Capitulo 87 ♡

Passamos mais alguns minutos ali quando depois ele começou a me encher de perguntas sobre minha gravidez. Era linda a sua curiosidade para saber mais sobre nosso filho, sua dedicação e o seu amor. Ele acariciava minha barriga, colocou minhas pernas nas suas, depois me deitou em seu colo e fez carinho em meus cabelos. Não tinha no mundo pai e namorado mais babão como ele.

Luan: Amor? – Me chamou enquanto eu ia até a cozinha buscar uma fatia enorme de bolo pra nós dois.

Carol: Oi vida – Sentei novamente ao seu lado.

Luan: De quanto tempo você tá? – Perguntou enquanto eu colocava um pedacinho do bolo em sua boca.

Carol: Pelas minhas contas e da minha medica – Pensei comendo um pedaço do bolo também – De seis a sete semanas por aí.

Luan: Sério? – Pensou também contando nos dedos e eu ri – É verdade.

Carol: Temos que marcar minha primeira consulta, pra saber com quantas semanas eu estou com certeza e saber como o nosso bebê está – Falei enquanto ele massageava meus pés – Eu preferi esperar pra você ir comigo.

Luan: Fez muito bem – Me deu um selinho e voltou a sua atenção aos meus pés – E temos que ir antes da gente voltar a viajar né? Tem que saber também se você vai poder continuar viajando.

Carol: Sim amor, mas acho que não vou precisar parar de viajar agora – Coloquei em sua boca mais um pedaço de bolo – Talvez mais pra frente.

Luan: Nós temos que falar com meus pais – Fez careta me olhando e eu concordei – E para os seus também.

Carol: Conversamos com os seus primeiros e depois com os meus – Falei com o nervosismo já tomando conta de mim, mas meus pensamentos foram interrompidos quando vi minha tia entrando na sala.

Mariana: Oi gente – Falou nos olhando – Tá tudo bem por aí? – Quando ela terminou de falar Luan correu e a abraçou rodopiando minha tia que gargalhava.

Luan: Eu vou ser pai Mari – Falou sorrindo e eu neguei com a cabeça – Vou ser pai tem noção?

Mariana: Me solta Luan – Pediu e ele a soltou todo feliz – Vocês são uns irresponsáveis sabia? Seu pai vai te matar.

Luan: É pode ser que na hora ele queira mesmo me matar – Falou sentando no braço do sofá enquanto ela ia até a cozinha – Mas depois ele vai babar pelo netinho.

Carol: Ou netinha né? – Sorri e ele se jogou em cima de mim colocando sua cabeça escondida em meu pescoço – O que foi neném?

Luan: Quando nós vamos saber o sexo mor? – Perguntou baixo e acariciei seus cabelos.

Carol: Não sei vida – Beijei sua testa e fechei meus olhos – Talvez agora na primeira consulta a médica nos diga quando vai dar pra ver.

Luan: Eu espero que logo – Sorriu me dando um selinho.

Carol: Será que a Suzana vai continuar me acompanhando tia? – Perguntei quando ela sentou no outro sofá ligando a TV – Eu queria muito que ela continuasse me sinto a vontade com ela.

Mariana: Provavelmente sim, ela também é obstetra.

Carol: Tomara – Olhei Luan e ele quase dormia – Morzinho?

Luan: O que?

Carol: A posição está errada – Falei e ele me olhou sem entender – Eu que tenho que ficar em cima ou você vai esmagar nosso filho – Falei segurando o riso e ele saiu quase que em um pulo de cima de mim. Eu levantei e ele deitou no sofá enquanto eu deitei por cima dele colocando minha cabeça em seu peito.

Luan: Agora tá melhor? – Perguntou brincando com meus cabelos.

Carol: Agora tá ótimo – Fechei meus olhos me acomodando melhor em cima dele – Te amo vida.

Luan: Também te amo bebê.

Luan ficou comigo todo o restante da tarde e ligou para sua mãe pedindo que ela preparasse um jantar especial. Essa era a hora de contar para eles o motivo tão importante de tanto alvoroço. Eu estava nervosa e ficaria ainda pior no dia seguinte quando eu fosse contar para os meus pais. Meu pai com certeza faria um discurso. Minha tia ligou pra Vicente avisando que iria jantar com a família de Luan e contou da minha gravidez pra ele que ficou muito feliz e disse que viria nos ver no dia seguinte. Quando deu 18h00min fui pro quarto e tomei um banho demorado, quando terminei separei minha roupa e logo estava pronta:

Depois de pronta fui até o quarto de minha tia que terminava sua maquiagem, Luan estava na sala conversando com alguém no telefone e eu cheguei de fininho o abraçando por trás. Ele me olhou assustado e depois sorriu, desligou o celular e me segurou pela cintura.

Luan: Tá muito linda – Beijou meu pescoço me causando arrepios – E cheirosa.

Carol: Obrigada vida – Lhe dei um selinho demorado – Só precisamos esperar minha tia terminar de se arrumar e podemos ir tá? – Falei e ele apenas concordou me enchendo de beijos – Estava falando com quem?

Luan: Com o Rober – Falou sentando no sofá e me puxando para o seu colo – Contei pra ele do nosso neném – Colocou a mão em minha barriga e eu sorri – Ele é meu melhor amigo né? Não tinha como esperar até sexta pra contar pra ele.

Carol: Tudo bem meu amor – O beijei com carinho – Agora pros fãs vamos esperar mais um bocadinho tá? – Ele apenas concordou voltando a me beijar.

Mariana: Ei casal estou pronta – Chegou à sala e Luan a olhou com cara de “logo agora que estava tão bom” – Vamos logo.

Carol: Vamos amor – Puxei meu braço – Levanta.

Luan pegou a chave do carro, sua carteira e descemos. Cumprimentamos seu Alfredo e seguimos para o carro. Por todo o percurso Luan só falava do nosso bebê, ele não cabia em tanta felicidade e isso me deixava muito bem com toda essa situação. Eu não esperava ter um filho agora, não esperava ser mãe aos 22 anos, mas o que eu estava sentindo naquele momento era algo incrível. Quando chegamos à casa de seus pais o meu nervosismo só aumentou, ele estacionou o carro e descemos juntos. Ele segurou minha mão e Dona Marizete já estava na porta para nos receber.

Marizete: Boa noite – Sorriu toda simpática – Oi Carol – Me abraçou carinhosa.

Carol: Boa noite dona Mari.

Marizete: Mariana querida – Cumprimentou minha tia também com um abraço.

Mariana: Quanto tempo em Mari? – Falou simpática e quando entramos logo avistei seu Amarildo e Bruna na sala que brincava com puff.

Bruna: Amiga – Levantou vindo em minha direção – Veio contar pra eles não foi? – Perguntou e eu apenas concordei – E como foi com meu irmão?

Carol: Ele tá quase explodindo de tanta felicidade – Falei sorrindo – Acho que não vai nem conseguir esperar pra contar depois do jantar.

Amarildo: Carol – Me chamou vindo me cumprimentar – Boa noite querida.

Carol: Boa noite seu Amarildo – O abracei.

Enquanto Luan subiu pra tomar um banho e se arrumar, ficamos ali na sala mesmo conversando enquanto seu Amarildo nos servia uma taça de vinho, o que obviamente eu não aceitei. Eu tinha certeza que Bruna estava a toda hora querendo falar pra eles o motivo desse jantar, o motivo pelo qual eu não poderia beber o vinho, mas soube respeitar minha vontade e a de seu irmão. Não demorou muito e Luan desceu todo lindo e cheiroso. Sentou conosco e voltamos a nossa conversa por mais alguns minutos. Até que Luan nos interrompe e começa a falar olhando para seus pais e segurando forte minha mão.

Luan: Mãe – Chamou sua mãe e todos o olharam – Pai eu queria falar uma coisa pra vocês – Coçou a nuca e me olhou.

Amarildo: O que foi filho? – Perguntou tomando mais um pouco do seu vinho.

Luan: Esse jantar que foi marcado tão em cima da hora foi por um bom motivo – Falou meio tenso – Na verdade um ótimo motivo né amor? – Me olhou e eu apenas concordei sorrindo – Não foi planejado dar essa notícia agora pra vocês. Na verdade acredito que se fosse pra ser planejado e no nosso tempo demoraria mais um bocadinho – Sorriu e sua mãe já parecia entender o que ele queria dizer – Mas tudo o que acontece em nossas vidas vem da vontade de Deus e foi exatamente isso que aconteceu – Me olhou como se me pedisse que eu continuasse.

Carol: De uns dias pra cá eu venho sentindo alguns enjoos – Falei e sua mãe já tinha lágrimas nos olhos – Tonturas e muitos outros sintomas e hoje pela manhã eu tive certeza – Uma lágrima caiu dos meus olhos e coloquei minha mão sobre minha barriga – Eu estou grávida – Dona Mari deixou cair uma lágrima e abriu um sorriso doce enquanto Seu Amarildo continuava sem nenhuma reação.

Luan: Eu sei que vocês vão nos chamar de irresponsáveis – Falou olhando seu pai – Que esse não era o momento e tantas outras coisas, mas aconteceu.

Amarildo: Vocês sabem da responsabilidade que tá por vir a partir de agora, não sabem? – Nos olhou e Luan segurou minha mão novamente – Um filho não é brincadeira Luan – Quase gritou e Mari segurou seu braço tentando acalma-lo.  

Luan: Eu não estou brincando pai – Falou calmo e seu pai fechou os olhos tentando manter o controle da situação – Como eu disse a gente não planejou simplesmente aconteceu e não temos mais o que fazer – Percebi que os dois estavam tensos e tentei acalmar Luan – Eu vou saber cuidar do meu filho pai assim como o senhor soube cuidar tão bem de mim – Luan dessa vez jogou sujo e seu Amarildo o olhou com os olhos cheio de lágrimas – Esse filho é um presente de Deus pra gente e não tem como recusa-lo – Os pais de Luan se olharam e ela encostou sua cabeça no ombro dele fechando os olhos logo em seguida.

Amarildo: Eu só quero que você consiga conciliar tudo Luan – Falou agora um pouco mais calmo enquanto minha tia e Bruna continuaram caladas – Seu filho, sua mulher e sua vida na estrada – Levantou e se aproximou enquanto Luan o olhava – Vem cá – Luan se levantou e seu pai o acolheu em um abraço – Esse filho vai trazer muitas alegrias pra gente – Falou ainda abraçado a Luan.

Luan: Ele vai sim pai – Agora ele olhou sua mãe enquanto ela continuava sentada com o rosto cheio de lágrimas – E a senhora mãe? Porque não fala nada? 

Marizete: Eu confesso que não esperava por isso tão cedo – Falou calma e enxugando algumas lágrimas – Mas é o melhor presente que vocês poderiam me dar – E então levantou abrindo os braços para Luan que abraçou sua mãe e encostou a cabeça em seu ombro enquanto os dois choravam juntos e logo ela me olhou – Carol muito obrigada – Se aproximou de mim e me abraçou também – Esse filho será uma benção e Deus sabe o momento certo pra tudo – Eu não tive condições de falar absolutamente nada, apenas a abracei com todo o meu amor.

Depois de todo aquele momento emocionante e cheio de alegria decidimos ir jantar. Luan era só alegria e seus pais pareciam processa ainda tudo aquilo que acabamos de falar. Bruna também estava animada com o sobrinho e todos brincavam com minha tia por ela ser tia/avó agora. Dona Mari perguntava a todo estante sobre minha gravidez e eu lhe expliquei que a primeira consulta seria ainda essa semana, antes de viajarmos. Ela perguntou também se já tínhamos conversado com meus pais. Depois do jantar voltamos à sala e conversamos sobre várias coisas. Minha tia e a mãe de Luan se davam maravilhosamente bem e só falavam do bebê a todo o momento. Graças a Deus os pais de Luan aceitaram bem, mesmo que no começo eles achem que foi uma irresponsabilidade nossa e que tudo foi muito cedo, no fim tudo ficaria bem.

Luan: Dorme aqui comigo hoje? – Perguntou em meu ouvido quando minha tia já se despedia de seus pais – Fica vai amor? – Beijou meu pescoço e eu me arrepiei.

Carol: Tem como negar qualquer pedido seu? – Beijei o canto de sua boca e ele sorriu – Eu fico.

Avisei minha tia que ficaria aquela noite ali e ela se despediu de nós indo embora logo em seguida. Como eu sempre tinha roupas e coisas de higiene na casa de Luan, assim como ele tinha na minha, não tivemos problema com nada. Bruna subiu para o seu quarto enquanto conversava com uma amiga e nos decidimos subir também nos despedindo de seus pais. Depois de um longo banho e muito carinho, terminamos a noite nos amando e mais uma vez Luan me fez sentir a mulher mais amada do mundo.