Capitulo 49 ♡

Chegamos ao condomínio de Luan e quando entramos demos logo de cara com Dona Mari que muito simpática veio nos recepcionar.

Marizete: Não acredito – Falou animada me abraçando – Pensei que minha norinha não voltaria mais aqui.

Carol: Imagina Dona Mari claro que eu voltaria – A abracei ainda mais forte – Eu estava com saudade da senhora.

Marizete: Eu também minha querida – Segurou minha mão me levando até o sofá.

Luan: Hum que cheirinho bom em Maria? – Falou seguindo em direção à cozinha com a mão na barriga.

Marizete: Luan saia já daí e deixe a Maria trabalhar – Falou autoritária como se estivesse falando com uma criança e eu ri.

Carol: A Bruna tá aí Dona Mari?

Marizete: Ela está descansando porque vai ter aula a tarde e a noite hoje – Falou calma – Você não quer ir lá acorda-la? Já tá passando da hora, vou por a mesa pro almoço.

Carol: Claro eu vou lá – Falei levantando enquanto Luan vinha em minha direção comendo um pedaço de bolo – Vou acordar sua irmã tá? Já volto – E então ele me deu um selinho demorado.

Subi as escadas quase correndo e quando cheguei à frente do quarto de Bruna comecei a rir da minha ideia de como acorda-la. Abri a porta bem de vagar e ela estava toda esparramada de bruços na cama. Andei com passos lentos, sem fazer barulho algum e me preparei, contei de um a três em pensamento e pulei em cima dela gritando que o avião estava caindo. Ela acordou desesperada e eu só conseguia rir que nem uma louca.

Bruna: Eu te mato Caroline – Falou brava enquanto eu tentava me recompor – Sua vaca sai de cima de mim.

Carol: Aí amiga vai dizer que não gostou acordar com a minha presença aqui em? – Beijei seu rosto enquanto ela tentava se afastar de mim.

Bruna: Odiei sai daqui – Falou mal humorada.

Carol: Ai confessa logo que você me ama vai? Não vive sem mim – Eu ria sem parar da cara dela de brava.

Bruna: Você esta redondamente enganada tá? – Falou explicado e eu a olhei com cara de tédio – Tá me olhando assim por quê?

Carol: Porque você tá dizendo que não me ama – Fiz cara de triste e ela segurou o riso.

Bruna: E não amo mesmo.

Carol: Tá bom então eu vou descer e vou embora – Me virei indo em direção a porta e ela pulou nas minhas coisas quase me derrubando – Sai você quer me derrubar?

Bruna: Para você sabe que eu te amo cabritinha – Riu engraçada e eu me fiz de brava.

Carol: Ama o Caralho – Derrubei ela no chão que ainda ria – Eu chego aqui toda carinhosa te acordando e você me trata assim? Disse que não me ama – Falei colocando as mãos na cintura e ela continuava rindo.

Bruna: Eu tava brincando amiga para – Me abraçou e eu ri.

Carol: Ainda não te perdoei em?

Bruna: Tá bom tá bom chega – Seguiu em direção ao banheiro – Mas me fala você chegou agora?

Carol: Uhum, seu irmão passou lá no escritório e me convenceu de vir almoçar com vocês – Falei natural enquanto ela saia do banheiro.

Bruna: E tá tudo bem entre vocês?

Carol: Tá – Falei sem entender – Por quê?

Bruna: Por causa da foto que o Dan postou de vocês dois – Falou sentando ao meu lado na cama.

Carol: Olha eu confesso que ele me surpreendeu dessa vez viu? Ele não discutiu comigo nem falou nada sobre – Expliquei enquanto ela me olhava atenciosa.

Bruna: Isso é ótimo não? – Sorriu animada.

Carol: Isso mostra o quanto nosso namoro tá amadurecendo sabe? Confesso que pensei que ele mataria eu e Daniel – Falei e ela gargalhou – Mas eu senti um alivio enorme quando ele chegou todo lindo com um buquê de rosas em mãos e todo carinhoso comigo.

Bruna: E o namoro? Anunciaram?

Carol: Não, Arleyde e o seu pai decidiram que seria melhor a gente anunciar só depois das férias – Expliquei a ela que concordou com a cabeça – A gente vai postando umas fotos, Luan vai dando umas indiretas no twitter, aí quando a gente voltar das férias nós anunciamos – Falei animada.

Bruna: Ah que ótimo então – Levantou e amarrou o cabelo em um coque mal feito – Agora vamos descer porque eu tô morrendo de fome.

Descendo e enquanto Dona Marizete terminava de colocar a mesa, Luan assistia TV com seu pai. Bruna seguiu para a cozinha e eu me acomodei ao lado de Luan no sofá. 

Marizete: Pronto, venham almoçar – Falou batendo palmas e fomos todos pra mesa.

Almoçamos em meio a conversas e brincadeiras, eu adorava estar naquele clima com meu namorado e sua família que tinha se tornado um pouquinho minha também. Após o almoço enquanto Luan e seu Pai voltavam pra sala assistir TV eu, Dona Mari e Bruna seguimos para a cozinha ajudar Maria com a louça e arrumar para que tudo fique limpinho. Nós nos divertíamos na cozinha, a mãe do Luan nos falava todos os pratos preferidos dele e que sempre que ele chegava de viagem ela fazia um, era incrível o modo com que ela se referia ao filho, o carinho, o amor, ela não podia falar o nome dele, que os olhinhos dela já brilhavam emocionada. Acho que foi e continua sendo difícil pra ela aceitar toda essa mudança na vida de Luan, essa vida de correria, de trabalho, tão novo e tão responsável, o trabalho o obrigou ter um “Crescimento precoce”.  Quantos almoços, jantares, comemorações em família, ela não gostaria que ele estivesse presente? Quantos momentos de saudade extrema ela não sentiu em estar longe dele? Quanto ela não se preocupa em ele estar longe, rodeado de pessoas, mais muitas vezes precisando do cuidado de uma única pessoa, o dela? Quando ela ver aquelas pessoas que trabalham com ele, ou que estão próximas de alguma maneira, ela parece olhar nos olhos e pedir como que uma suplica  “Cuida do meu Filho” isso me fazia a admira-la mais e mais, era tão lindo o cuidado dela com ele, parecia ser um menino de 5 anos, que necessitava dos cuidados da mãe, acho que a pessoa que casar com o Lua, deverá tomar consciência de que tem uma baita responsabilidade nas mãos, eu me fazia essas perguntas enquanto olhava ela falar dos gostos dele, de tudo que ele já aprontou, dos sonhos dele, e das realizações. Ficamos ali conversando e limpando tudo até que sinto alguém me abraçar por trás e foi impossível não se arrepiar ao sentir sua respiração em meu pescoço.

Carol: Amor sai daqui nós estamos ocupadas – Tentei tirar suas mãos de minha cintura, mas ele não soltava.

Luan: Ah não mor – Fez manha – Mamusca libera aí minha Carolzinha vai? – Pediu dengoso a mãe que sorriu.

Marizete: Pode ir Carol, já terminamos aqui – Falou sorrindo e eu concordei tirando meu avental.

Luan me puxou pela mão e me levou até uma rede que tinha na varanda. Era tudo absolutamente calmo, só dava pra ouvir o canto dos passarinhos e uma paz invadiu minha alma. Deitamos na rede e deitei minha cabeça em seu peito enquanto carinhosamente ele fazia carinho em meus cabelos e então, ele começou a cantar baixinho pra mim.

Pra falar do amor de verdade
Vou começar pela melhor metade
Te mostrar tudo de bom que tenho
E se for preciso eu desenho
Que eu amo você
Que eu quero você

A outra metade é defeito
Você vai saber de qualquer jeito
Anjo ou animal, suave ou fatal

O que de um grande amor se espera
É que tenha fogo
Que domine o pensamento
E traga sentido novo
Que tenha paixão, desejo
Que tenha abraço e beijo
E seja a melhor sensação

Que preencha a vida vazia
Mande embora a agonia
E que traga paz pro coração
É você, é você
Que preencha a vida vazia
Manda embora a agonia
E que trouxe paz pro coração
Que preencha a vida vazia
Manda embora a agonia
E que é dona do meu coração
É você, é você

Luan: Eu te amo muito – Sussurrou em meu ouvido.

Carol: Eu te amo muito, muito mais – Respondi já com meus olhos pesados pelo sono. E assim adormecemos um sentindo as batidas do coração do outro.