Capitulo 41 ♡

Dedico esse capítulo para a minha leitora linda e maravilhosa que eu amo, Marina Gimenez hahahahaha! Love You Amiga! ♡

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Estávamos sentadas lado a lado e eu a olhava sem entender o que ela queria, enquanto ela comia seu mamão.

Carol: O que foi tia? – Perguntei já apreensiva e ela respirou fundo me olhando.

Mariana: Carol, nós somos amigas, não somos? – Perguntou seria e eu apenas concordei com a cabeça – Eu só eu vou perguntar uma vez tá bem?

Carol: Sim tia, o que houve? – Já estava agoniada com aquilo e fui direta.

Mariana: Naquela vez em que eu viajei, Luan veio pra cá? – Perguntou e eu gelei, fechei meus olhos e me arrependi de não ter contado logo sobre nossa primeira vez.

Carol: Sim tia, ele veio – Falei de cabeça baixa e ela delicadamente levantou meu rosto para que eu a olhasse.

Mariana: E o que foi que aconteceu que você não quer que eu saiba?

Carol: Aonde você quer chegar em? – Perguntei nervosa.

Mariana: Vocês passaram a noite juntos aqui? – Falou e eu gelei mais uma vez – Em Carol?

Eu sempre fui extremamente amiga da minha tia, nunca escondi nada pra ela e o que aconteceu no meu namoro com Lucas ela sabia detalhadamente de tudo. Eu tenho consciência de que eu errei em não ter contado sobre minha primeira noite com Luan, mas eu sinceramente, pela primeira vez em minha vida não me senti confortável pra falar. Ela ficou me olhando, esperando por minha resposta, abaixei a cabeça, respirei fundo e a olhei.

Carol: Passamos – Respondi baixo e ela se ajeitou na cadeira me olhando de braços cruzados.

Mariana: E você não ia me contar? Claro que eu não tenho nada a ver com a sua vida pessoal, mas eu acho que devemos uma explicação uma a outra não acha? – Falou seria e concordei, ela tinha toda razão.

Carol: Eu não me senti confortável pra conversar depois de tudo o que aconteceu tia – Falei a olhando e ela me ouvia atenciosa – É tudo muito novo pra mim, você sabe né? Desculpa, eu prometo não fazer mais isso.

Mariana: Vocês pelo o menos se preveniram? – Me olhou seria.

Carol: Tia eu não sou mais nenhuma criança não, eu sei o que eu tô fazendo – A olhei incrédula.

Mariana: Tudo bem – Me olhou agora mais calma e eu sorri de canto – Eu acho que eu preciso lhe pedir desculpas também, não deveria estar me metendo na sua vida, mas eu fiquei preocupada.

Carol: Não tia, eu errei em não ter te contado, afinal moramos juntas e enfim, desculpa mais uma vez – Falei mais calma e ela segurou minha mão.

Mariana: Já aconteceu e eu espero que daqui pra frente você se cuide tá bem?

Carol: Eu vou me cuidar, pode deixar – Falei e a abracei forte.

Depois de nossa conversa fui para o meu quarto descansar um pouco, o sono começava a me consumir e antes de fechar meus olhos, lembrei-me de nossa primeira noite e sorri.

O resto do dia passou rápido, meus pais vieram com suas coisas e se acomodaram no quarto de hóspedes, eu estava extremamente feliz de tê-los ali comigo. À noite Luan me ligou dizendo que tinha conversado com seus pais sobre o nosso jantar “em família” e estava tudo resolvido, seria no dia seguinte que era seu ultimo dia em casa antes de voltar pra estrada. Avisei meus pais e eles ficaram felizes, minha tia também nos acompanharia e com certeza seria um jantar muito agradável. Depois do jantar com meus pais e minha tia, fui pro meu quarto na companhia de minha mãe, que fez um trança em meus cabelos e conversamos muito até tarde, sobre homens, roupas, viagens, formatura e tantas outras coisas que nos roubaram muitas risadas. No fim eu estava deitada em seu colo e olhávamos as estrelas no teto do meu quarto.

Elisa: Lembra quando você era pequenininha e nós acampávamos no jardim de nossa casa em Goiânia só pra ficar olhando as estrelas? – Comentou enquanto estávamos deitadas uma ao lado da outra, olhando minhas estrelas.

Carol: Lembro – Sorri e ela fez carinho em meus cabelos – Aquela época era muito boa né mãe? – Perguntei e ela apenas concordou com a cabeça – Eu sinto saudades de Goiânia, da nossa família, da vovó Luiza – Falei e vi que ela se emocionou.

Elisa: Mas as coisas mudaram meu bem, a vovó não está mais aqui – Falou e eu senti um aperto em meu peito. Vó Luiza era a mãe da minha mãe e morreu de câncer, pouco tempo antes de eu terminar com Lucas e acredito que isso fez eu me sentir ainda pior, a traição de Lucas e a perda de minha Vó na qual eu tinha tanto apego – Agora somos só nos três. Eu, você e o papai não é mesmo? – Perguntou e eu concordei com um “Sim” num sussurro – E agora você é uma mulher linda, criada e que está construindo sua própria vida e futuramente e espero que não demore muito, terá sua própria família e poderá acampar no jardim de sua casa e mostrar a beleza das estrelas para seus filhos – Falou sorrindo e uma lágrimas escorreu sobre meu rosto.

Carol: Acho que vai demorar só um pouquinho mãe – Sorri levantando meu rosto e ela me olhou carinhosa – Mas vai chegar não se preocupe.

Elisa: Acho bom mesmo – Sorrimos e ela colocou novamente minha cabeça em seu colo – Agora descanse meu amor, amanhã cedo você tem que trabalhar.

E assim eu fiz, me aconcheguei no colo de minha mãe e adormeci logo em seguida, ouvido o som de sua voz cantando baixinho pra mim. Amanhã seria um longo dia de encontro em família.

(Luan Narrando)

Acordei com meu pai batendo na porta do meu quarto e me chamando insistentemente.

Luan: O que foi pai? – Falei de olhos fechados, meu corpo parecia suplicar pra que eu continuasse na minha cama – O que?

Amarildo: Ô Luan acorda rapaz – Falou tirando a coberta de cima de mim – A gente tem que ir pro escritório, esqueceu que tem reunião com o Luiz?

Luan: Agora? – Falei ainda de olhos fechados e tentando voltar a dormir.

Amarildo: Pra ontem Luan acorda – Quase gritou e eu me assustei – Vai levanta.

Luan: Já tô indo pai, calma aí – Sentei na cama e respirei fundo tentando acordar.

Amarildo: 10min Luan, estou lhe esperando lá em baixo – Falou saindo porta a fora, peguei meu celular olhando as horas e era exatamente 08h20minhs e a reunião seria as 09h00minhs.

Levantei cambaleando e segui em direção ao banheiro, tomei um banho gelado pra ver se conseguia despertar e logo sai me enxugando e olhei minha cama que me chamava, mas eu tinha que me concentrar, essa reunião era importante. Me vesti com uma roupa confortável e quente por causa do frio que fazia naquela manhã, coloquei uma touca e um óculos escuro descendo logo em seguida e encontrando minha mãe tomando café sozinha.

Luan: Bom dia mãe – Me aproximei lhe dando um beijo no rosto e me sentando ao seu lado – Cadê meu pai?

Marizete: Bom dia filho – Falou carinhosa me servindo – Tá lá fora conversando com o Wellington e pediu que você tomasse logo café, estão atrasados.

Luan: Que droga de sono – Falei esfregando meus olhos tentando ainda acordar.

Marizete: Quando você chegar você descansa meu amor – Falou fazendo carinho em meu braço – Agora coma direitinho.

Comi rapidamente na presença da minha mãe, encontrei meu pai conversando com Wellington e seguimos rumo ao escritório. Meu sono me consumia, mas eu sabia que essa reunião era importante e não poderia faltar. Fui em silêncio a maioria do tempo e ainda cochilei um pouco com minha cabeça encostada no banco, não demorou muito e logo chegamos. Tinha quatro fãs me esperando e eu as atendi rapidamente, mas deu tempo de receber carinho de cada uma, me despedi delas e entrei na recepção, onde só se encontrava a Alê e o Rafael.

Amarildo: Bom dia, bom dia – Falou animado batendo palma.

Alexsandra: Bom dia Seu Amarildo – Sorriu sempre simpática e me olhou – Bom dia chefinho, que cara em? – Brincou

Luan: Bom dia Alêzinha – A abracei e coloquei minha cabeça em seu ombro – Sono, muito sono.

Rafael: Bom dia Amarildo – Abraçando forte meu pai – Acorda Luan – Falou batendo em meu ombro enquanto eu continuava com minha cabeça no ombro de Alê.

Luan: Cadê minha muié? – Falei olhando Rafael que atendia uma ligação.

Alexsandra: Tá na sala dela Luan – Falou agora atenda no notebook.

Luan: Vou lá ver ela antes que comece a reunião – Falei e sai indo em direção a sala da minha menina, mas ao chegar à porta que estava entre aberta ouvi risos e ao olhar pela brechinha tive uma das piores visões da minha vida, Carol estava toda cheia de graça pro Daniel, ele segurava ela pela cintura e eles riam descontroladamente de algo que pra mim era desconhecido. Meu sangue ferveu naquele momento e uma raiva enorme me consumiu, abri a porta os pegando de surpresa e Carol me olhou assustada.

Carol: Amor – Engoliu seco tirando com cuidado as mãos de Daniel de sua cintura enquanto eu a olhava com cara de poucos amigos – Tudo bem?

Luan: Eu estou com sono agora vocês parecem ótimos não é? – Falei irônico e Daniel me olhou sem graça.

Carol: Luan – Tentou falar mais Daniel a interrompeu.

Daniel: Com licença, eu vou lá na minha sala – Falou sem jeito – Carol quando você terminar aquele relatório me manda tá?

Carol: Tá Dan, pode deixar que eu mando – Falou com um meio sorriso e depois me olhou seria enquanto Daniel passava por mim e eu tive uma vontade insana de socar a cara dele ali mesmo – O que foi? – Perguntou enquanto eu fechava com força a porta atrás de mim.

Luan: Que cena linda em? – Sorri irônico e ela cruzou os braços me olhando ainda seria – Eu chego aqui pra dar um bom dia pra minha namorada e ela tá abraçada com outro cheia de gracinhas – Falei fazendo gestos com as mãos.

Carol: Não tô acreditando nisso – Negou com a cabeça – Você já vai começar com esses ciúmes de novo Luan? – Me olhou incrédula.

Luan: Você quem me faz tomar essas atitudes Caroline – Falei nervoso – Eu não entendo porque toda essa intimidade com esse cara, como você mesmo disse vocês são apenas amigos, mas que amizade é essa?

Carol: Eu não vou ficar discutindo com você – Falou tentando manter a calma sem me olhar – Eu estou no meu horário de trabalho e aqui não é lugar pra isso.

Luan: Ah, mas eu não sabia que no seu horário de trabalho você podia ficar se agarrando com o seu amigo – Falei com ainda mais raiva de ela estar me ignorando.

Carol: Luan para, chega – Falou quase gritando – Olha o que você tá falando, se você veio aqui só pra me aborrecer pode ir embora.

Eu a olhei por alguns minutos e sai batendo a porta sem ao menos dizer nada ou esperar que ela dissesse algo a mais. Segui em direção a sala de reuniões e entrei bufando de raiva, todos me olharam mas não cometeram nada, só Mari que sentou ao meu lado e me olhou.

Mariana: Tá tudo bem Luan? – Perguntou baixinho para que somente eu ouvisse.

Luan: Não, sua sobrinha que me tira do sério – Falei sem olhar pra ela.

Mariana: Vocês brigaram? – Perguntou sem entender.

Luan: Sim – Falei apenas isso e ela se calou prestando atenção no que Arleyde falava.

A reunião foi muito produtiva, mas eu não prestei atenção nem na metade do que foi resolvido, minha cabeça estava em Carol e depois de mais calmo pensei melhor no que tinha lhe dito. Eu não queria ter brigado com ela, eu tinha certeza que isso só faria mal ao nosso namoro, mas essa aproximação dela com Daniel me tira do sério e eu acabo não conseguindo controlar meus impulsos ao ver os dois juntos. Quando a reunião acabou eu continuei na sala com Rafael e Luiz que me chamaram pra resolver um assunto particular e tentei tirar Carol um pouco do meu pensamento, tentado prestar atenção unicamente no que eles diziam.