa desse infeliz que tá fazendo isso comigo.

Mariana: Você tá muito nervosa Caroline – Falou quase gritando – Fica calma porque as coisas não vão se resolver assim – Foi até a cozinha e pegou um copo com água pra mim.
Meu nervosismo continuou por horas e eu não conseguia me controlar. Essa variação de humor estava me deixando louca. Logo Bruna decidiu ir e enquanto ela se despedia de minha tia eu fui ao banheiro com uma vontade enorme de fazer xixi. Quando voltei pra sala ouvi as duas cochichando alguma coisa, mas pouco deu pra ouvir.

Bruna: Estou indo tá amiga? – Me olhou carinhosa e eu a abracei – Fica bem e tenta não se estressa muito com isso.

Carol: Fica mais um pouco.

Bruna: Eu tenho que estudar – Fez cara de triste e me deu um beijo no rosto – Prometo voltar pra mais um programinha desses tá?

Carol: Tá bom – Falei concordando – Já chamou o taxi?

Bruna: Chamei sim e ele tá lá embaixo me esperando – Sorriu e nos despedimos novamente. Depois que ela se foi me encostei no braço do sofá e minha tia me olhou preocupada.

Mariana: Tá melhor? – Ela perguntou se aproximando e senti uma vontade incontrolável de chorar e foi isso que aconteceu – Carol para com isso – Falou me abraçando – Porque você tá chorando?

Carol: Eu não sei por que eu estou chorando – Falei sincera, eu realmente não sabia o motivo daquilo – Eu quero sumir – E então sai de seus braços e corri pro meu quarto.

Chorei por horas e senti raiva de mim mesma por está chorando tanto sem motivo algum. Tudo bem que eu estava estressada por causa desse assunto que me atormentava, mas isso não era motivo pra tanto choro. Eu só sabia sentir, uma revolução de sensações e sentimentos dentro de mim. Passei algumas horas assim, saí do quarto e fui até a cozinha buscar um copo de água enquanto minha tia estava na sala assistindo TV, mas não falou comigo. Voltei pro meu quarto e melhorei por alguns minutos, mas logo depois voltou todo o estresse e a vontade de chorar. Meu Deus do céu o que é que tá acontecendo comigo? Revirei meu quarto inteiro fazendo a maior bagunça, mas minha intenção era arruma-lo. Joguei fora um monte de coisa que não servia mais, coisa da faculdade que não eram mais necessárias. Vi uma foto minha e de Daniel guardadinha e comecei a chorar novamente. Também chorei quando vi uma foto minha com meus pais. Depois fiquei com raiva e joguei tudo fora. Peguei uma caixa cheia de porcarias e levei até a cozinha, minha tia me olhou e levantou na hora.

Mariana: Ei o que você tem aí? – Perguntou vindo correndo em minha direção – Carol o que é isso? – Peguei a caixa e coloquei tudo encima da mesa e quando fui jogar tudo no lixo ela me impediu.

Carol: Só coisas velhas tia – Falei chorando – Me solta – Pedi mais ela continuou me segurando. Até que eu ouço a campainha tocar e ela correu pra atender, era Luan.

Mariana: Luan me ajuda – Falou apreensiva. Então Luan me olhou enquanto eu chorava com um monte de papeis em mão e tomou tudo devolvendo pra caixa.

Carol: O que você tá fazendo aqui? – Perguntei com lágrimas nos olhos.

Luan: Vou cuidar de você – Falou carinhoso enxugando meu rosto com seus dedinhos.

Carol: Gente eu estou bem – Falei os olhando.

Luan: Tá bem? E porque tá chorando? – Perguntou cruzando os braços.

Carol: Eu não sei – Falei e as lágrimas vieram de novo. Cheguei à conclusão que ou era bipolar ou estava ficando louca. E então ele colocou a caixa pra longe de mim e me puxou pra um abraço acolhedor.

Luan: Tudo bem amor – Falou afagando meus cabelos – Vamos deitar, vem.

Carol: Você vai ficar aqui comigo? – Perguntei o olhando com cara de choro.

Luan: Vou ficar aqui sim – E então ele me levou até o quarto.

Depois que ele esperou eu tomar um banho e vestir um pijama, deitou comigo na cama e eu deitei com minha cabeça em seu peito. Eu não sabia o motivo de tamanha loucura minha, mas eu não estava nada bem. Me acalmei bastante quando Luan me colocou em seus braços, meus ânimos sempre se acalmavam quando ele chegava. E assim, o ouvindo cantar pra mim e brincar com meus cabelos eu cai em um sono profundo. 


terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Capitulo 79 ♡

O show em Recife foi maravilhoso e Luan se emocionou ao ver a quantidade de gente que o esperava cantar. Foi tudo muito lindo, principalmente o carinho em que nos receberam. Eles amaram de todo o coração o espetáculo que Luan e Luana fizeram, pareciam mais uma dupla sertaneja levando o publico ao delírio. Depois que Luan terminou o show, partimos para o hotel, comemos alguma coisa e seguimos imediatamente para o aeroporto onde pegaríamos o jatinho e seguiríamos para Teresina. Foi uma grande correria e Luana me contava animada a sensação que foi estar no palco com Luan, mesmo que não fosse sua primeira vez ela alegou nunca ter sentido algo parecido com aquilo. Fomos todo o percurso conversando enquanto Luan estava ainda elétrico e conversava com seus fãs pelo twitter. Ao chegarmos em Teresina, ainda de madrugada, encontramos uma quantidade enorme de fãs no aeroporto. Desci primeiro com Luana e ajudamos Rober com alguns presentes, Luan apenas pegou na mão de alguns e tirou foto coletiva, era quase impossível atender todo mundo. Seguimos para o hotel deixando os fãs imensamente felizes por aquele pequeno momento com o ídolo, eu me sentia um pouco cansada e acabei cochilando no colo de Luan por todo o percurso até o hotel. Acordei com Luan me chamando avisando que já estávamos chegando. Lá tinha poucos fãs o que ajudou Luan descer e atende-los, enquanto eu subia para o meu quarto. Enquanto Luan não subia, entrei e Claudio me ajudou com as malas, deixando-as em um canto qualquer do quarto. Sentei na minha cama e fiquei pensando se eu poderia estar doente, por aqueles enjoos que eu senti mais cedo, as tonturas e até mesmo o sono que me consumia e agora esse cansaço que apareceu do nada. Abaixei minha cabeça e pensei, quando eu chegasse a São Paulo procuraria um médico e tudo ficaria bem, assim eu esperava.  

Luan: Tá pensando no que em? – Chegou com um sorriso lindo e me deu um selinho demorado sentando ao meu lado.

Carol: Em como você consegue ser tão perfeito – Coloquei minhas mãos ao redor de seu pescoço e colei nossas testas – Sabia que eu te amo?

Luan: Eu desconfio – Falou rindo e eu lhe dei uma tapa no ombro – É claro que eu sei coisa linda.

Carol: Eu te amo pra sempre – Mordi seu lábio inferior e ele suspirou – Eu te amo eternamente – Então carinhosamente ele segurou minha cintura e eu coloquei cada uma de minhas pernas ao redor de sua cintura. E então eu o beijei intensamente sem me importar com nada. Segurei firme sua nuca e puxei seus cabelos pressionando mais sua boca na minha e só paramos o beijo quando já estávamos sem fôlego.

Luan: Você me deixa louco sabia? – Falou ainda com sua boca colada na minha apertando minha cintura e depois minha coxa – Por incrível que pareça a cada dia eu me apaixono mais por você – Falou enquanto sentíamos a respiração um do outro e eu forçava meu corpo sobre o dele – Eu não consigo mais viver sem você.

Carol: Eu que não consigo mais viver sem você – Falei com dificuldade enquanto eu desejava mais do que nunca que ele me amasse ali, naquele quarto de hotel com o sol nascendo, ele dessa vez seria testemunha do nosso mais verdadeiro amor – Eu quero você – Falei o olhando nos olhos – Quero hoje e quero sempre.

Não precisei dizer mais nada para que Luan se levantasse ainda comigo em seu colo e me jogasse naquela cama macia. Ele tirou sua camisa e enquanto revezava entre beijos no meu pescoço e no colo tirava minha roupa com delicadeza, mas com muita vontade. Até que depois de tirar toda minha roupa e me deixar apenas de peças intimas, se ajoelhou em minha frente e sorriu maliciosamente apertando minhas coxas. Abaixou-se cuidadosamente e colou sua boca em meu ouvido falando como se fosse um segredo nosso a seguinte frase: “Eu vou fazer de você a mulher mais feliz do mundo”. E assim ele fez, cumpriu o prometido muito bem cumprido. Nos amamos mais uma vez de uma maneira tão mágica que eu fui ao céu e voltei infinitas vezes. Não só hoje ele me fez a mulher mais feliz do mundo, mas sempre e eu poderia apostar todas as minhas estrelas nesse amor. Depois de horas nos amando, tomamos um banho cheio de carinhos e beijos apaixonados e então pedimos nosso café da manhã. 

Já era quase 17h00minhs quando acordei com meu celular despertando pela milésima vez. Abri meus olhos vagarosamente e procurei Luan na cama, mas não o achei. Sentei tentando digerir nossa manhã de amor e o vi saindo do banheiro com uma carinha de sono.

Carol: Porque não me acordou? Já passam das cinco – Falei enquanto ele se aproximava e deitava novamente na cama – Ei levante – Ele cheirou meu pescoço me fazendo arrepiar.

Luan: Não te acordei porque eu também acebei de acordar – Falou manhoso se aconchegando em meu colo – E sinceramente por mim eu nem sairia desse quarto hoje.

Carol: Ah não fale assim amor – Levantei seu rosto e lhe dei um beijo leve – Seus fãs estão lhe esperando ansiosos.

Luan: Eu sei e estou aqui por eles – Respirou fundo e levantou indo em direção ao telefone que dava acesso ao hotel – Vamos comer o que?

Carol: Quero porcaria – Sorri sapeca e ele me olhou erguendo as sobrancelhas – Todo tipo de porcaria que tiver – Bati palminhas e ele riu – X-tudo, Coca-Cola, sorvete, chocolate e todas aquelas outras coisas saborosas e que nos fazem engordar.

Luan: Você sabe que eu não posso comer isso amor – Falou manhoso e eu beijei todo seu rosto.

Carol: Uma vez na vida não vai matar neném – O beijei até ele segurar minhas mãos – Pede pra gente vai? Eu estou com muita vontade de comer tudo isso.

Luan: Tudo bem, mas olha – Me segurou enquanto eu pulava em seu colo feito uma criança feliz – Será um segredo nosso ok?

Carol: Ok meu amor – Lhe dei um selinho – Um segredo só nosso.

Luan pediu nosso “jantar” e enquanto não chegava arrumamos nossas coisas porque depois do show já iriamos para mais uma das maravilhosas cidades do Nordeste. Depois de uns vinte minutos nosso banquete chegou e tinha absolutamente tudo que uma pessoa gorda e depressiva precisava o que claro não era o nosso caso. Comemos sentados no chão do quarto como amávamos fazer e riamos de nosso “segredo” que jamais alguém poderia saber. Depois de nosso jantar e me sentir mil vezes mais gorda, nos arrumamos e encontramos todo o resto do pessoal. Luan deu uma entrevista para uma TV local e depois seguimos para o local do show, onde mais uma vez seus fãs o esperavam com todo amor e carinho do mundo. Ele atendeu suas fãs, a imprensa e alguns contratantes do evento e logo depois eu fui me despedir dele com um beijo carinhoso e um “Bom show meu amor”. Ele subiu no palco e brilhou mais uma vez. Fiquei com Luana no cantinho do palco e ela me ajudou a escolher a Donzela. Escolhemos uma menina linda, de cabelos pretos e longos que chorava a cada música que Luan cantava. Chamamos Claudio e ele foi busca-la, ela era ainda mais linda pessoalmente. Ela agradeceu imensamente por eu estar realizando o sonho de sua vida e eu apenas disse que ela devia agradecer a Deus, pois a obra foi unicamente dele. Ver uma fã de verdade dançando com Luan no palco e realizando seu sonho é algo que me renova a cada dia e me faz ter certeza que estou no caminho certo. O show foi como todos os outros, incrivelmente perfeito e ficou aquele gostinho de quero mais. E ele? Era só orgulho e muito amor. Nada mais que isso.


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Capitulo 78 ♡

1 mês depois..

Um mês se passou e abril chegou lindo. Durante esse tempo eu continuei recebendo flores e agora telefonemas, mas quando eu ou Luan atendia ninguém falava nada. Minha tia até pensou em procurar a polícia, porque isso estava cada dia mais estranho, mas preferi deixar como estava. Uma hora era essa pessoa iria cansar de tanta idiotice, ou não. Sobre minha tia e Vicente, ele a chamou pra sair uns dias depois do reencontro dos dois e finalmente eles estavam se entendo, mas tudo com muita calma. Agora aqui estava eu com Luana ao meu lado nos entupindo de sorvete e falando besteira.

Luana: Sabe o que eu estava pensando? – Perguntou enquanto eu olhava fixo pra TV.

Carol: Não – Falei a olhando e comendo meu sorvete – O que amiga?

Luana: Em alugar um apartamento aqui – Falou natural e eu arregalei meus olhos.

Carol: O que? – Quase gritei e ela riu – Aí vem, por favor – Supliquei com as mãos e ela riu ainda mais – Seria maravilhoso se você viesse morar aqui, de preferência perto de mim.

Luana: Eu estava pensando mesmo amiga – Falou voltando a prestar atenção – Até falei com minha mãe e ela gostou da ideia de mudar de Maringá.

Carol: Fora que ficaria bem melhor pra você aqui né? Não ia ser preciso viajar toda hora pra cá.

Luana: Com certeza – Concordou comigo – As coisas estão indo tão bem né? Vamos ver se der certo mesmo e eu venho.

Carol: Vai dar certo e eu já vou arrumar um lugar pra você aqui – Falei me jogando ao seu lado e lhe abraçando forte – Imagina que tudo seria?

Passamos mais algumas horas ali, até minha tia chegar com nosso jantar.  Enquanto ela preparava tudo, liguei pra Jú e finalmente consegui falar com Milena que agora só queria saber do mais novo namorado. Eu ainda tentava entender como ela conseguia trocar de namorado assim, como trocava de roupa. Já fazia um bom tempo que eu não conseguia falar com elas e então eu pude falar das flores e os telefonemas que eu estava recebendo. A princípio elas ficaram assustadas, mas depois pensaram como eu, que poderia ser algum amigo ou um fã obcecado. Conversamos por alguns minutos e elas prometeram vir me visitar em breve o que me fez dar pulinhos de alegria. Depois do jantar com minha tia e Luana acabei indo dormir cedo, de uns dias pra cá o sono vem me pegando de uma maneira inacreditável. Parece que quanto mais eu durmo mais sono eu sinto. No dia seguinte já partiríamos para uma turnê no Nordeste e Luana nos acompanharia, ela era só ansiedade. 

No dia seguinte acordei com um barulho vindo da cozinha e constatei que era Dulce juntamente com minha tia e Luana, as três juntas era só risadas sempre. Espreguicei-me e quando fui levantar senti uma tontura que me fez sentar na cama novamente e um enjoo horrível o que me fez correr para o banheiro e quase vomitar até minha alma. Quando terminei tive que me sentar no chão de tão fraca que eu estava, com certeza eu não me alimentei o suficiente ontem pra tá nesse estado logo pela manhã. Levantei de vagar e tomei um banho o que me fez relaxar um pouco e melhorar dos enjoos. Quando sai do banheiro procurei uma roupa pra vestir e ainda descabelada fui até a cozinha, decidi não falar nada pra minha tia sobre o que eu senti, era capaz de ela me impedir de viajar com Luan e me levar ao médico.

Carol: Bom dia – Falei baixo e elas me olharam.

Mariana: Que cara péssima é essa em? – Falou me observando – Você tá bem Carol? – Eu só esqueci que é quase impossível esconder qualquer coisa pra ela, mas dessa vez eu iria me esforçar.

Carol: Claro que tá tia – Sorri nervosa – Porque não estaria? Só estou com um pouquinho de sono ainda – Falei sentando ao lado de Luana – Bom dia amiga – Lhe dei um beijo – Bom dia minha Dulce linda.

Luana: Bom dia amiga.

Dulce: Bom dia Carol – Falou me servindo – Tome essa xícara de café forte que você vai se sentir melhor.

Carol: Obrigada – Agradeci enquanto minha tia ainda me observava e eu tentava não olha-la.

Continuamos aproveitando nosso maravilhoso café da manhã enquanto Luana falava de sua ansiedade pra chegar ao Nordeste, eu também me animei porque sempre quis ir conhecê-lo. Conversamos também sobre sua possível vinda definitiva para São Paulo e minha tia achou ótimo, porque ficaria bem melhor pra ela. Até que ouço a campainha tocar e quando Dulce atendeu ouvi a voz do meu amor.

Luan: Bom dia para as mulheres mais lindas desse mundo – Falou animado batendo as mãozinhas, cumprimentou Tia Mari e Luana com um abraço carinho e um beijo no rosto e logo depois veio até mim, sentando ao meu lado – Bom dia minha princesa – Me deu um selinho demorado.

Carol: Bom dia meu amor – Lhe roubei outro selinho e ele sorriu.

Mariana: Carol nem pra arrumar o cabelo pra ver o amor dela – Brincou e eu neguei com a cabeça.

Carol: Desculpa aí tia, mas ele me ama de qualquer jeito tá? Descabelada ou não né amor? – Perguntei e ele riu me dando um beijo rápido – Fala pra ela mor.

Luana: Amo de qualquer jeito – Falou me abraçando e olhando minha tia – Descabelada ou não eu amo demais.

Carol: Aí tá vendo? Isso que é amor o resto é conversa – Falei e todos riram.

Luan: E como é que tá o namoro Mari? – Perguntou já sabendo que ela ficaria com vergonha – Tá tudo certinho?

Mariana: Que namoro Luan? – O olhou tímida.

Luan: Ué o seu namoro com o tal Vicente lá – Falou enquanto comia alguma coisa comigo – E ainda tenho que conhecer esse cara aí viu? Não é assim que as coisas funcionam.

Mariana: Aí Luan você é um bobo – Falou nervosa – E eu não estou namorando tá? – Falou seguindo até a pia

Carol: Deixa ela amor – Falei colocando um pedaço de bolo em sua boca – Vou terminar de me arruma e venho pra gente ir tá?

Luan: Tá, não demora em? – Apenas concordei e segui para o quarto enquanto Luana pegava suas coisas.

Depois que todas as nossas coisas estavam já fora do meu apartamento, me despedi de minha tia e de Dulce e logo descemos para o estacionamento, onde a van que nos levaria para o aeroporto nos esperava. Fui todo o percurso até o aeroporto conversando com Luana sobre as maravilhas que encontraríamos no Nordeste. Com toda certeza eu voltaria com mais uma mala só de coisas que eu compraria pelo caminho de cada cidade que passaríamos. Quando chegamos ao aeroporto, esperamos um pouco até o piloto autorizar nosso voo e continuamos conversando tantas bobagens que fazia todo mundo rir. Quando fomos autorizados, entramos todos e nos sentamos em nossas tradicionais poltronas. Mas quando chegamos já no céu me arrependi profundamente de ter colocado meus pés dentro daquele jatinho. A tontura e o enjoo voltaram mil vezes pior do que a primeira vez e me segurei pra não correr e colocar pra fora todo o café da manhã. Fechei meus olhos e me encolhi na poltrona até que Luan me olhou preocupado.

Luan: Amor? – Me chamou e eu continuei na mesma posição – Carol o que você tem?

Carol: É só um enjoo – Falei e ele me olhou ainda mais preocupado – Eu acho que o café da manhã não me fez muito bem.

Luan: E desde quando você tá assim?

Carol: Desde hoje de manhã – Falei o olhando e me espremendo para que o enjoo passasse logo – Eu vou ficar bem.

Luan: Quando a gente pousa em Recife vamos procurar um médico – Falou me olhando sério.

Carol: Amor é só um mal estar – Falei o olhando – Eu não tenho nada, deve ser só minha queda de pressão.

Luan: Nós conversamos sobre isso quando chegarmos tá? – Falou e eu apenas concordei – Vem cá – Me puxou para que eu deitasse com minha cabeça em seu peito o que automaticamente fez o enjoo melhor 80%.

Depois de mais algumas horas, chegamos a Recife e eu já me sentia um pouco melhor. Luan atendeu rapidamente os fãs que o esperavam no aeroporto e depois seguimos para o hotel, onde pela segunda vez ele recebeu carinho. Demos entrada no hotel e seguimos todos para os nossos quartos, quando entrei o meu destino foi abraçar com amor a cama macia que me esperava, por incrível que pareça o sono já me consumia. Dormi quase a tarde inteira e só acordei quando Luan entrou no quarto todo molhado de suor, com certeza tinha acabado de vir da academia.

Luan: Acorda amorzinho – Falou sussurrando em meu ouvido – Vamos comer alguma coisa?

Carol: Eu dormi por quanto tempo? – Perguntei ainda com muita preguiça.

Luan: A tarde toda – Falou me dando um selinho e indo em direção ao banheiro – Pede alguma coisa pra gente comer?

Carol: Eu dormi a tarde toda? – Perguntei assustada e ele apenas disse um “sim” de dentro do banheiro – Nossa senhora, como é que alguém pode dormir tanto assim? – Perguntei a mim mesma, impressionada com tanto sono. 

Levantei e pedi nosso jantar e como eu sabia que poderia demorar um pouquinho, aproveitei que Luan já estava no banho e me despi, entrei de mansinho no box e ele estava distraído, cantando e quando sentiu minha presença levou um pequeno susto.

Luan: Amor que susto – Colocou a mão no coração e depois me puxou para mais próximo dele – Não faz mais isso.

Carol: Desculpa neném – Falei mordendo seu queixo – Quero banhar com você – Fiz manha e ele atendeu ao meu pedido.

Depois de nosso demorado banho, Luan atendeu ao serviço de quarto e jantamos entre conversas e risadas. Logo depois nos arrumamos e seguimos todos para o local do show. Hoje Luana faria uma participação no show de Luan e estava como sempre muito nervosa, o que era algo completamente normal. Recife era uma das cidades que Luan sempre dizia recebe-lo muito bem e eu era imensamente grata a eles por cuidarem tão bem do meu menino quando eu não estava por perto. Ele era completamente apaixonado pelo Nordeste, mas quem não é? Eu mesma com apenas poucas horas em terra Pernambucana já estava encantada com tudo. Então depois de Luan atender imprensa, contratantes e fãs em seu camarim, mais uma vez a minha estrela foi brilhar naquele palco, levando alegria e muito amor para todos que ali estavam o admirando. A turnê e os dias ali naquele lugar estavam apenas começando.


sábado, 24 de janeiro de 2015

Capitulo 77 ♡

Quando cheguei ao meu apartamento, joguei minha bolsa no sofá, fui até a cozinha e peguei um jarro pra colocar minhas flores. Deixei no balcão da cozinha e segui para o quarto, tirei minha roupa e vesti uma camisola mais fresquinha. Pensei em ligar pro Luan e perguntar das flores, aí lembrei que se não tivesse sido ele, com certeza nós iriamos brigar porque ele iria querer saber de onde elas viera, então decidi que não contaria nada no momento. Me joguei no sofá e fiquei ali assistindo TV até que o sono foi me pegando aos poucos e quando dei por mim eu já estava no décimo sono e só acordei ao ouvir um barulho na porta.

Carol: Oi tia – Falei esfregando os olhos e ela sorriu.

Mariana: Oi, estava dormindo?

Carol: Eu cheguei e cai aqui – Levantei com preguiça e fui até a cozinha – O que trouxe para o jantar?

Mariana: Comida japonesa tá? – Falou do quarto enquanto eu já sentia o cheirinho bom – E aí ligou pro Luan?

Carol: Não – Falei a olhando – Ah tia, vai que não foi ele quem mandou? Eu fiquei com medo – Falei me encolhendo – Ele vai querer saber de onde elas vieram e se realmente tivesse sido ele, tinha ligado pra saber se eu gostei.

Mariana: É faz sentido – Falou e eu apenas concordei – Mas que mistério em? Quem te mandaria flores?

Carol: Só Daniel – Falei e ela riu – Se ele não estivesse do outro lado do mundo né?

Mariana: Esquece isso vai – Falou arrumando a mesa para o nosso jantar – Mas elas são lindas demais né? Tem muito bom gosto quem mandou.

E depois de tudo pronto, nos servimos e jantamos em meio a muita conversa. Tia Mari disse que tinha conversado com Naira sobre Vicente e ela ficou muito feliz com sua volta, só assim minha tia iria desencalhar e foi impossível não rir por horas com a sinceridade de sua melhor amiga. Depois do jantar assistimos a um filme que passava na TV mas não demorou pra minha tia começar a cochilar no sofá. Chamei-a para o quarto e depois de arrumar tudo na cozinha fui dormir também, no dia seguinte já voltaríamos a nossa louca rotina. 

Logo que amanheceu ouvi meu despertador tocar e senti o cheirinho do café de Dulce. Levantei vagarosamente, peguei minha roupa que já estava separada próximo a minha mala e segui para o banheiro. Tomei um banho quente, pois fazia frio naquela manhã e depois de pronta segui para a cozinha, onde minha tia conversa animada com Dulce.

Carol: Bom dia meus amores – Falei abraçando cada uma – Aí que cheirinho ótimo, que saudade de tudo isso – Fiz um bico manhoso e Dulce me abraçou.

Dulce: Também sinto sua falta Carol – Falou carinhosa.

Mariana: Eu também sinto em? – Falou enquanto comia um pedaço de bolo.

Rimos de suas brincadeiras, ela estava bem animada hoje e estava escrito em sua testa o grande motivo de tudo isso. Enquanto tomávamos café Luan me ligou avisando que já tinha saído de casa e quando chegasse ao meu condomínio queria que eu já estivesse lá em baixo o esperando. Ele se atrasa e a culpa é minha? O xinguei em pensamento e minha tia reparou que tínhamos brigado por minha mudança de humor repentina. Depois de terminar meu café, peguei minhas coisas e me despedi de minha tia e de Dulce, prometendo voltar logo. Desci com minhas malas e seu Alfredo me ajudou a levar até a entrada e ficamos conversando até que um carro cinza buzinou em minha frente e Wellington desceu pra me ajudar com as malas. Me despedi de seu Alfredo e segui para o carro. Quando abri a porta ele tinha uma touca na cabeça, óculos escuros e uma cara péssima de sono, sentei ao seu lado calada e ele me olhou de um jeito estranho.

Luan: Oi amor – Falou com a voz baixa e eu o olhei sem muita paciência.

Carol: Oi – Falei e voltei a olhar pra frente onde Wellington entrava e dava partida no quarto.

Luan: Amor olha pra mim – Puxou meu rosto pra que o olhasse – Desculpa não ter subido pra te ajudar a descer com as malas e falar com sua tia – Falou acariciando minha mão – É que estamos atrasados.

Carol: E eu tenho culpa se você acordou tarde Luan? – Falei séria e ele negou com a cabeça – Então? Não precisava ter falado comigo daquele jeito.

Luan: Desculpa vai amor? – Pediu manhoso cheirando meu pescoço – Desculpa seu amor, por favor.

Carol: Tá bom Luan tá desculpado – Falei tentando manter o controle da situação em que ele me colocava – Não vamos mais falar disso.

Luan: Tudo bem então – Falou me olhando e tirou os óculos – Ei? – Me chamou e eu o olhei – Não vai me dar um beijinho não?

Carol: Porque você é assim em? – Falei negando com a cabeça e ele riu me puxando pra um beijo carinhoso – Te amo – Falei entre o beijo e ele sorriu.

Luan: Eu te amo mais minha gatinha – Me beijou mais uma vez.

E assim fomos durante todo o percurso, ele me acolheu em seus braços e enquanto fazia carinho em meus cabelos eu brincava com seus dedinhos gordos o que particularmente era um charme. Estávamos indo em direção ao aeroporto, onde partiríamos para Belo Horizonte. Não demorou muito e chegamos onde todos nos esperavam. Desci com Luan ao meu lado e como os fãs sabiam que só iriamos viajar no dia seguinte, não tinha ninguém esperando Luan. Não demorou muito quando o piloto autorizou nosso voo e lá íamos nós, para mais uma maratona de shows. Luan aproveitou a viagem para descansar e eu fiquei lendo um livro muito bom que uma fã tinha me dado de presente, alias eu tinha que lembrar de agradecer a ela mais uma vez por esse presente maravilhoso. Quando pousamos no aeroporto de BH, acordei Luan e ele respirou fundo tentando controlar seu sono. Descemos juntos e ele segurou minha mão indo em direção as suas meninas que os esperavam cansadas e com muito carinho pra dar. Ninguém até hoje conseguia entender como elas descobriam tão rapidamente o lugar, dia, horário que Luan chegaria. Ele foi atendê-las enquanto eu recebia junto com Rober alguns presentes, algumas me chamavam pra tirar foto, outras pra conversar rapidamente e assim passamos quase 10 minutos atendendo cada uma. Fomos até a van com as mãos cheias de presentes, Luan aproveitou o tempo até o hotel pra olhar cada um que foi entregue com tanto carinho. Quando chegarmos ao hotel Luan mais uma vez desceu e fez questão de atender os poucos fãs que ali estavam e eu entrei na frente com Rober. Quando Luan terminou de atender todos, subimos pro nosso quarto para enfim ele poder descansar o máximo que pudesse.

Luan: Aí que cama linda – Falou olhando a cama enorme que o esperava enquanto entravamos deixando nossas coisas em um canto – Olha amor – Pediu que eu olhasse – Esperando por nós.

Carol: Vai primeiro tá? Vou tomar um banho – Falei lhe dando um selinho seguindo para o banheiro.

Luan: Me deixa ir com você? – Perguntou enquanto eu voltava até minha mala pra separar uma roupa fresca – Em amor?

Carol: Deixo, mas sem abusar em? – Falei rindo e ele concordou com a cabeça. Entramos no banheiro e nos despimos, liguei o chuveiro e entrei de baixo deixando Luan me olhar por alguns segundos – O que foi? – Perguntei sem entender e então ele se aproximou colando seu corpo no meu.

Luan: Sabia que eu amo te ver assim? – Sussurrou em meu ouvido.

Carol: Assim como? – Perguntei e ele riu mordendo minha orelha logo em seguida.

Luan: Assim, toda nua pra mim – E então começou a dar leves mordidinhas em meu pescoço e imprensar seu corpo no meu.

Carol: Você prometeu que não iria abusar de mim – Falei tentando controlar a vontade que eu tinha dele naquele momento.

Luan: Eu não prometi nada – Riu e eu o olhei – Eu disse que não faria, mas aí você vem toda linda e eu não resisto sabe? – E então segurou meu rosto e me beijou com vontade. Acariciou meu corpo me deixando louca e me fez ir ao céu em apenas um momento, no momento em que eu me entreguei mais uma vez para o meu homem.

Carol: Amor? Você pediu algo pra comer? – Perguntei quando ouvi baterem em nossa porta.

Luan: Pedi não vida – Falou do banheiro e então eu corri pra atender.

Carol: Boa tarde – Quando atendi a porta vi que era um mensageiro do Hotel – Posso lhe ajudar?

Mensageiro: Boa tarde senhorita – Falou simpático – Pediram que eu lhe entregasse essas flores – E então ele me entregou o buquê de “rosas?” pensei e lembrei imediatamente das rosas que deixaram na portaria do meu condomínio.

Carol: Tem certeza que são pra mim moço? – Perguntei e ele olhou um papelzinho.

Mensageiro: A senhorita não é Caroline Albuquerque? – Perguntou.

Carol: Sim, sou eu mesma – Falei e imaginei que dessa vez poderia ter sido realmente de Luan.

Mensageiro: Então elas são suas – Sorriu e eu segurei-as com cuidado.

Carol: Muito obrigada moço.

Mensageiro: Imagina, tenha uma boa tarde senhorita – Falou sorrindo e eu apenas retribui ao seu “boa tarde”. Entrei trancando a porta atrás de mim e procurei algum cartãozinho nas flores, mas como da outra vez não tinha nada.

Luan: Quem era amor? – Perguntou saindo do banheiro e olhou as flores enquanto eu sorria – Flores?

Carol: Foi você não foi? – Perguntei esperançosa – Foi você quem mandou me entregar? Eu amei amor – E então lhe dei um selinho demorado – São lindas.

Luan: Espera aí Carol – Falou me olhando sem entender – Amor você sabe que eu amo te dar rosas, mas não fui eu quem mandou essas – E então meu corpo gelou e eu tinha que falar das outras, isso estava estranho demais – Mas quem mandou isso então?

Carol: Já é a segunda vez que mandam amor – O olhei sentando na cama com as rosas nas mãos.

Luan: Como assim a segunda vez? Quem é que tá te mandando isso Caroline? – Falou já tentando conter o nervosismo.

Carol: Eu não sei amor – Falei deixando o buquê na mesinha e sentando ao seu lado – Ontem quando você me deixou em casa, tinha um bilhetinho da minha tia pedindo que eu fosse almoçar com ela em um restaurante que abriu lá perto do escritório, daí eu fui – Falava nervosa – Mas aí quando eu cheguei na portaria seu Alfredo estava com um mesmo buquê desses nas mãos e me entregou. No mesmo instante eu pensei em você, mas não tinha lógica porque você tinha acabado de me deixar em casa – Sorri nervosa e ele me olhou tentando entender.

Luan: E você não perguntou quem tinha deixado lá?

Carol: Perguntei e ele disse que tinha sido uma mulher, mas que mulher? Eu também não sei e eu queria muito saber, porque agora apareceu mais esse buquê e não tem cartãozinho, não tem nada amor – Falei pegando o buquê e lhe entregando e realmente ele procurou e não achou nada – Eu não sei o que tá acontecendo, mas isso tá me assustando.

Luan: Isso é muito estranho – Falou pensativo olhando as flores – E porque você não me falou logo das outras flores?

Carol: Eu ia te contar amor, mas acabei esquecendo – Falei abaixando a cabeça – Desculpa tá? Isso tá me deixando muito nervosa.

Luan: Tudo bem – Levantou minha cabeça e me deu um beijo na testa – Nós vamos descobrir quem tá te mandando essas flores tá? – Falou tentando me acalmar e eu apenas concordei encostando minha cabeça em seu ombro.

Deixamos o buquê de rosas em uma mesa ali no quarto e nos deitamos, precisávamos descansar até a hora do show e enquanto Luan brincava com meus cabelos eu ficava pensando em quem poderia me mandar essas rosas sem nem ao menos mandar junto com algum cartão? “Seria algum fã?” Ou “Alguma brincadeira sem graça de algum amigo?” fiquei ali perdida em pensamentos até que o meu sono e cansaço falaram mais alto e Luan conseguiu me fazer dormir. Eu só não sabia que as coisas só poderiam piorar daquele dia em diante.